Cais das Colunas: Disco riscado

30-06-2011
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António Costa apareceu hoje em Almada (onde começa o deserto da margem sul) a repetir a lenga-lenga do costume:“Lisboa precisa de uma maioria clara, os lisboetas têm de optar pela maioria ou pelos jogos partidários”.Nem uma palavra sobre soluções para os problemas de Lisboa.“Jogos partidários”? Então não é essa a área profissional em António Costa se especializou ao longo da sua vida? Será que renega o seu passado? Ou será que daqui para a frente já só aceita governar com maioria absoluta?Talvez se tenha acostumado a dar ordens aos polícias (e a estes, como se sabe, não resta senão obedecer).Que mania esta da maioria absoluta!Maioria absoluta acaba sempre por rimar com poder absoluto, e poder absoluto rima com muita coisa escura.Ora Lisboa carece de transparência.Rigor sim, mas com transparência e limpidez, como essa luz tão clara e única que banha esta cidade.E solidariedade, espírito de equipa, ao serviço do interesse público e do bem comum de Lisboa - ou seja muito mais do que mera táctica partidária e projectos de poder pessoal.Lisboa vive uma situação de emergência, e precisa de todos (excepção feita talvez a Carmona Rodrigues, cujo único contributo seria – se fosse capaz – o de explicar aos novos vereadores como é possível levar a CML ao abismo num tão curto espaço de tempo, ainda para mais quando dispunha de uma maioria estável).Costa tem de mudar o discurso. Está muito longe de ter ganho as eleições. Pode inclusivamente vir a perdê-las (Carrilho conseguiu esse feito, quando tanto ele como o PS estavam em muito melhores condições). Um pouco mais de humildade e algumas ideias sobre Lisboa – que se distanciassem das opções do governo – poderiam ajudar, mas isso, hélas!, não vai acontecer.Lembram-se quando Almeida Santos pedia insistentemente, em nome do PS, os 43% da maioria absoluta?


António Costa apareceu hoje em Almada (onde começa o deserto da margem sul) a repetir a lenga-lenga do costume:“Lisboa precisa de uma maioria clara, os lisboetas têm de optar pela maioria ou pelos jogos partidários”.Nem uma palavra sobre soluções para os problemas de Lisboa.“Jogos partidários”? Então não é essa a área profissional em António Costa se especializou ao longo da sua vida? Será que renega o seu passado? Ou será que daqui para a frente já só aceita governar com maioria absoluta?Talvez se tenha acostumado a dar ordens aos polícias (e a estes, como se sabe, não resta senão obedecer).Que mania esta da maioria absoluta!Maioria absoluta acaba sempre por rimar com poder absoluto, e poder absoluto rima com muita coisa escura.Ora Lisboa carece de transparência.Rigor sim, mas com transparência e limpidez, como essa luz tão clara e única que banha esta cidade.E solidariedade, espírito de equipa, ao serviço do interesse público e do bem comum de Lisboa - ou seja muito mais do que mera táctica partidária e projectos de poder pessoal.Lisboa vive uma situação de emergência, e precisa de todos (excepção feita talvez a Carmona Rodrigues, cujo único contributo seria – se fosse capaz – o de explicar aos novos vereadores como é possível levar a CML ao abismo num tão curto espaço de tempo, ainda para mais quando dispunha de uma maioria estável).Costa tem de mudar o discurso. Está muito longe de ter ganho as eleições. Pode inclusivamente vir a perdê-las (Carrilho conseguiu esse feito, quando tanto ele como o PS estavam em muito melhores condições). Um pouco mais de humildade e algumas ideias sobre Lisboa – que se distanciassem das opções do governo – poderiam ajudar, mas isso, hélas!, não vai acontecer.Lembram-se quando Almeida Santos pedia insistentemente, em nome do PS, os 43% da maioria absoluta?

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