A festa tornou-se no primeiro teste à liderança do PS

29-11-2014
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A festa tornou-se no primeiro teste à liderança do PS

Diário Económico

Ontem 00:05

O congresso que seria a festa da confirmação de António Costa como secretário-geral do PStransformou-se, na última semana, num teste difícil à sua capacidade de liderança.

A prisão de José Sócrates coloca uma série de problemas ao PS e a Costa. Por um lado a gestão dos ânimos nas hostes socialistas, que em surdina albergam a teoria de tratamento abusivo por parte da Justiça - salvas de palmas a um ex-primeiro-ministro preso por suspeitas de corrupção em desempenho de cargo público ou discursos inflamados contra a Justiça são algo que Costa tem que evitar.

Depois há a gestão da mensagem ao país após o escândalo: parte desta gestão passa pelas escolhas para os órgãos dirigentes do partido; outra parte, pela aposta no anúncio de propostas políticas (não chega falar na "Agenda para a Década"). A prova principal neste teste de curto prazo será impor a disciplina nas reacções dos militantes e responsáveis do PS - a segunda prova, no médio prazo, será "limpar" o partido de figuras do antigo núcleo duro de Sócrates e avançar uma agenda concreta de propostas.

Costa precisa, afinal, de afastar o partido da sombra do "socratismo" a afirmar - mais rapidamente do que tinha previsto - um "costismo". Confrontado com um escândalo judicial que continuará a gerar notícias difíceis de gerir até às legislativas do próximo ano, esta o único rumo geral que dá a António Costa controlo sobre a situação. Veremos se passa no primeiro teste.

A festa tornou-se no primeiro teste à liderança do PS

Diário Económico

Ontem 00:05

O congresso que seria a festa da confirmação de António Costa como secretário-geral do PStransformou-se, na última semana, num teste difícil à sua capacidade de liderança.

A prisão de José Sócrates coloca uma série de problemas ao PS e a Costa. Por um lado a gestão dos ânimos nas hostes socialistas, que em surdina albergam a teoria de tratamento abusivo por parte da Justiça - salvas de palmas a um ex-primeiro-ministro preso por suspeitas de corrupção em desempenho de cargo público ou discursos inflamados contra a Justiça são algo que Costa tem que evitar.

Depois há a gestão da mensagem ao país após o escândalo: parte desta gestão passa pelas escolhas para os órgãos dirigentes do partido; outra parte, pela aposta no anúncio de propostas políticas (não chega falar na "Agenda para a Década"). A prova principal neste teste de curto prazo será impor a disciplina nas reacções dos militantes e responsáveis do PS - a segunda prova, no médio prazo, será "limpar" o partido de figuras do antigo núcleo duro de Sócrates e avançar uma agenda concreta de propostas.

Costa precisa, afinal, de afastar o partido da sombra do "socratismo" a afirmar - mais rapidamente do que tinha previsto - um "costismo". Confrontado com um escândalo judicial que continuará a gerar notícias difíceis de gerir até às legislativas do próximo ano, esta o único rumo geral que dá a António Costa controlo sobre a situação. Veremos se passa no primeiro teste.

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