Exílio de Andarilho: Os avanços e recuos da queda de Sócrates

01-07-2011
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Não sei se Passos Coelho espera a ajuda de Cavaco Silva mas se estivesse no lugar dele seria mais contido neste voluntarismo. Pelo que vi em Portugal, Sócrates está muito longe de estar morto politicamente. A crise ainda não bateu no fundo da vida e do orçamento dos portugueses. É algo perceptível mas levará alguns meses a situação a degradar-se. O resto é um jogo contra o tempo. Ainda que o FMI entre, será o governo a ter que articular as medidas de saneamento financeiro e orçamental. O que dá, grosso modo, um ano entre determinarem-se medidas e aplicarem-se. Subida de impostos? provavelmente. Contenção de salários? se calhar. Eliminação do subsídio de Natal na função pública e no sector público e para-público? pode ser uma das soluções. Mas parace indispensável actuar do lado das empresas também. Sobretudo fazendo uma avaliação mais criteriosa dos subsídios e incentivos dados quase a fundo perdido que pouco impactam em termos de competitividade externa e diversificação. É que repete-se a prática de governos de dar subsídios ao desbarato sem cuidar de ver os impactos e avaliar a sua razoabilidade. 

Os sinais de que a intervenção do FMI em Portugal pode estar iminente avolumaram-se esta semana e são cada vez mais as vozes que consideram inevitável um pedido de ajuda externa.
A Oposição está convencida de que José Sócrates não sobreviverá a tal intervenção mas, ainda assim, o líder do PSD resiste a apresentar uma moção de censura ao Governo. Passos Coelho, que já disse que «o eventual recurso ao FMI não pode deixar de ter consequências políticas», acredita que, no momento em que tal acontecer, Sócrates deixará de ter condições para continuar a liderar o país, sobretudo porque perderá a credibilidade externa.E, argumenta fonte próxima do líder social-democrata, «essa quebra de confiança só se resolverá com eleições». Sem querer abrir o jogo, Passos Coelho acredita que há outras vias, cuja iniciativa não depende exclusivamente do PSD, que podem ditar a saída de Sócrates e a antecipação de eleições. Para já, as expectativas estão todas voltadas para o Conselho Europeu de 24 de Março. Via SOL. 


Não sei se Passos Coelho espera a ajuda de Cavaco Silva mas se estivesse no lugar dele seria mais contido neste voluntarismo. Pelo que vi em Portugal, Sócrates está muito longe de estar morto politicamente. A crise ainda não bateu no fundo da vida e do orçamento dos portugueses. É algo perceptível mas levará alguns meses a situação a degradar-se. O resto é um jogo contra o tempo. Ainda que o FMI entre, será o governo a ter que articular as medidas de saneamento financeiro e orçamental. O que dá, grosso modo, um ano entre determinarem-se medidas e aplicarem-se. Subida de impostos? provavelmente. Contenção de salários? se calhar. Eliminação do subsídio de Natal na função pública e no sector público e para-público? pode ser uma das soluções. Mas parace indispensável actuar do lado das empresas também. Sobretudo fazendo uma avaliação mais criteriosa dos subsídios e incentivos dados quase a fundo perdido que pouco impactam em termos de competitividade externa e diversificação. É que repete-se a prática de governos de dar subsídios ao desbarato sem cuidar de ver os impactos e avaliar a sua razoabilidade. 

Os sinais de que a intervenção do FMI em Portugal pode estar iminente avolumaram-se esta semana e são cada vez mais as vozes que consideram inevitável um pedido de ajuda externa.
A Oposição está convencida de que José Sócrates não sobreviverá a tal intervenção mas, ainda assim, o líder do PSD resiste a apresentar uma moção de censura ao Governo. Passos Coelho, que já disse que «o eventual recurso ao FMI não pode deixar de ter consequências políticas», acredita que, no momento em que tal acontecer, Sócrates deixará de ter condições para continuar a liderar o país, sobretudo porque perderá a credibilidade externa.E, argumenta fonte próxima do líder social-democrata, «essa quebra de confiança só se resolverá com eleições». Sem querer abrir o jogo, Passos Coelho acredita que há outras vias, cuja iniciativa não depende exclusivamente do PSD, que podem ditar a saída de Sócrates e a antecipação de eleições. Para já, as expectativas estão todas voltadas para o Conselho Europeu de 24 de Março. Via SOL. 

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