CANTO AZUL AO SUL

20-01-2012
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sábado, dezembro 27, 2008 Passivo do futebol atinge 619 milhões de euros

Notas Prévias:

Este tipo de notícias é justamente aquela que mais tem fundamentado a minha repulsa pelo facto de o Clube de Futebol "Os Belenenses" passara ser internamente um Clube bastante pequeno que ainda não percebeu que é justamente na grandeza do seu passivo que se encontra muita da viabilidade económico-financeira, tal e qual os outros, internamente e externamente o fazem. Isto se soubermos adeuar os nossos activos como compensação do nosso passivo. Significaria isto que seria necessário termos uma boa equipa de futebol, cujos activos fossem devidamente valorizados, por forma a conter uma qualquer derrapagem. Pagar? Sim, mas devagar.

E de preferência recorrendo a lançamento de empréstimos obrigacionistas, mas nunca de empréstimos que ponham, em causa os bens patrimoniais dos respectivos clubes.

O caso do nosso passivo, apesar de ser teoricamente grnde, é, no entanto um passivo sustentável e sustentado e quem mais dele reclama não são os nossos credores, mas sim os associados.

Enfim, a política sadomasoquista de muitos deles e outros, ainda, que julgando perceber de números, fazem tremendas trapalhads com os ditos. Saliento para o facto desta notícia do JN não falar nem ao de leve o Belenenses, justamente o oposto daquilo que alguns associados fazem.

O passivo do futebol profissional português atinge os 619 milhões de euros, contabilizou o JN, após reunir os dados mais recentes dos participantes na Liga e Liga de Honra. As contas, incómodas para alguns dirigentes, permitem traçar cenários distintos, mas o pessimismo domina.

Dez das 32 equipas actuam através de sociedades anónimas desportivas (SAD) e, nesses casos, o passivo indicado exclui as verbas do clube. O Sporting, com um passivo da SAD de 146 milhões de euros, está à frente do indesejável "campeonato". Os três grandes acumulam dois terços dos passivos. Mas só os leões apresentam um saldo negativo (2,5 milhões de euros), uma vez feita as diferenças entre os activos e os passivos.

O F. C. Porto tem um passivo menor do que o Sporting (141,1 milhões), mas o activo atinge os 158,8 milhões. Também a SAD do Benfica, que finalizou o último exercício com 125 milhões de passivo, consegue superar o resultado, pois os seus activos totalizam os 148 milhões de euros.

"Os três grandes vivem realidades diferentes da dos seus concorrentes na Liga. Mas a indústria de futebol é uma actividade económica como as restantes e, em termos gerais, não está imune à crise", salienta, ao JN, Ricardo Gonçalves, analista da Deloitte especializado na área do desporto.

No entanto, nos últimos dois anos, as três SAD's apresentaram resultados financeiros positivos. A melhoria de gestão, com o evoluir do tempo, e as receitas da Liga dos Campeões têm ajudado a diminuir os passivos.

Porém, a curto, médio prazo, haverá clubes e sociedades que cessarão a actividade, não só em Portugal, como em todo o mundo, alerta Ricardo Gonçalves. O futebol, como indústria, está muito endividado e não escapa à crise, mas, no caso do Boavista, os problemas já vêm de longe. Com um passivo calculado em 80 milhões de euros, o maior problema dos axadrezados é possuirem activos quase sem expressão, tendo assim uma situação financeira pior do que a dos três grandes.

"Um clube pode ter um passivo de dois milhões e estar pior do que um com 50 milhões. A disponibilização dos activos pode ajudar rapidamente a alterar o que parece difícil de resolver", exemplifica Ricardo Gonçalves.

O Paços de Ferreira é o único clube sem passivo, embora o Nacional, neste levantamento, também esteja incluído no lote. Isto porque o clube presidido por Rui Alves se recusou a divulgar os seus números, apesar de no último exercício ter tido um lucro de 1,5 milhões de euros, graças à venda de alguns jogadores, como o guardião suíço Benaglio.

Se pudesse falar - está impedido pela Liga de o fazer - o líder pacense, Fernando Sequeira, diria que preside a um clube cumpridor, que controla as despesas e já tem conseguido finalizar as épocas com as contas saldadas.

Já no Estrela da Amadora, com um passivo de sete milhões, não faltam problemas - salários em atraso, pré-avisos de greve a jogos e treinador a bater com porta. "Oitenta por cento do passivo vem de gestões anteriores", realça António Oliveira. Para o líder dos tricolores, se o Estrela arranjasse maneira de pagar as contas de forma faseada, a situação podia melhorar. "Têm de escolher se querem uma Liga para meia dúzia ou se dão a mão aos mais aflitos", conclui António Oliveira. F. C. Porto, Benfica e Sporting acumulam dois terços do passivo do futebol profissional português. Mesmo com modelos de gestão diferentes, é seguro que as dívidas atormentam quase todos os participantes das duas Ligas.O passivo do futebol profissional português atinge os 619 milhões de euros, contabilizou o JN, após reunir os dados mais recentes dos participantes na Liga e Liga de Honra. As contas, incómodas para alguns dirigentes, permitem traçar cenários distintos, mas o pessimismo domina.Dez das 32 equipas actuam através de sociedades anónimas desportivas (SAD) e, nesses casos, o passivo indicado exclui as verbas do clube. O Sporting, com um passivo da SAD de 146 milhões de euros, está à frente do indesejável "campeonato". Os três grandes acumulam dois terços dos passivos. Mas só os leões apresentam um saldo negativo (2,5 milhões de euros), uma vez feita as diferenças entre os activos e os passivos.O F. C. Porto tem um passivo menor do que o Sporting (141,1 milhões), mas o activo atinge os 158,8 milhões. Também a SAD do Benfica, que finalizou o último exercício com 125 milhões de passivo, consegue superar o resultado, pois os seus activos totalizam os 148 milhões de euros."Os três grandes vivem realidades diferentes da dos seus concorrentes na Liga. Mas a indústria de futebol é uma actividade económica como as restantes e, em termos gerais, não está imune à crise", salienta, ao JN, Ricardo Gonçalves, analista da Deloitte especializado na área do desporto.No entanto, nos últimos dois anos, as três SAD's apresentaram resultados financeiros positivos. A melhoria de gestão, com o evoluir do tempo, e as receitas da Liga dos Campeões têm ajudado a diminuir os passivos.Porém, a curto, médio prazo, haverá clubes e sociedades que cessarão a actividade, não só em Portugal, como em todo o mundo, alerta Ricardo Gonçalves. O futebol, como indústria, está muito endividado e não escapa à crise, mas, no caso do Boavista, os problemas já vêm de longe. Com um passivo calculado em 80 milhões de euros, o maior problema dos axadrezados é possuirem activos quase sem expressão, tendo assim uma situação financeira pior do que a dos três grandes."Um clube pode ter um passivo de dois milhões e estar pior do que um com 50 milhões. A disponibilização dos activos pode ajudar rapidamente a alterar o que parece difícil de resolver", exemplifica Ricardo Gonçalves.O Paços de Ferreira é o único clube sem passivo, embora o Nacional, neste levantamento, também esteja incluído no lote. Isto porque o clube presidido por Rui Alves se recusou a divulgar os seus números, apesar de no último exercício ter tido um lucro de 1,5 milhões de euros, graças à venda de alguns jogadores, como o guardião suíço Benaglio.Se pudesse falar - está impedido pela Liga de o fazer - o líder pacense, Fernando Sequeira, diria que preside a um clube cumpridor, que controla as despesas e já tem conseguido finalizar as épocas com as contas saldadas.Já no Estrela da Amadora, com um passivo de sete milhões, não faltam problemas - salários em atraso, pré-avisos de greve a jogos e treinador a bater com porta. "Oitenta por cento do passivo vem de gestões anteriores", realça António Oliveira. Para o líder dos tricolores, se o Estrela arranjasse maneira de pagar as contas de forma faseada, a situação podia melhorar. "Têm de escolher se querem uma Liga para meia dúzia ou se dão a mão aos mais aflitos", conclui António Oliveira. Etiquetas: Passivos

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sábado, dezembro 27, 2008 Passivo do futebol atinge 619 milhões de euros

Notas Prévias:

Este tipo de notícias é justamente aquela que mais tem fundamentado a minha repulsa pelo facto de o Clube de Futebol "Os Belenenses" passara ser internamente um Clube bastante pequeno que ainda não percebeu que é justamente na grandeza do seu passivo que se encontra muita da viabilidade económico-financeira, tal e qual os outros, internamente e externamente o fazem. Isto se soubermos adeuar os nossos activos como compensação do nosso passivo. Significaria isto que seria necessário termos uma boa equipa de futebol, cujos activos fossem devidamente valorizados, por forma a conter uma qualquer derrapagem. Pagar? Sim, mas devagar.

E de preferência recorrendo a lançamento de empréstimos obrigacionistas, mas nunca de empréstimos que ponham, em causa os bens patrimoniais dos respectivos clubes.

O caso do nosso passivo, apesar de ser teoricamente grnde, é, no entanto um passivo sustentável e sustentado e quem mais dele reclama não são os nossos credores, mas sim os associados.

Enfim, a política sadomasoquista de muitos deles e outros, ainda, que julgando perceber de números, fazem tremendas trapalhads com os ditos. Saliento para o facto desta notícia do JN não falar nem ao de leve o Belenenses, justamente o oposto daquilo que alguns associados fazem.

O passivo do futebol profissional português atinge os 619 milhões de euros, contabilizou o JN, após reunir os dados mais recentes dos participantes na Liga e Liga de Honra. As contas, incómodas para alguns dirigentes, permitem traçar cenários distintos, mas o pessimismo domina.

Dez das 32 equipas actuam através de sociedades anónimas desportivas (SAD) e, nesses casos, o passivo indicado exclui as verbas do clube. O Sporting, com um passivo da SAD de 146 milhões de euros, está à frente do indesejável "campeonato". Os três grandes acumulam dois terços dos passivos. Mas só os leões apresentam um saldo negativo (2,5 milhões de euros), uma vez feita as diferenças entre os activos e os passivos.

O F. C. Porto tem um passivo menor do que o Sporting (141,1 milhões), mas o activo atinge os 158,8 milhões. Também a SAD do Benfica, que finalizou o último exercício com 125 milhões de passivo, consegue superar o resultado, pois os seus activos totalizam os 148 milhões de euros.

"Os três grandes vivem realidades diferentes da dos seus concorrentes na Liga. Mas a indústria de futebol é uma actividade económica como as restantes e, em termos gerais, não está imune à crise", salienta, ao JN, Ricardo Gonçalves, analista da Deloitte especializado na área do desporto.

No entanto, nos últimos dois anos, as três SAD's apresentaram resultados financeiros positivos. A melhoria de gestão, com o evoluir do tempo, e as receitas da Liga dos Campeões têm ajudado a diminuir os passivos.

Porém, a curto, médio prazo, haverá clubes e sociedades que cessarão a actividade, não só em Portugal, como em todo o mundo, alerta Ricardo Gonçalves. O futebol, como indústria, está muito endividado e não escapa à crise, mas, no caso do Boavista, os problemas já vêm de longe. Com um passivo calculado em 80 milhões de euros, o maior problema dos axadrezados é possuirem activos quase sem expressão, tendo assim uma situação financeira pior do que a dos três grandes.

"Um clube pode ter um passivo de dois milhões e estar pior do que um com 50 milhões. A disponibilização dos activos pode ajudar rapidamente a alterar o que parece difícil de resolver", exemplifica Ricardo Gonçalves.

O Paços de Ferreira é o único clube sem passivo, embora o Nacional, neste levantamento, também esteja incluído no lote. Isto porque o clube presidido por Rui Alves se recusou a divulgar os seus números, apesar de no último exercício ter tido um lucro de 1,5 milhões de euros, graças à venda de alguns jogadores, como o guardião suíço Benaglio.

Se pudesse falar - está impedido pela Liga de o fazer - o líder pacense, Fernando Sequeira, diria que preside a um clube cumpridor, que controla as despesas e já tem conseguido finalizar as épocas com as contas saldadas.

Já no Estrela da Amadora, com um passivo de sete milhões, não faltam problemas - salários em atraso, pré-avisos de greve a jogos e treinador a bater com porta. "Oitenta por cento do passivo vem de gestões anteriores", realça António Oliveira. Para o líder dos tricolores, se o Estrela arranjasse maneira de pagar as contas de forma faseada, a situação podia melhorar. "Têm de escolher se querem uma Liga para meia dúzia ou se dão a mão aos mais aflitos", conclui António Oliveira. F. C. Porto, Benfica e Sporting acumulam dois terços do passivo do futebol profissional português. Mesmo com modelos de gestão diferentes, é seguro que as dívidas atormentam quase todos os participantes das duas Ligas.O passivo do futebol profissional português atinge os 619 milhões de euros, contabilizou o JN, após reunir os dados mais recentes dos participantes na Liga e Liga de Honra. As contas, incómodas para alguns dirigentes, permitem traçar cenários distintos, mas o pessimismo domina.Dez das 32 equipas actuam através de sociedades anónimas desportivas (SAD) e, nesses casos, o passivo indicado exclui as verbas do clube. O Sporting, com um passivo da SAD de 146 milhões de euros, está à frente do indesejável "campeonato". Os três grandes acumulam dois terços dos passivos. Mas só os leões apresentam um saldo negativo (2,5 milhões de euros), uma vez feita as diferenças entre os activos e os passivos.O F. C. Porto tem um passivo menor do que o Sporting (141,1 milhões), mas o activo atinge os 158,8 milhões. Também a SAD do Benfica, que finalizou o último exercício com 125 milhões de passivo, consegue superar o resultado, pois os seus activos totalizam os 148 milhões de euros."Os três grandes vivem realidades diferentes da dos seus concorrentes na Liga. Mas a indústria de futebol é uma actividade económica como as restantes e, em termos gerais, não está imune à crise", salienta, ao JN, Ricardo Gonçalves, analista da Deloitte especializado na área do desporto.No entanto, nos últimos dois anos, as três SAD's apresentaram resultados financeiros positivos. A melhoria de gestão, com o evoluir do tempo, e as receitas da Liga dos Campeões têm ajudado a diminuir os passivos.Porém, a curto, médio prazo, haverá clubes e sociedades que cessarão a actividade, não só em Portugal, como em todo o mundo, alerta Ricardo Gonçalves. O futebol, como indústria, está muito endividado e não escapa à crise, mas, no caso do Boavista, os problemas já vêm de longe. Com um passivo calculado em 80 milhões de euros, o maior problema dos axadrezados é possuirem activos quase sem expressão, tendo assim uma situação financeira pior do que a dos três grandes."Um clube pode ter um passivo de dois milhões e estar pior do que um com 50 milhões. A disponibilização dos activos pode ajudar rapidamente a alterar o que parece difícil de resolver", exemplifica Ricardo Gonçalves.O Paços de Ferreira é o único clube sem passivo, embora o Nacional, neste levantamento, também esteja incluído no lote. Isto porque o clube presidido por Rui Alves se recusou a divulgar os seus números, apesar de no último exercício ter tido um lucro de 1,5 milhões de euros, graças à venda de alguns jogadores, como o guardião suíço Benaglio.Se pudesse falar - está impedido pela Liga de o fazer - o líder pacense, Fernando Sequeira, diria que preside a um clube cumpridor, que controla as despesas e já tem conseguido finalizar as épocas com as contas saldadas.Já no Estrela da Amadora, com um passivo de sete milhões, não faltam problemas - salários em atraso, pré-avisos de greve a jogos e treinador a bater com porta. "Oitenta por cento do passivo vem de gestões anteriores", realça António Oliveira. Para o líder dos tricolores, se o Estrela arranjasse maneira de pagar as contas de forma faseada, a situação podia melhorar. "Têm de escolher se querem uma Liga para meia dúzia ou se dão a mão aos mais aflitos", conclui António Oliveira. Etiquetas: Passivos

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