Deputado do PS leva gravadores de jornalistas (vídeo)

10-10-2015
marcar artigo

Ricardo Rodrigues assume ter "tomado posse" de dois gravadores de jornalistas da revista Sábado durante uma entrevista. O deputado diz que optou pela "acção directa".

O vice-presidente do grupo parlamentar do PS Ricardo Rodrigues assumiu esta tarde ter "tomado posse" de dois gravadores de jornalistas da revista Sábado, durante uma entrevista que concedeu àquela publicação.

Tudo se passou na sexta-feira passada, quando o deputado do PS se sentiu incomodado com as perguntas que lhe estavam a ser feitas por Maria Henrique Espada e Fernando Esteves, para uma rubrica da revista que é apresentada como "uma entrevista dura".

Para Ricardo Rodrigues, foi tão dura que o deputado não viu outra solução a não ser abandonar a sala, levando no bolso os dois gravadores. Só não levou a câmara que estava a filmar a entrevista, cujas imagens já estão online.

"Porque a pressão exercida sobre mim constituiu uma violência psicológica insuportável, porque não vislumbrei outra alternativa para preservar o meu bom nome, exerci acção directa e, irreflectidamente, tomei posse de dois equipamentos de gravação digital", explicou o deputado, numa declaração aos jornalistas na Assembleia da República, sem direito a perguntas.

Presentes na sala, em solidariedade com Ricardo Rodrigues, estavam o líder parlamentar, Francisco Assis, e dois vices da bancada, Ana Catarina Santos e Sérgio Sousa Pinto. Ricardo Rodrigues explicou ainda que interpôs uma providência cautelar contra a revista e os dois jornalistas, estando os dois gravadores apensos a esse processo.

O deputado considerou "perguntas inquisitórias e construídas sobre premissas falsas" as questões colocadas ao longo da entrevista versando dois temas delicados.

O primeiro é a sua ligação, como advogado, sócio e procurador, a Débora Raposo, condenada por burla e falsificação de documentos, num caso que defraudou em vários milhões de euros a CGD de Vila Franca do Campo, nos Açores, região de onde Ricardo Rodrigues é oriundo. Um processo que o Expresso acompanhou ao longo do tempo, o que valeu também queixas do deputado à Justiça.

O outro tema melindroso foram os rumores - com vários anos, e nunca provados - que ligavam Ricardo Rodrigues a um escândalo de pedofilia nos Açores, ao tempo em que o político fazia parte do governo regional.Perguntas que, segundo Ricardo Rodrigues, "tiveram manifestamente por objectivo atingir a minha honra e consideração".

Fernando Esteves, um dos jornalistas que entrevistou o deputado, afirmou ao Expresso que a entrevista está pronta e vai sair amanhã na Revista Sábado (veja pdf relacionado). Algo que só foi possível fazer "porque nós levámos uma câmara de vídeo para fazer uma reportagem para o site e assim pudemos desgravar as respostas".

O jornalista adiantou ainda que nem ele nem a colega foram notificados da providência cautelar apresentada pelo deputado contra a revista e os dois jornalistas.

Sobre as acusações de perseguição feitas pelo deputado do PS, Fernando Esteves defende que as perguntas eram estritamente políticas e actuais.

Ricardo Rodrigues assume ter "tomado posse" de dois gravadores de jornalistas da revista Sábado durante uma entrevista. O deputado diz que optou pela "acção directa".

O vice-presidente do grupo parlamentar do PS Ricardo Rodrigues assumiu esta tarde ter "tomado posse" de dois gravadores de jornalistas da revista Sábado, durante uma entrevista que concedeu àquela publicação.

Tudo se passou na sexta-feira passada, quando o deputado do PS se sentiu incomodado com as perguntas que lhe estavam a ser feitas por Maria Henrique Espada e Fernando Esteves, para uma rubrica da revista que é apresentada como "uma entrevista dura".

Para Ricardo Rodrigues, foi tão dura que o deputado não viu outra solução a não ser abandonar a sala, levando no bolso os dois gravadores. Só não levou a câmara que estava a filmar a entrevista, cujas imagens já estão online.

"Porque a pressão exercida sobre mim constituiu uma violência psicológica insuportável, porque não vislumbrei outra alternativa para preservar o meu bom nome, exerci acção directa e, irreflectidamente, tomei posse de dois equipamentos de gravação digital", explicou o deputado, numa declaração aos jornalistas na Assembleia da República, sem direito a perguntas.

Presentes na sala, em solidariedade com Ricardo Rodrigues, estavam o líder parlamentar, Francisco Assis, e dois vices da bancada, Ana Catarina Santos e Sérgio Sousa Pinto. Ricardo Rodrigues explicou ainda que interpôs uma providência cautelar contra a revista e os dois jornalistas, estando os dois gravadores apensos a esse processo.

O deputado considerou "perguntas inquisitórias e construídas sobre premissas falsas" as questões colocadas ao longo da entrevista versando dois temas delicados.

O primeiro é a sua ligação, como advogado, sócio e procurador, a Débora Raposo, condenada por burla e falsificação de documentos, num caso que defraudou em vários milhões de euros a CGD de Vila Franca do Campo, nos Açores, região de onde Ricardo Rodrigues é oriundo. Um processo que o Expresso acompanhou ao longo do tempo, o que valeu também queixas do deputado à Justiça.

O outro tema melindroso foram os rumores - com vários anos, e nunca provados - que ligavam Ricardo Rodrigues a um escândalo de pedofilia nos Açores, ao tempo em que o político fazia parte do governo regional.Perguntas que, segundo Ricardo Rodrigues, "tiveram manifestamente por objectivo atingir a minha honra e consideração".

Fernando Esteves, um dos jornalistas que entrevistou o deputado, afirmou ao Expresso que a entrevista está pronta e vai sair amanhã na Revista Sábado (veja pdf relacionado). Algo que só foi possível fazer "porque nós levámos uma câmara de vídeo para fazer uma reportagem para o site e assim pudemos desgravar as respostas".

O jornalista adiantou ainda que nem ele nem a colega foram notificados da providência cautelar apresentada pelo deputado contra a revista e os dois jornalistas.

Sobre as acusações de perseguição feitas pelo deputado do PS, Fernando Esteves defende que as perguntas eram estritamente políticas e actuais.

marcar artigo