O Cachimbo de Magritte: Grau zero da política, recomendam os sábios

08-07-2011
marcar artigo


Foi a única fotografia não romântica alusiva ao tema do naufrágio que encontrei; a culpa não é minhaEm Portugal, está cancelada, sine die, a discussão de qualquer orçamento. Qualquer orçamento, ou suas rectificações, é para ser aprovado - ou não. Discutem-se os méritos de uma ou outra posição, e ponto final. Se o orçamento enfrenta, ou não, com razoabilidade os problemas das Finanças Públicas, mais: se o orçamento se faz acompanhar de quaisquer reformas - decisivas! - para que a economia e o emprego possam reagir a doses homeopáticas de austeridade (não interessa como é feita), na ausência do controle da taxa de juro e da taxa de câmbio (experiência inédita na história de Portugal), isso pura e simplesmente não interessa. Agora, como nunca mais. O que importa é sobreviver mais umas horas (uns dias, umas semanas, vá lá). Entretanto, um orçamento é para aprovar - ou não. É a política reduzida ao grau zero. Receita para um desastre colossal, rápido, mas com muita, muita, muita dor. É a impotência em todo o seu esplendor.


Foi a única fotografia não romântica alusiva ao tema do naufrágio que encontrei; a culpa não é minhaEm Portugal, está cancelada, sine die, a discussão de qualquer orçamento. Qualquer orçamento, ou suas rectificações, é para ser aprovado - ou não. Discutem-se os méritos de uma ou outra posição, e ponto final. Se o orçamento enfrenta, ou não, com razoabilidade os problemas das Finanças Públicas, mais: se o orçamento se faz acompanhar de quaisquer reformas - decisivas! - para que a economia e o emprego possam reagir a doses homeopáticas de austeridade (não interessa como é feita), na ausência do controle da taxa de juro e da taxa de câmbio (experiência inédita na história de Portugal), isso pura e simplesmente não interessa. Agora, como nunca mais. O que importa é sobreviver mais umas horas (uns dias, umas semanas, vá lá). Entretanto, um orçamento é para aprovar - ou não. É a política reduzida ao grau zero. Receita para um desastre colossal, rápido, mas com muita, muita, muita dor. É a impotência em todo o seu esplendor.

marcar artigo