Conselho de Estado é "tentativa desesperada" de Cavaco

02-10-2015
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O constitucionalista Jorge Miranda classificou de "tentativa desesperada" a iniciativa do Presidente da República de reunir hoje o Conselho de Estado para debater a situação de Portugal após a intervenção da 'troika'.

Falando aos jornalistas à margem da conferência Troika Ano II, organizada pelo Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal e pelo Instituto Europeu, para assinalar os dois anos da assinatura do memorando de entendimento da assistência financeira a Portugal, Jorge Miranda disse que a convocação do Conselho de Estado é "uma tentativa desesperada [de Cavaco Silva] depois do infeliz discurso do 25 de Abril", tentando, desta forma "voltar à mó de cima".

O constitucionalista acrescentou que, mesmo assim, as últimas declarações do Presidente da República, "ligando Nossa Senhora de Fátima à situação económica são de uma infelicidade enorme, possivelmente anticristãs, e nem se compreende invocar o nome de Deus em vão".

Para Jorge Miranda "falar em pós-'troika' neste momento não faz nenhum sentido", mas sim "no estado actual da 'troika' e na situação em que nós estamos", classificando-a de "uma coisa absolutamente inimaginável neste momento".

Segundo o constitucionalista, "há muitos sinais que o senhor Presidente deveria ter tido em conta", logo em 2009, quando "nunca deveria ter nomeado o Governo minoritário de [José] Sócrates, que se arrastou durante 18 meses penosamente quando deveria ter procurado, nessa altura, um grande Governo de coligação como aconteceu agora em Itália".

O constitucionalista Jorge Miranda classificou de "tentativa desesperada" a iniciativa do Presidente da República de reunir hoje o Conselho de Estado para debater a situação de Portugal após a intervenção da 'troika'.

Falando aos jornalistas à margem da conferência Troika Ano II, organizada pelo Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal e pelo Instituto Europeu, para assinalar os dois anos da assinatura do memorando de entendimento da assistência financeira a Portugal, Jorge Miranda disse que a convocação do Conselho de Estado é "uma tentativa desesperada [de Cavaco Silva] depois do infeliz discurso do 25 de Abril", tentando, desta forma "voltar à mó de cima".

O constitucionalista acrescentou que, mesmo assim, as últimas declarações do Presidente da República, "ligando Nossa Senhora de Fátima à situação económica são de uma infelicidade enorme, possivelmente anticristãs, e nem se compreende invocar o nome de Deus em vão".

Para Jorge Miranda "falar em pós-'troika' neste momento não faz nenhum sentido", mas sim "no estado actual da 'troika' e na situação em que nós estamos", classificando-a de "uma coisa absolutamente inimaginável neste momento".

Segundo o constitucionalista, "há muitos sinais que o senhor Presidente deveria ter tido em conta", logo em 2009, quando "nunca deveria ter nomeado o Governo minoritário de [José] Sócrates, que se arrastou durante 18 meses penosamente quando deveria ter procurado, nessa altura, um grande Governo de coligação como aconteceu agora em Itália".

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