«O "post it" patético» do PSD, diz a esquerda > Política > TVI24

25-10-2011
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O deputado social-democrata Pedro Saraiva distribuiu esta quarta-feira 230 «post it» pelos deputados pedindo contributos para uma lei-quadro da competitividade e empreendedorismo, numa intervenção em que citou Pessoa e as fábulas de La Fontaine, condenada pela esquerda, escreve a Lusa.

Quando Pedro Saraiva subiu à tribuna do Parlamento os lugares ocupados no plenário pelos 230 parlamentares já tinham colocado um «post it» amarelo em forma de balão de diálogo.

O deputado social-democrata iniciou a intervenção com uma parte de «A Mensagem» de Fernando Pessoa projectada nos ecrãs do plenário e terminou com uma fotografia de uma falésia, pelo meio foi projectada a capa de «As Fábulas de La Fontaine».

«O grupo parlamentar do PSD vai propor a criação de um grupo de trabalho na comissão de Economia e Obras Públicas com a missão de congregar as sugestões de todos os partidos e da sociedade em geral para apresentar um projecto de lei de bases da qualidade, inovação e empreendedorismo para Portugal», anunciou Pedro Saraiva.

Os «post it» destinavam-se a recolher «sugestões» de todos os deputados, mas as críticas que se seguiram foram violentas, com o socialista Sérgio Sousa Pinto a pedir a intervenção da mesa da Assembleia para regular a intervenção dos recursos audiovisuais, para que não sejam utilizados para «patetices» e «palhaçadas desprestigiantes para o Parlamento».

O também socialista Pedro Nuno Santos pediu «respeito pelo sofrimento das pessoas» provocado pelas medidas do Orçamento do Estado, um assunto «demasiado sério» para que os deputados façam das declarações políticas «oportunidades» para terem «quinze minutos de fama», quando até o Presidente da República critica o documento.

O deputado apelou ao PSD «para que esteja disponível para melhorar» o Orçamento. «Se estiverem disponíveis, nós estamos disponíveis», disse.

O líder parlamentar comunista, Bernardino Soares, qualificou de «patética» a intervenção de Pedro Saraiva, aconselhando-o a «ter vergonha» quando vem propor um grupo de trabalho para uma lei de bases da qualidade.

«Qualidade de quê, senhor deputado? Qualidade da pobreza, qualidade da miséria a que os senhores querem votar os portugueses, da qualidade do desemprego, da qualidade das falências para onde querem atirar milhares e milhares de pequenos empresários?», questionou.

A bloquista Catarina Martins pediu ao PSD que «não insulte as vítimas do Orçamento», propondo uma actualização das Fábulas de La Fontaine usadas pelo deputado na sua intervenção.

«Chamam cigarras aos desempregados que querem ter emprego e não têm», acusou, considerando que «é às formigas que o Estado está a tirar tudo», enquanto as cigarras são empresas como a EDP ou o grupo Mello.

Para Heloísa Apolónia, de «Os Verdes», o «PSD não podia ter feito outra intervenção senão aquela», já que «não podia falar sobre o Orçamento do Estado», que vai «oferecer ao país a maior recessão da histórica democrática».

Hélder Amaral, pelo CDS, apoiou a iniciativa social-democrata e apelou aos partidos de esquerda que mobilizem os trabalhadores «para exercer direitos, mas também para trabalhar».

O bloquista João Semedo ainda questionou a mesa da Assembleia se no final dos trabalhos «o lixo do senhor deputado vai ser limpo pelo próprio» ou se teriam «que o depositar na bancada do PSD», referindo-se aos papelinhos amarelos, mas António Filipe, que presidia aos trabalhos, disse que na limpeza da sala não estava «nenhum mecanismo previsto além do normal».

O deputado social-democrata Pedro Saraiva distribuiu esta quarta-feira 230 «post it» pelos deputados pedindo contributos para uma lei-quadro da competitividade e empreendedorismo, numa intervenção em que citou Pessoa e as fábulas de La Fontaine, condenada pela esquerda, escreve a Lusa.

Quando Pedro Saraiva subiu à tribuna do Parlamento os lugares ocupados no plenário pelos 230 parlamentares já tinham colocado um «post it» amarelo em forma de balão de diálogo.

O deputado social-democrata iniciou a intervenção com uma parte de «A Mensagem» de Fernando Pessoa projectada nos ecrãs do plenário e terminou com uma fotografia de uma falésia, pelo meio foi projectada a capa de «As Fábulas de La Fontaine».

«O grupo parlamentar do PSD vai propor a criação de um grupo de trabalho na comissão de Economia e Obras Públicas com a missão de congregar as sugestões de todos os partidos e da sociedade em geral para apresentar um projecto de lei de bases da qualidade, inovação e empreendedorismo para Portugal», anunciou Pedro Saraiva.

Os «post it» destinavam-se a recolher «sugestões» de todos os deputados, mas as críticas que se seguiram foram violentas, com o socialista Sérgio Sousa Pinto a pedir a intervenção da mesa da Assembleia para regular a intervenção dos recursos audiovisuais, para que não sejam utilizados para «patetices» e «palhaçadas desprestigiantes para o Parlamento».

O também socialista Pedro Nuno Santos pediu «respeito pelo sofrimento das pessoas» provocado pelas medidas do Orçamento do Estado, um assunto «demasiado sério» para que os deputados façam das declarações políticas «oportunidades» para terem «quinze minutos de fama», quando até o Presidente da República critica o documento.

O deputado apelou ao PSD «para que esteja disponível para melhorar» o Orçamento. «Se estiverem disponíveis, nós estamos disponíveis», disse.

O líder parlamentar comunista, Bernardino Soares, qualificou de «patética» a intervenção de Pedro Saraiva, aconselhando-o a «ter vergonha» quando vem propor um grupo de trabalho para uma lei de bases da qualidade.

«Qualidade de quê, senhor deputado? Qualidade da pobreza, qualidade da miséria a que os senhores querem votar os portugueses, da qualidade do desemprego, da qualidade das falências para onde querem atirar milhares e milhares de pequenos empresários?», questionou.

A bloquista Catarina Martins pediu ao PSD que «não insulte as vítimas do Orçamento», propondo uma actualização das Fábulas de La Fontaine usadas pelo deputado na sua intervenção.

«Chamam cigarras aos desempregados que querem ter emprego e não têm», acusou, considerando que «é às formigas que o Estado está a tirar tudo», enquanto as cigarras são empresas como a EDP ou o grupo Mello.

Para Heloísa Apolónia, de «Os Verdes», o «PSD não podia ter feito outra intervenção senão aquela», já que «não podia falar sobre o Orçamento do Estado», que vai «oferecer ao país a maior recessão da histórica democrática».

Hélder Amaral, pelo CDS, apoiou a iniciativa social-democrata e apelou aos partidos de esquerda que mobilizem os trabalhadores «para exercer direitos, mas também para trabalhar».

O bloquista João Semedo ainda questionou a mesa da Assembleia se no final dos trabalhos «o lixo do senhor deputado vai ser limpo pelo próprio» ou se teriam «que o depositar na bancada do PSD», referindo-se aos papelinhos amarelos, mas António Filipe, que presidia aos trabalhos, disse que na limpeza da sala não estava «nenhum mecanismo previsto além do normal».

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