O regresso de Ferreira Leite pela mão dos socialistas

17-02-2015
marcar artigo

O regresso de Ferreira Leite pela mão dos socialistas

António Costa

antonio.costa@economico.pt

Ontem 14:20

Pedro Adão e Silva, um dos ideólogos do novo PS de António Costa, por mérito próprio e necessidade alheia, lançou o nome de Manuel Ferreira Leite como possível candidata presidencial.

Se não conhecesse Adão e Silva, arriscaria dizer que se tinha tratado de uma brincadeira, como (re)conheço a sua capacidade política, sei que é uma maldade a Ferreira Leite, uma provocação a Pedro Passos Coelho e uma tentativa de dividir o eleitorado do PSD quando já se percebem dificuldades em encontrar uma alternativa a António Guterres do lado do PS.

As presidenciais pareciam, para o PS, um passeio no parque com a candidatura de Guterres e a luta de galos no PSD, mas, de repente, tudo mudou. Sem o antigo primeiro-ministro, surgiu António Vitorino, igualmente brilhante, mas demasiado ligado aos negócios para o gosto dos socialistas, pelo menos de alguns, como Adão e Silva. Ainda ninguém se esqueceu das críticas de António José Seguro a António Costa por causa dos interesses e dos negócios. Não correu bem a Seguro, é certo, mas ficou a mensagem. Daqui a Manuela Ferreira Leite, foi um passo.

Adão e Silva estava do lado daqueles que, na campanha das legislativas de 2009, glosava com a líder do PSD, e não era bonito de se ouvir. O ódio de Ferreira Leite a Passos Coelho explica muito das suas ‘involuções', todas as semanas na TVI24, e a sua promoção a referência dos socialistas.

Está a ser utilizada, sim, coisa que a própria sabe e não desdenhará se isso significar uma contribuição para derrotar Passos Coelho. A participação em todos os manifestos contra este governo, e foram muitos, deram-lhe o salvo-conduto para merecer o apoio de quem tanto a criticou em 2009 para chegar à corrida para Belém.

Conteúdo publicado no Económico à Uma. Subscreva aqui.

O regresso de Ferreira Leite pela mão dos socialistas

António Costa

antonio.costa@economico.pt

Ontem 14:20

Pedro Adão e Silva, um dos ideólogos do novo PS de António Costa, por mérito próprio e necessidade alheia, lançou o nome de Manuel Ferreira Leite como possível candidata presidencial.

Se não conhecesse Adão e Silva, arriscaria dizer que se tinha tratado de uma brincadeira, como (re)conheço a sua capacidade política, sei que é uma maldade a Ferreira Leite, uma provocação a Pedro Passos Coelho e uma tentativa de dividir o eleitorado do PSD quando já se percebem dificuldades em encontrar uma alternativa a António Guterres do lado do PS.

As presidenciais pareciam, para o PS, um passeio no parque com a candidatura de Guterres e a luta de galos no PSD, mas, de repente, tudo mudou. Sem o antigo primeiro-ministro, surgiu António Vitorino, igualmente brilhante, mas demasiado ligado aos negócios para o gosto dos socialistas, pelo menos de alguns, como Adão e Silva. Ainda ninguém se esqueceu das críticas de António José Seguro a António Costa por causa dos interesses e dos negócios. Não correu bem a Seguro, é certo, mas ficou a mensagem. Daqui a Manuela Ferreira Leite, foi um passo.

Adão e Silva estava do lado daqueles que, na campanha das legislativas de 2009, glosava com a líder do PSD, e não era bonito de se ouvir. O ódio de Ferreira Leite a Passos Coelho explica muito das suas ‘involuções', todas as semanas na TVI24, e a sua promoção a referência dos socialistas.

Está a ser utilizada, sim, coisa que a própria sabe e não desdenhará se isso significar uma contribuição para derrotar Passos Coelho. A participação em todos os manifestos contra este governo, e foram muitos, deram-lhe o salvo-conduto para merecer o apoio de quem tanto a criticou em 2009 para chegar à corrida para Belém.

Conteúdo publicado no Económico à Uma. Subscreva aqui.

marcar artigo