Prudência e sobrevivência

16-10-2015
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É tradição o partido vencedor dos resultados eleitorais formar governo e assim expectável para o eleitorado a ausência de governos liderados por outros partidos. Portugal não tem um sistema parlamentar puro, nem que se baseie em governos consensuais ou compromissórios a todo o custo, como acontece na Dinamarca.

É certo que as tradições rompem-se, mas valerá a pena ao PS pagar o desconhecido preço político de governação e eleitoral próximo, "vendendo a alma ao Diabo", em vez de ser o partido da tradição constitucional e da esquerda moderada?

Acresce ainda que, para além de não ter sido presumida pelo povo, a possibilidade de um governo PS-BE-CDU, sem vitória eleitoral, não foi a votos, o que agrava a perceção de distorção da vontade popular e avidez de poder, passando para o PS os males da nova legislatura, e da recente, da dependência política do BE e CDU e da agenda política não moderada.

A grande lição eleitoral para o PS é que o seu sucesso depende de si, e não do demérito dos outros. Resta, portanto, assimilá-la.

É tradição o partido vencedor dos resultados eleitorais formar governo e assim expectável para o eleitorado a ausência de governos liderados por outros partidos. Portugal não tem um sistema parlamentar puro, nem que se baseie em governos consensuais ou compromissórios a todo o custo, como acontece na Dinamarca.

É certo que as tradições rompem-se, mas valerá a pena ao PS pagar o desconhecido preço político de governação e eleitoral próximo, "vendendo a alma ao Diabo", em vez de ser o partido da tradição constitucional e da esquerda moderada?

Acresce ainda que, para além de não ter sido presumida pelo povo, a possibilidade de um governo PS-BE-CDU, sem vitória eleitoral, não foi a votos, o que agrava a perceção de distorção da vontade popular e avidez de poder, passando para o PS os males da nova legislatura, e da recente, da dependência política do BE e CDU e da agenda política não moderada.

A grande lição eleitoral para o PS é que o seu sucesso depende de si, e não do demérito dos outros. Resta, portanto, assimilá-la.

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