Anúncio de concessão da RTP apanha CDS-PP de surpresa

24-08-2012
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“Ainda não temos conhecimento de uma proposta ou estudo formal sobre a privatização da RTP e, a termos, não seria o Dr. António Borges a dá-la. A responsabilidade política não é dele”, afirma o deputado centrista Raúl de Almeida, que é, no partido, quem acompanha as questões da comunicação social.

O deputado admite que o partido viu “com surpresa” as declarações do economista, mas recusa pronunciar-se sobre o seu conteúdo. “Não comentamos declarações de quem não está mandatado politicamente para decidir o que quer que seja neste domínio”, reitera.

É através do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que o CDS-PP espera ter conhecimento “formal” da intenção do Governo, e só depois deverá pronunciar-se. “Esta é uma decisão política e é ele que tem responsabilidades nessa matéria”, afirma Raúl de Almeida.

O deputado admite que o processo relativo ao futuro da RTP é “sério e muito sensível”, e deve por isso ser tratado “com seriedade, sensibilidade e profundidade”. “Temos uma posição aberta para estudar o assunto”, acrescenta.

Para já, o CDS-PP prefere criticar a forma como António Borges se referiu, numa entrevista quinta-feira à TVI, aos trabalhadores da estação pública de televisão. Questionado sobre se o concessionário que ficar com a RTP poderá despedir funcionários, Borges respondeu: “Se entender que tem pessoas a mais, com certeza que o fará”.

“Demarcamo-nos completamente dessas declarações”, contrapõe Raúl de Almeida, sublinhando que “os trabalhadores são um activo, uma mais-valia” que deve ser tratada “como parte da solução e não como um problema”.

Já ontem, falando num espaço de comentário na SIC Notícias, o porta-voz do partido, João Almeida, criticou o facto de António Borges se ter pronunciado sobre os planos do Governo para a RTP. “Não só não devia ter sido António Borges a dizer o que disse, como aquilo que ele diz não parece ser a melhor forma de começar um processo de privatizações”, afirmou, sublinhando que “não é a primeira vez" que o economista "tem uma intervenção destas”.

Nessa intervenção, João Almeida disse esperar que o Governo “ultrapasse” as declarações de António Borges e “reponha o processo no seu curso normal”. Contactado hoje pelo PÚBLICO, o porta-voz ressalvou que comentou o assunto apenas porque o tema foi abordado durante o programa televisivo, remetendo mais comentários para Raúl Almeida, que acompanha a matéria no Parlamento.

Durante a campanha eleitoral, o CDS-PP mostrou-se contrário à privatização da RTP, mas no acordo de coligação assinado com o PSD esta foi uma das cedências. “Esse foi um dos pontos de convergência, em que admitimos procurar uma solução, a melhor solução para a RTP, servindo os interesses do país e dos telespectadores”, afirma Raúl de Almeida.

Contudo, o que está em causa para o CDS-PP não é a solução em estudo para a RTP, mas sim o facto de um conselheiro do Governo ter “decidido por sua conta e risco fazer considerações sobre a matéria”, critica o deputado.

“Ainda não temos conhecimento de uma proposta ou estudo formal sobre a privatização da RTP e, a termos, não seria o Dr. António Borges a dá-la. A responsabilidade política não é dele”, afirma o deputado centrista Raúl de Almeida, que é, no partido, quem acompanha as questões da comunicação social.

O deputado admite que o partido viu “com surpresa” as declarações do economista, mas recusa pronunciar-se sobre o seu conteúdo. “Não comentamos declarações de quem não está mandatado politicamente para decidir o que quer que seja neste domínio”, reitera.

É através do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que o CDS-PP espera ter conhecimento “formal” da intenção do Governo, e só depois deverá pronunciar-se. “Esta é uma decisão política e é ele que tem responsabilidades nessa matéria”, afirma Raúl de Almeida.

O deputado admite que o processo relativo ao futuro da RTP é “sério e muito sensível”, e deve por isso ser tratado “com seriedade, sensibilidade e profundidade”. “Temos uma posição aberta para estudar o assunto”, acrescenta.

Para já, o CDS-PP prefere criticar a forma como António Borges se referiu, numa entrevista quinta-feira à TVI, aos trabalhadores da estação pública de televisão. Questionado sobre se o concessionário que ficar com a RTP poderá despedir funcionários, Borges respondeu: “Se entender que tem pessoas a mais, com certeza que o fará”.

“Demarcamo-nos completamente dessas declarações”, contrapõe Raúl de Almeida, sublinhando que “os trabalhadores são um activo, uma mais-valia” que deve ser tratada “como parte da solução e não como um problema”.

Já ontem, falando num espaço de comentário na SIC Notícias, o porta-voz do partido, João Almeida, criticou o facto de António Borges se ter pronunciado sobre os planos do Governo para a RTP. “Não só não devia ter sido António Borges a dizer o que disse, como aquilo que ele diz não parece ser a melhor forma de começar um processo de privatizações”, afirmou, sublinhando que “não é a primeira vez" que o economista "tem uma intervenção destas”.

Nessa intervenção, João Almeida disse esperar que o Governo “ultrapasse” as declarações de António Borges e “reponha o processo no seu curso normal”. Contactado hoje pelo PÚBLICO, o porta-voz ressalvou que comentou o assunto apenas porque o tema foi abordado durante o programa televisivo, remetendo mais comentários para Raúl Almeida, que acompanha a matéria no Parlamento.

Durante a campanha eleitoral, o CDS-PP mostrou-se contrário à privatização da RTP, mas no acordo de coligação assinado com o PSD esta foi uma das cedências. “Esse foi um dos pontos de convergência, em que admitimos procurar uma solução, a melhor solução para a RTP, servindo os interesses do país e dos telespectadores”, afirma Raúl de Almeida.

Contudo, o que está em causa para o CDS-PP não é a solução em estudo para a RTP, mas sim o facto de um conselheiro do Governo ter “decidido por sua conta e risco fazer considerações sobre a matéria”, critica o deputado.

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