Donos do Zoomarine entram na corrida ao Oceanário

30-05-2015
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Donos do Zoomarine entram na corrida ao Oceanário

Ontem 00:07 Nuno Miguel Silva

Empresa de Pedro Lavia, Mundo Aquático, prepara a proposta há vários meses e deverá concorrer sozinha.

A Mundo Aquático, empresa que gere o Zoomarine, parque temático localizado na Guia, Algarve, vai concorrer à concessão do Oceanário de Lisboa. Pedro Lavia, presidente do conselho de administração da empresa, revelou ao Diário Económico que "estamos a estudar a concessão do Oceanário há vários meses, desde que se tornou pública a intenção do Governo em concessionar este activo".

"Em princípio, iremos concorrer sozinhos. Estamos a negociar com os bancos e com fundos de investimento o modelo e as formas de financiamento para apresentarmos uma proposta. Isto não quer dizer que não possamos abrir a hipótese para a entrada de um parceiro, mas a nossa opção inicial é concorrermos sozinhos", assegurou Pedro Lavia. O presidente e CEO do Zoomarine explica que a vitória no concurso da concessão do Oceanário iria gerar sinergias ao nível operacional e comercial.

"Nós, Zoomarine, somos o pólo mais importante em Portugal na área do entretenimento. O Oceanário é um orgulho nacional, um ‘ex libris'. Sabemos que entre 20% e 25% dos turistas que visitam Lisboa vão ao Oceanário", refere Pedro Lavia.

"Cremos que temos capacidade para gerir o Oceanário, para manter o modelo e a filosofia da gestão do Oceanário, que tem sido conseguida com profissionais excelentes, mas agora com a abordagem de uma empresa privada, que não é melhor nem pior do que a de uma empresa pública, mas é necessariamente diferente", explica Pedro Lavia.

O presidente e CEO da Zoomarine sublinha que "queremos unir experiências e poder fazer crescer as duas infra-estruturas com o pessoal conjunto".

Pedro Lavia destaca que o Zoomarine já tem uma experiência de quase 25 anos (que se irão completar em 2016) na gestão de parques temáticos, com uma vertente acentuada na vertente marinha. E acrescenta que a gestão de um parque que em tempos a empresa geriu em Malta conferiu uma experiência vasta na articulação com a indústria de cruzeiros, uma mais-valia que poderá ser fundamental para a exploração do negócio do Oceanário e para a criação de sinergias com o Zoomarine. "Penso que essa experiência pode ser benéfica para o Oceanário. Fazer uma visita de duas horas ao Oceanário não prejudica o turista que chega a Lisboa e não o impede de fazer o ‘city tour' e de conhecer o resto da cidade na outra parte do dia", defende o presidente do Zoomarine.

Pedro Lavia defende ainda que a Mundo Aquático beneficia do facto de ser uma empresa 100% nacional, apesar de ser de ascendência argentina. "Estou há 27 anos a viver em Portugal. Tenho nacionalidade portuguesa e a Mundo Aquático é uma empresa portuguesa. Sou argentino de nascimento, italiano de sangue, brasileiro de coração (sou casado com uma brasileira) e português e algarvio por convicção", assume Pedro Lavia.

Sobre o montante que a Mundo Aquático estará disposta a pagar pela concessão a 30 anos do Oceanário de Lisboa, Pedro Lavia não quer abrir o jogo à concorrência, dizendo apenas que a partir de 10 milhões de euros, o mínimo exigido no caderno de encargos, tudo é possível.

O prazo para a entrega de propostas termina a 12 de Junho. Antes do Zoomarine, a Sociedade Francisco Manuel dos Santos, dona da Jerónimo Martins, já assumiu o interesse em concorrer ao Oceanário de Lisboa.

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Donos do Zoomarine entram na corrida ao Oceanário

Ontem 00:07 Nuno Miguel Silva

Empresa de Pedro Lavia, Mundo Aquático, prepara a proposta há vários meses e deverá concorrer sozinha.

A Mundo Aquático, empresa que gere o Zoomarine, parque temático localizado na Guia, Algarve, vai concorrer à concessão do Oceanário de Lisboa. Pedro Lavia, presidente do conselho de administração da empresa, revelou ao Diário Económico que "estamos a estudar a concessão do Oceanário há vários meses, desde que se tornou pública a intenção do Governo em concessionar este activo".

"Em princípio, iremos concorrer sozinhos. Estamos a negociar com os bancos e com fundos de investimento o modelo e as formas de financiamento para apresentarmos uma proposta. Isto não quer dizer que não possamos abrir a hipótese para a entrada de um parceiro, mas a nossa opção inicial é concorrermos sozinhos", assegurou Pedro Lavia. O presidente e CEO do Zoomarine explica que a vitória no concurso da concessão do Oceanário iria gerar sinergias ao nível operacional e comercial.

"Nós, Zoomarine, somos o pólo mais importante em Portugal na área do entretenimento. O Oceanário é um orgulho nacional, um ‘ex libris'. Sabemos que entre 20% e 25% dos turistas que visitam Lisboa vão ao Oceanário", refere Pedro Lavia.

"Cremos que temos capacidade para gerir o Oceanário, para manter o modelo e a filosofia da gestão do Oceanário, que tem sido conseguida com profissionais excelentes, mas agora com a abordagem de uma empresa privada, que não é melhor nem pior do que a de uma empresa pública, mas é necessariamente diferente", explica Pedro Lavia.

O presidente e CEO da Zoomarine sublinha que "queremos unir experiências e poder fazer crescer as duas infra-estruturas com o pessoal conjunto".

Pedro Lavia destaca que o Zoomarine já tem uma experiência de quase 25 anos (que se irão completar em 2016) na gestão de parques temáticos, com uma vertente acentuada na vertente marinha. E acrescenta que a gestão de um parque que em tempos a empresa geriu em Malta conferiu uma experiência vasta na articulação com a indústria de cruzeiros, uma mais-valia que poderá ser fundamental para a exploração do negócio do Oceanário e para a criação de sinergias com o Zoomarine. "Penso que essa experiência pode ser benéfica para o Oceanário. Fazer uma visita de duas horas ao Oceanário não prejudica o turista que chega a Lisboa e não o impede de fazer o ‘city tour' e de conhecer o resto da cidade na outra parte do dia", defende o presidente do Zoomarine.

Pedro Lavia defende ainda que a Mundo Aquático beneficia do facto de ser uma empresa 100% nacional, apesar de ser de ascendência argentina. "Estou há 27 anos a viver em Portugal. Tenho nacionalidade portuguesa e a Mundo Aquático é uma empresa portuguesa. Sou argentino de nascimento, italiano de sangue, brasileiro de coração (sou casado com uma brasileira) e português e algarvio por convicção", assume Pedro Lavia.

Sobre o montante que a Mundo Aquático estará disposta a pagar pela concessão a 30 anos do Oceanário de Lisboa, Pedro Lavia não quer abrir o jogo à concorrência, dizendo apenas que a partir de 10 milhões de euros, o mínimo exigido no caderno de encargos, tudo é possível.

O prazo para a entrega de propostas termina a 12 de Junho. Antes do Zoomarine, a Sociedade Francisco Manuel dos Santos, dona da Jerónimo Martins, já assumiu o interesse em concorrer ao Oceanário de Lisboa.

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