(re)Flexões: denunciante

21-01-2012
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O caso do prof. Charrua, da directora da DREN e das posições políticas do Governo, da Ministra da Educação e do PS-Porto já causam nausea.Antes de mais tenho que declarar que nem conheço o prof. Charrua, nem simpatizo com nenhum dos muitos charruas que, graças à filiação partidária e à simpatia política, trocaram uma vida de profissionais do ensino, trabalhando na escola com os alunos e os outros professores, por uma carreira burocrática, muitas vezes infernizando a vida de quem no quotidiano escolar tenta levar o barco a bom porto.Dito isto, tenho que lamentar que num país democrático, que no início do séc XXI preside a uma organização democrática - UE, seja possível que o partido que sustenta o governo possa produzir gente como Margarida Moreira e Renato Sampaio, que a coberto da complacência da Ministra da Educação e do 1º Ministro, continuam a promover um espírito de denúncia e perseguição política.Na verdade, a decisão tomada pela Drª Mª Lurdes Rodrigues de arquivar o processo Charrua, alegando motivos políticos que na sua óptica se sobrepõem à esfera disciplinar, na qual terá alegadamente ficado provada a culpa do arguido, acaba por dar razão e força à posição de Margarida Moreira e Renato Sampaio.O despacho de arquivamento, resolvendo a questão política de "não punir a liberdade de expressão", deixa ficar uma condenação moral sobre um alegado insulto ao 1º ministro.Resta saber que prova foi produzida no âmbito do processo. Quem foram as testemunhas de acusação e qual o seu grau de dependência (e já agora do medo de que fala Manuel Alegre) em relação à directora regional e ao presidente da distrital do Porto do PS? Será que se essas testemunhas tivessem testemunhado em sentido diferente não veriam a sua "prestação de serviços" na DREN terminada, ou não renovada? Afinal onde é que acaba a "confiança política" para esta gente?E que dizer do instrutor do processo? Que relações políticas, profissionais e partidárias existem entre este jurista e Margarida Moreira e Renato Sampaio?Porque é que os partidos políticos, em particular os que ocupam o poder desde há trinta anos, não se decidem a despartidarizar por completo a administração pública. Quando é que os chamados "partidos do arco governativo" deixam de olhar para os lugares da administração e para os funcionários públicos que lá trabalham como uma coutada sua?E os cidadãos que somos todos nós, até quando vamos continuar a aceitar este estado de coisas sem protestar?


O caso do prof. Charrua, da directora da DREN e das posições políticas do Governo, da Ministra da Educação e do PS-Porto já causam nausea.Antes de mais tenho que declarar que nem conheço o prof. Charrua, nem simpatizo com nenhum dos muitos charruas que, graças à filiação partidária e à simpatia política, trocaram uma vida de profissionais do ensino, trabalhando na escola com os alunos e os outros professores, por uma carreira burocrática, muitas vezes infernizando a vida de quem no quotidiano escolar tenta levar o barco a bom porto.Dito isto, tenho que lamentar que num país democrático, que no início do séc XXI preside a uma organização democrática - UE, seja possível que o partido que sustenta o governo possa produzir gente como Margarida Moreira e Renato Sampaio, que a coberto da complacência da Ministra da Educação e do 1º Ministro, continuam a promover um espírito de denúncia e perseguição política.Na verdade, a decisão tomada pela Drª Mª Lurdes Rodrigues de arquivar o processo Charrua, alegando motivos políticos que na sua óptica se sobrepõem à esfera disciplinar, na qual terá alegadamente ficado provada a culpa do arguido, acaba por dar razão e força à posição de Margarida Moreira e Renato Sampaio.O despacho de arquivamento, resolvendo a questão política de "não punir a liberdade de expressão", deixa ficar uma condenação moral sobre um alegado insulto ao 1º ministro.Resta saber que prova foi produzida no âmbito do processo. Quem foram as testemunhas de acusação e qual o seu grau de dependência (e já agora do medo de que fala Manuel Alegre) em relação à directora regional e ao presidente da distrital do Porto do PS? Será que se essas testemunhas tivessem testemunhado em sentido diferente não veriam a sua "prestação de serviços" na DREN terminada, ou não renovada? Afinal onde é que acaba a "confiança política" para esta gente?E que dizer do instrutor do processo? Que relações políticas, profissionais e partidárias existem entre este jurista e Margarida Moreira e Renato Sampaio?Porque é que os partidos políticos, em particular os que ocupam o poder desde há trinta anos, não se decidem a despartidarizar por completo a administração pública. Quando é que os chamados "partidos do arco governativo" deixam de olhar para os lugares da administração e para os funcionários públicos que lá trabalham como uma coutada sua?E os cidadãos que somos todos nós, até quando vamos continuar a aceitar este estado de coisas sem protestar?

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