O Porto-Benfica como teste

19-09-2015
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Quando a Supertaça Cândido de Oliveira promoveu o primeiro duelo entre o Benfica de Rui Vitória e o Sporting de Jorge Jesus, a equipa de Alvalade vincou supremacia porque se mostrou mais identificada com as ideias de jogo do técnico, além de mostrar uma saúde física que os bicampeões nacionais não foram capazes de contrariar. Este domingo, o Porto-Benfica pode servir como uma espécie de teste ao estado de desenvolvimento em que se encontram as equipas na interpretação das respectivas propostas futebolísticas.

À partida, Julen Lopetegui tem mais tempo de clube e mais qualidade global no plantel, embora possam identificar-se pontos menos fortes: seria útil dispor de um criativo com alta rotação (Brahimi ou Herrera não são bem esse tipo de jogador, capaz de criar desequilíbrios através de acções e passes numa zona mais central do campo); o centro da defesa ainda se sujeita a hesitações inquietantes; na frente, Aboubakar está a realizar óptimo trabalho, mas será importante que Osvaldo ganhe espaço e não seja mera alternativa. E, claro, também há dúvidas quanto aos resultados do envolvimento dos laterais na construção ofensiva, além da rapidez nos flancos, como complemento ao jogo interior.

No caso de Rui Vitória, a boa notícia óbvia residiu na continuidade de Nico Gaitán, tendo em conta que Salvio será uma ausência prolongada e, no plano de jogadores com aquilo que costuma designar-se por classe, o Benfica não dispõe da diversidade de outros momentos. Em evidente contraste com os portistas, o ataque está a carburar de modo mais equilibrado, pois Jonas e Mitroglou têm assumido protagonismo, enquanto Jiménez acrescentou outro tipo de argumentos. Nélson Semedo candidata-se a revelação, mas é na interligação entre defesa e meio-campo que têm surgido maiores dificuldades e a visita ao Dragão gera expectativa de se perceber que tipo de estratégia será colocada em prática – dois elementos de perfil mais aproximado (Fejsa e Samaris) ou multifacetado (Samaris e Talisca)? Dois dianteiros ou apenas um e, neste caso, um tripé com Fejsa, Samaris e Talisca?

Domingo à noite, o clássico que estreia a tecnologia de transmissão televisiva com diversas opções de ângulos de 360 graus pode não ser o mais panorâmico para a classificação da Liga, mas vai deixar pistas importantes quanto aos desafios que aí vêm.

Conteúdo publicado no Económico à Uma. Subscreva aqui.

Quando a Supertaça Cândido de Oliveira promoveu o primeiro duelo entre o Benfica de Rui Vitória e o Sporting de Jorge Jesus, a equipa de Alvalade vincou supremacia porque se mostrou mais identificada com as ideias de jogo do técnico, além de mostrar uma saúde física que os bicampeões nacionais não foram capazes de contrariar. Este domingo, o Porto-Benfica pode servir como uma espécie de teste ao estado de desenvolvimento em que se encontram as equipas na interpretação das respectivas propostas futebolísticas.

À partida, Julen Lopetegui tem mais tempo de clube e mais qualidade global no plantel, embora possam identificar-se pontos menos fortes: seria útil dispor de um criativo com alta rotação (Brahimi ou Herrera não são bem esse tipo de jogador, capaz de criar desequilíbrios através de acções e passes numa zona mais central do campo); o centro da defesa ainda se sujeita a hesitações inquietantes; na frente, Aboubakar está a realizar óptimo trabalho, mas será importante que Osvaldo ganhe espaço e não seja mera alternativa. E, claro, também há dúvidas quanto aos resultados do envolvimento dos laterais na construção ofensiva, além da rapidez nos flancos, como complemento ao jogo interior.

No caso de Rui Vitória, a boa notícia óbvia residiu na continuidade de Nico Gaitán, tendo em conta que Salvio será uma ausência prolongada e, no plano de jogadores com aquilo que costuma designar-se por classe, o Benfica não dispõe da diversidade de outros momentos. Em evidente contraste com os portistas, o ataque está a carburar de modo mais equilibrado, pois Jonas e Mitroglou têm assumido protagonismo, enquanto Jiménez acrescentou outro tipo de argumentos. Nélson Semedo candidata-se a revelação, mas é na interligação entre defesa e meio-campo que têm surgido maiores dificuldades e a visita ao Dragão gera expectativa de se perceber que tipo de estratégia será colocada em prática – dois elementos de perfil mais aproximado (Fejsa e Samaris) ou multifacetado (Samaris e Talisca)? Dois dianteiros ou apenas um e, neste caso, um tripé com Fejsa, Samaris e Talisca?

Domingo à noite, o clássico que estreia a tecnologia de transmissão televisiva com diversas opções de ângulos de 360 graus pode não ser o mais panorâmico para a classificação da Liga, mas vai deixar pistas importantes quanto aos desafios que aí vêm.

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