O Cachimbo de Magritte: Gregos, em vez de irlandeses (actualizado)

08-07-2011
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De acordo com informação da GoBulling - Banco Carregosa, o Citi emitiu hoje uma nota em que informa (transcrições actualizadas a partir de notícia no Económico):- «Portugal corre o risco sério de ser a próxima Grécia»;- «O défice de Portugal falhou em mostrar quaisquer sinais de desaceleração em 2010, o que contrasta com a tendência geral dos países periféricos e nucleares [da zona euro]»;- A meta de 7,3% é «optimista», mas «ainda poderá ser atingida com a proposta de transferência do plano de pensões da Portugal Telecom para o balanço do governo»;- Mas «arrecadar dinheiro não é a mesma coisa que cortar gastos»;- «É possível construir uma história onde a Irlanda, com uma combinação de trabalho duro, uma boa comunicação e uma sorte incomum seja capaz de voltar ao caminho certo. Mas é muito difícil de ver uma história paralela para Portugal».Raramente li comentários tão curtos e acertados de uma banco internacional, a respeito de um país que raramente aparece nos radares, salvo quando a dimensão da asneira atinge as proporções que aqui se acumularam. Sobre a improbabilidade de «trabalho duro», como na Irlanda, não vale a pena sequer tecer comentários. Sobre as trapaças do Governo para tentar esconder o desastre orçamental, estou cansado. Sobre o grosseiro disparate comunicacional, o tema vale pela novidade: um primeiro-ministro autista (ou invulgarmente estúpido), que se vai ufanar ao New York Times por ter adoptado tardiamente medidas que já são velhas em todos os países que estão (estavam) sob idênticas pressões, apenas por ter sido a isso forçado, está a pedi-las: tareia a sério. O único problema no meio disto tudo é que, sendo primeiro-ministro, sabe-se quem leva por tabela.


De acordo com informação da GoBulling - Banco Carregosa, o Citi emitiu hoje uma nota em que informa (transcrições actualizadas a partir de notícia no Económico):- «Portugal corre o risco sério de ser a próxima Grécia»;- «O défice de Portugal falhou em mostrar quaisquer sinais de desaceleração em 2010, o que contrasta com a tendência geral dos países periféricos e nucleares [da zona euro]»;- A meta de 7,3% é «optimista», mas «ainda poderá ser atingida com a proposta de transferência do plano de pensões da Portugal Telecom para o balanço do governo»;- Mas «arrecadar dinheiro não é a mesma coisa que cortar gastos»;- «É possível construir uma história onde a Irlanda, com uma combinação de trabalho duro, uma boa comunicação e uma sorte incomum seja capaz de voltar ao caminho certo. Mas é muito difícil de ver uma história paralela para Portugal».Raramente li comentários tão curtos e acertados de uma banco internacional, a respeito de um país que raramente aparece nos radares, salvo quando a dimensão da asneira atinge as proporções que aqui se acumularam. Sobre a improbabilidade de «trabalho duro», como na Irlanda, não vale a pena sequer tecer comentários. Sobre as trapaças do Governo para tentar esconder o desastre orçamental, estou cansado. Sobre o grosseiro disparate comunicacional, o tema vale pela novidade: um primeiro-ministro autista (ou invulgarmente estúpido), que se vai ufanar ao New York Times por ter adoptado tardiamente medidas que já são velhas em todos os países que estão (estavam) sob idênticas pressões, apenas por ter sido a isso forçado, está a pedi-las: tareia a sério. O único problema no meio disto tudo é que, sendo primeiro-ministro, sabe-se quem leva por tabela.

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