Tombos do BCP e construtoras levam Lisboa para pior desempenho depois de Atenas

15-06-2015
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Tombos do BCP e construtoras levam Lisboa para pior desempenho depois de Atenas

16:45 Alexandre Frade Batista

alexandre.batista@economico.pt

Papéis do banco liderado por Nuno Amado afundaram mais de 6,5% na véspera da admissão dos novos títulos resultantes da operação de troca de dívida por capital.

O impasse nas negociações entre a Grécia e os credores deu a segunda sessão de quedas às praças europeias, empurrando-as para mínimos de Fevereiro.

Lisboa foi das praças mais penalizadas - fechou a recuar 2,33% para 5.627,05 pontos -, com o BCP a afundar mais de 6,5%, para 8 cêntimos, na véspera da admissão dos novos títulos resultantes da operação de troca de dívida por capital.

As construtoras foram as mais penalizadas, terminando a sessão em mínimos do ano, com a Teixeira Duarte a dar um trambolhão de 9,65%, para 54,3 cêntimos, e a Mota-Engil a resvalar 7,22%, para 2,101 euros.

A empresa liderada por Pedro Teixeira Duarte teve a pior sessão desde Outubro e não cotava tão baixo desde Setembro de 2013. Já a construtora presidida por Gonçalo Moura Martins teve a maior descida diária desde início de Dezembro, caindo para o valor mais baixo desde Junho de 2013.

Já a Pharol, que chegou a andar pelos 6% de quebra, terminou a sessão num recuo de 3,47%, para novo mínimo histórico, agora nos 36,2 cêntimos.

A Altri com queda superior a 5%, a Semapa para lá dos 4%, a Portucel e Sonae a recuarem mais de 3% e a EDP Renováveis a cair mais de 2%, encerraram a primeira metade do PSI 20. No total, o índice teve apenas uma cotada a apreciar, a Impresa.

Pela Europa, Atenas voltou a ser a mais penalizada pelo impasse negocial entre o governo do país e os credores, recuando 4,68%. Logo depois ficou Milão, a recuar 2,40%, seguido do PSI 20, enquanto as restantes praças principais da Europa caíram entre 1% e 2%.

Também reflexo da instabilidade, Atenas teve um aumento das taxas de juro em mercado secundário de 56 pontos na maturidade a 10 anos, para 12,31%. Bem pior, a dívida soberana a dois anos agravou 364 pontos, para 29,67%.

A dívida portuguesa não passou imune a este efeito: a maturidade a 10 anos agravou-se em 21,6 pontos, para 3,25%, a maior subida após a Grécia. Isto, num dia em que, entre as mais importantes economias europeias, só os juros da dívida da Alemanha recuaram.

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16:45 Alexandre Frade Batista

alexandre.batista@economico.pt

Papéis do banco liderado por Nuno Amado afundaram mais de 6,5% na véspera da admissão dos novos títulos resultantes da operação de troca de dívida por capital.

O impasse nas negociações entre a Grécia e os credores deu a segunda sessão de quedas às praças europeias, empurrando-as para mínimos de Fevereiro.

Lisboa foi das praças mais penalizadas - fechou a recuar 2,33% para 5.627,05 pontos -, com o BCP a afundar mais de 6,5%, para 8 cêntimos, na véspera da admissão dos novos títulos resultantes da operação de troca de dívida por capital.

As construtoras foram as mais penalizadas, terminando a sessão em mínimos do ano, com a Teixeira Duarte a dar um trambolhão de 9,65%, para 54,3 cêntimos, e a Mota-Engil a resvalar 7,22%, para 2,101 euros.

A empresa liderada por Pedro Teixeira Duarte teve a pior sessão desde Outubro e não cotava tão baixo desde Setembro de 2013. Já a construtora presidida por Gonçalo Moura Martins teve a maior descida diária desde início de Dezembro, caindo para o valor mais baixo desde Junho de 2013.

Já a Pharol, que chegou a andar pelos 6% de quebra, terminou a sessão num recuo de 3,47%, para novo mínimo histórico, agora nos 36,2 cêntimos.

A Altri com queda superior a 5%, a Semapa para lá dos 4%, a Portucel e Sonae a recuarem mais de 3% e a EDP Renováveis a cair mais de 2%, encerraram a primeira metade do PSI 20. No total, o índice teve apenas uma cotada a apreciar, a Impresa.

Pela Europa, Atenas voltou a ser a mais penalizada pelo impasse negocial entre o governo do país e os credores, recuando 4,68%. Logo depois ficou Milão, a recuar 2,40%, seguido do PSI 20, enquanto as restantes praças principais da Europa caíram entre 1% e 2%.

Também reflexo da instabilidade, Atenas teve um aumento das taxas de juro em mercado secundário de 56 pontos na maturidade a 10 anos, para 12,31%. Bem pior, a dívida soberana a dois anos agravou 364 pontos, para 29,67%.

A dívida portuguesa não passou imune a este efeito: a maturidade a 10 anos agravou-se em 21,6 pontos, para 3,25%, a maior subida após a Grécia. Isto, num dia em que, entre as mais importantes economias europeias, só os juros da dívida da Alemanha recuaram.

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