Democracia em Portugal?: Os políticos confessaram?

01-07-2011
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Para meu espanto, garantiram-me que num jornal diário recente veio a notícia de que políticos requereram ao Tribunal Constitucional para que não fossem tornadas públicas as suas declarações de rendimentos, entregues por imposição legal. Fiquei atónito, nem querendo acreditar.Esta atitude, contrariando a transparência democrática que a lei estabelece, é uma prova de que Garcia dos Santos, João Cravinho, Cavaco Silva e Marinho Pinto (por ordem cronológica) tinham razão quando afirmaram publicamente que devia ser combatido o enriquecimento ilegítimo, o tráfico de influências, a corrupção. É uma confissão de que existe algo de muito grave que querem ocultar. «Quem não, deve não teme»Agora se compreende que tenha havido tanto medo das palavras do bastonário da Ordem dos Advogados e que tenham usado a dialéctica assim traduzida em carta ao jornal gratuito GLOBAL de 6 do corrente escrita por C. Medina Ribeiro, de Lisboa, «Se denuncia é porque sabe; se sabe, tem de concretizar e provar; se não concretizar nem provar, está a ofender a todos; se ofende a todos, afinal o malandro é ele!».Diz o ditado «não há fumo sem fogo» e «quem cabritos vende e cabras não tem de algum lado lhe vêm», mas é cada vez mais difícil apresentar provas, por que os corruptos pretendem viver num casulo secreto, anti-democrático, sem a mínima transparência, em plena imunidade.Com esta preocupação do secretismo, parece haver da sua parte a noção de que o seu enriquecimento não é legítimo e não pode ser conhecido do povo eleitor. Parece quererem comportar-se como marginais clandestinos, como um bando de malfeitores ocultos nas sombras da noite. Apavoram-se alergicamente com as paredes de vidro. Porquê?É uma contradição em pessoas que dão tudo para aparecer nas televisões a «arrotar postas de pescada», à conquista de visibilidade, notoriedade, mas, ao mesmo tempo, querem ocultar a sua forma de enriquecimento, que, por lei, são obrigados a declarar.A assim vai este país com as economias e as actividades paralelas e inconfessáveis. Isto é suficiente razão para aplaudir Marinho Pinto, independentemente da forma musculada como se expressou e do partido a que possa pertencer.Alguns artigos aqui publicados acerca do tema corrupção:http://domirante.blogspot.com/2007/01/corrupo-falta-de-vontade-poltica.htmlhttp://domirante.blogspot.com/2007/01/o-poder-no-repudia-corrupo.html http://domirante.blogspot.com/2007/01/scrates-mendes-e-corrupo.htmlhttp://domirante.blogspot.com/2007/01/corrupo-ponta-do-iceberg.html http://domirante.blogspot.com/2007/03/corrupo-e-burocracia-francisco.htmlhttp://domirante.blogspot.com/2007/06/antigo-professor-foi-acusado-de-corrupo.htmlhttp://domirante.blogspot.com/2007/06/corrupo-de-novo-adiada.htmlhttp://domirante.blogspot.com/2007/10/corrupo-pr-voltou-ao-assunto.html http://domirante.blogspot.com/2007/10/corrupo-porm-ela-existe.htmlhttp://domirante.blogspot.com/2007/11/corrupo-e-deontologia-dos-jornalistas.html http://domirante.blogspot.com/2008/01/ecos-das-palavras-de-marinho-pinto.html


Para meu espanto, garantiram-me que num jornal diário recente veio a notícia de que políticos requereram ao Tribunal Constitucional para que não fossem tornadas públicas as suas declarações de rendimentos, entregues por imposição legal. Fiquei atónito, nem querendo acreditar.Esta atitude, contrariando a transparência democrática que a lei estabelece, é uma prova de que Garcia dos Santos, João Cravinho, Cavaco Silva e Marinho Pinto (por ordem cronológica) tinham razão quando afirmaram publicamente que devia ser combatido o enriquecimento ilegítimo, o tráfico de influências, a corrupção. É uma confissão de que existe algo de muito grave que querem ocultar. «Quem não, deve não teme»Agora se compreende que tenha havido tanto medo das palavras do bastonário da Ordem dos Advogados e que tenham usado a dialéctica assim traduzida em carta ao jornal gratuito GLOBAL de 6 do corrente escrita por C. Medina Ribeiro, de Lisboa, «Se denuncia é porque sabe; se sabe, tem de concretizar e provar; se não concretizar nem provar, está a ofender a todos; se ofende a todos, afinal o malandro é ele!».Diz o ditado «não há fumo sem fogo» e «quem cabritos vende e cabras não tem de algum lado lhe vêm», mas é cada vez mais difícil apresentar provas, por que os corruptos pretendem viver num casulo secreto, anti-democrático, sem a mínima transparência, em plena imunidade.Com esta preocupação do secretismo, parece haver da sua parte a noção de que o seu enriquecimento não é legítimo e não pode ser conhecido do povo eleitor. Parece quererem comportar-se como marginais clandestinos, como um bando de malfeitores ocultos nas sombras da noite. Apavoram-se alergicamente com as paredes de vidro. Porquê?É uma contradição em pessoas que dão tudo para aparecer nas televisões a «arrotar postas de pescada», à conquista de visibilidade, notoriedade, mas, ao mesmo tempo, querem ocultar a sua forma de enriquecimento, que, por lei, são obrigados a declarar.A assim vai este país com as economias e as actividades paralelas e inconfessáveis. Isto é suficiente razão para aplaudir Marinho Pinto, independentemente da forma musculada como se expressou e do partido a que possa pertencer.Alguns artigos aqui publicados acerca do tema corrupção:http://domirante.blogspot.com/2007/01/corrupo-falta-de-vontade-poltica.htmlhttp://domirante.blogspot.com/2007/01/o-poder-no-repudia-corrupo.html http://domirante.blogspot.com/2007/01/scrates-mendes-e-corrupo.htmlhttp://domirante.blogspot.com/2007/01/corrupo-ponta-do-iceberg.html http://domirante.blogspot.com/2007/03/corrupo-e-burocracia-francisco.htmlhttp://domirante.blogspot.com/2007/06/antigo-professor-foi-acusado-de-corrupo.htmlhttp://domirante.blogspot.com/2007/06/corrupo-de-novo-adiada.htmlhttp://domirante.blogspot.com/2007/10/corrupo-pr-voltou-ao-assunto.html http://domirante.blogspot.com/2007/10/corrupo-porm-ela-existe.htmlhttp://domirante.blogspot.com/2007/11/corrupo-e-deontologia-dos-jornalistas.html http://domirante.blogspot.com/2008/01/ecos-das-palavras-de-marinho-pinto.html

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