Governo quer privatizar parte da Portugal Ventures até Outubro

02-10-2015
marcar artigo

O Governo vai lançar um concurso público internacional para privatizar a área de ‘private equity' da Portugal Ventures, revelou ao Diário Económico o secretário de Estado da Inovação.

O objectivo é "executar até Outubro de 2015" o processo de privatização através de "um concurso público internacional". A decisão do Executivo de separar as áreas de ‘private equity' e ‘venture capital' insere-se no esforço de racionalização dos instrumentos do Estado, no âmbito da criação do banco de fomento.

Apesar de Pedro Gonçalves ter anunciado esta intenção do Executivo em Junho do ano passado, numa conversa com o Diário Económico, o responsável reconhece que o processo sofreu atrasos, porque a forma como a capital de risco pública estava organizada impediu o cumprimento das metas previstas. Agora, "o processo está a decorrer", sendo "gerido pela própria administração da Portugal Ventures". "Confesso que está a demorar mais tempo do que inicialmente esperava", reconhece.

A capital de risco pública - que resultou da fusão, no Verão de 2012, da Inov Capital, Aicep Capital Global e Turismo Capital - tem hoje três áreas de actuação: ‘venture capital', ‘private equity', que se subdivide numa área mais tradicional e noutra de turismo, hospitalidade e lazer. "Mas estes três eixos não tinham uma correspondência do ponto de vista de fundos", explica Pedro Gonçalves. "Ou seja, a Portugal Ventures tinha um conjunto de fundos e cada fundo investia em cada veículo financeiro, nestas três áreas, sem uma lógica vertical." Para separar as diferentes áreas foi necessário "fazer troca de activos, de optimização e de racionalização de fundos". "Agora com os fundos organizados com esta estratégia é possível concessionar a gestão", diz.

"Acredito que com as condições de remuneração adequadas para o Estado conseguiremos encontrar gestores privados que assumam a gestão destes fundos", sublinha Pedro Gonçalves.

Toda operação insere-se numa lógica mais vasta. "Há aqui uma intervenção num conjunto de sociedades e que tem como matriz dar uma coerência aos instrumentos financeiros do Estado. Tínhamos um conjunto de instrumentos - Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua, PME Investimentos, Portugal Ventures e Sofid - desinterligados, sem um controlo e uma gestão integrada, sem uma noção de risco e disposição integrada e sem optimização de recursos", diz Pedro Gonçalves.

Agora o objectivo é "integrar o que é integrável" na Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), vulgo banco de fomento. A decisão de como isso vai ser feito "ainda não está completamente fechada", porque o "modelo tem de ser discutido com a comissão Europeia". "Não quer dizer que essas sociedades não possam permanecer como sociedades autónomas por razões jurídicas ou de balanço", explica Pedro Gonçalves. "Por exemplo, não faz muito sentido que a IFD integre uma sociedade gestora como a Portugal Ventures, mas sim deter participações de capital numa lógica de ‘holding'", sublinha.

O objectivo político é assegurar que há uma lógica integrada na gestão dos instrumentos financeiros do Estado", conclui o responsável, mas também "evitar uma duplicação de funções, melhor controlo de custos e ter uma lógica integrada na gestão de risco", resume.

O Governo vai lançar um concurso público internacional para privatizar a área de ‘private equity' da Portugal Ventures, revelou ao Diário Económico o secretário de Estado da Inovação.

O objectivo é "executar até Outubro de 2015" o processo de privatização através de "um concurso público internacional". A decisão do Executivo de separar as áreas de ‘private equity' e ‘venture capital' insere-se no esforço de racionalização dos instrumentos do Estado, no âmbito da criação do banco de fomento.

Apesar de Pedro Gonçalves ter anunciado esta intenção do Executivo em Junho do ano passado, numa conversa com o Diário Económico, o responsável reconhece que o processo sofreu atrasos, porque a forma como a capital de risco pública estava organizada impediu o cumprimento das metas previstas. Agora, "o processo está a decorrer", sendo "gerido pela própria administração da Portugal Ventures". "Confesso que está a demorar mais tempo do que inicialmente esperava", reconhece.

A capital de risco pública - que resultou da fusão, no Verão de 2012, da Inov Capital, Aicep Capital Global e Turismo Capital - tem hoje três áreas de actuação: ‘venture capital', ‘private equity', que se subdivide numa área mais tradicional e noutra de turismo, hospitalidade e lazer. "Mas estes três eixos não tinham uma correspondência do ponto de vista de fundos", explica Pedro Gonçalves. "Ou seja, a Portugal Ventures tinha um conjunto de fundos e cada fundo investia em cada veículo financeiro, nestas três áreas, sem uma lógica vertical." Para separar as diferentes áreas foi necessário "fazer troca de activos, de optimização e de racionalização de fundos". "Agora com os fundos organizados com esta estratégia é possível concessionar a gestão", diz.

"Acredito que com as condições de remuneração adequadas para o Estado conseguiremos encontrar gestores privados que assumam a gestão destes fundos", sublinha Pedro Gonçalves.

Toda operação insere-se numa lógica mais vasta. "Há aqui uma intervenção num conjunto de sociedades e que tem como matriz dar uma coerência aos instrumentos financeiros do Estado. Tínhamos um conjunto de instrumentos - Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua, PME Investimentos, Portugal Ventures e Sofid - desinterligados, sem um controlo e uma gestão integrada, sem uma noção de risco e disposição integrada e sem optimização de recursos", diz Pedro Gonçalves.

Agora o objectivo é "integrar o que é integrável" na Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), vulgo banco de fomento. A decisão de como isso vai ser feito "ainda não está completamente fechada", porque o "modelo tem de ser discutido com a comissão Europeia". "Não quer dizer que essas sociedades não possam permanecer como sociedades autónomas por razões jurídicas ou de balanço", explica Pedro Gonçalves. "Por exemplo, não faz muito sentido que a IFD integre uma sociedade gestora como a Portugal Ventures, mas sim deter participações de capital numa lógica de ‘holding'", sublinha.

O objectivo político é assegurar que há uma lógica integrada na gestão dos instrumentos financeiros do Estado", conclui o responsável, mas também "evitar uma duplicação de funções, melhor controlo de custos e ter uma lógica integrada na gestão de risco", resume.

marcar artigo