Para tudo ficar como antes foi a ideia mais bem-sucedida. Ganhou a campanha do PSD-CDS que conseguiu criar uma PàF convincente e à medida de todas as ilusões. Ganharam as ‘tracking poll' que olvidaram os "outros partidos" porque eram supostamente demasiado pequeninos para constar nas intenções de voto. Ganharam os comentadores habituais que repetiram até à exaustão os seus habituais e previsíveis comentários. Ganhou o voto útil que é sempre tão útil para esvaziar o debate político e programático. Enfim, ganhou o mesmo de sempre num país que parece ter-se saturado dos mesmos de sempre. Mas, atenção, no próximo domingo já não há campanha. E naqueles breves segundos, em que cada eleitor detém a liberdade para poder escolher o quadradinho em que vai depositar o seu voto, tudo é possível acontecer. A democracia tem destas coisas: não há vitórias antecipadas e o status quo pode mesmo definhar. Para tal é fundamental que votemos todos. Só assim o país pode sair destas eleições como o grande vencedor.
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Para tudo ficar como antes foi a ideia mais bem-sucedida. Ganhou a campanha do PSD-CDS que conseguiu criar uma PàF convincente e à medida de todas as ilusões. Ganharam as ‘tracking poll' que olvidaram os "outros partidos" porque eram supostamente demasiado pequeninos para constar nas intenções de voto. Ganharam os comentadores habituais que repetiram até à exaustão os seus habituais e previsíveis comentários. Ganhou o voto útil que é sempre tão útil para esvaziar o debate político e programático. Enfim, ganhou o mesmo de sempre num país que parece ter-se saturado dos mesmos de sempre. Mas, atenção, no próximo domingo já não há campanha. E naqueles breves segundos, em que cada eleitor detém a liberdade para poder escolher o quadradinho em que vai depositar o seu voto, tudo é possível acontecer. A democracia tem destas coisas: não há vitórias antecipadas e o status quo pode mesmo definhar. Para tal é fundamental que votemos todos. Só assim o país pode sair destas eleições como o grande vencedor.