PALAVROSSAVRVS REX: SONSO, PIROSO E PGR

04-07-2011
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Temos a sorte de ainda sobreviver um ou outro investigador jornalístico para que o balde de detritos, que na verdade consiste na obstaculização permanente do trabalho dos procuradores, fique esclarecido. A pirosa sonsice que mora no topo da hierarquia está à vista e na base do síndrome de inconclusividade permanente dos processos. Está associada ao arquivamento permanente dos processos e aos inquéritos de encher, retaliar e punir o mensageiro. Está relacionada com a apressada, trapalhona e objectivamente ilegal destruição de certidões e de escutas. A rainha tem todos os poderes, mas é sonsa. O PGR deve comportar-se como o grande tampão das trapalhadas do PM, das suas fugas em frente? Aparentemente, sim. E não serve aliás para mais nada. Afinal, três semanas depois de terem recebido, a 21 de Junho, o relatório final da Polícia Judiciária (PJ), com quinhentas e trinta e cinco páginas, e quando ainda aguardavam resposta a quatro cartas rogatórias dirigidas a autoridades estrangeiras, os procuradores pediram para ouvir Sócrates e Silva Pereira e não lhes foram criadas condições para que isso acontecesse. O documento que está nos autos não está assinado, é uma cópia, nem lá estão os questionários e os anexos referidos no texto. Ausente está também o despacho, se é que houve algum, da directora do DCIAP relativamente ao pedido de audição de José Sócrates e Pedro Silva Pereira. A inviabilização destas inquirições, por ausência de despacho favorável da directora e por esgotamento do prazo "definitivo" fixado aos investigadores, terá sido a razão da controversa inclusão, no despacho final, pelos dois titulares do inquérito, das vinte e sete perguntas que queriam fazer a José Sócrates e das dez destinadas a Pedro Silva Pereira.


Temos a sorte de ainda sobreviver um ou outro investigador jornalístico para que o balde de detritos, que na verdade consiste na obstaculização permanente do trabalho dos procuradores, fique esclarecido. A pirosa sonsice que mora no topo da hierarquia está à vista e na base do síndrome de inconclusividade permanente dos processos. Está associada ao arquivamento permanente dos processos e aos inquéritos de encher, retaliar e punir o mensageiro. Está relacionada com a apressada, trapalhona e objectivamente ilegal destruição de certidões e de escutas. A rainha tem todos os poderes, mas é sonsa. O PGR deve comportar-se como o grande tampão das trapalhadas do PM, das suas fugas em frente? Aparentemente, sim. E não serve aliás para mais nada. Afinal, três semanas depois de terem recebido, a 21 de Junho, o relatório final da Polícia Judiciária (PJ), com quinhentas e trinta e cinco páginas, e quando ainda aguardavam resposta a quatro cartas rogatórias dirigidas a autoridades estrangeiras, os procuradores pediram para ouvir Sócrates e Silva Pereira e não lhes foram criadas condições para que isso acontecesse. O documento que está nos autos não está assinado, é uma cópia, nem lá estão os questionários e os anexos referidos no texto. Ausente está também o despacho, se é que houve algum, da directora do DCIAP relativamente ao pedido de audição de José Sócrates e Pedro Silva Pereira. A inviabilização destas inquirições, por ausência de despacho favorável da directora e por esgotamento do prazo "definitivo" fixado aos investigadores, terá sido a razão da controversa inclusão, no despacho final, pelos dois titulares do inquérito, das vinte e sete perguntas que queriam fazer a José Sócrates e das dez destinadas a Pedro Silva Pereira.

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