Guitarra de Coimbra (Parte I)

01-07-2011
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Traje do Tricórnio [Variante da Tuna Universitária do Minho]Os estudantes da Universidade do Minho (UM) começaram por usar a Capa e Batina de modelo clássico conimbricense, tendo de igual modo adoptado na década de 1980 eventos festivos inspirados em Coimbra como a Queima das Fitas.Contudo, durante o mandato do estudante Luís Novais como Presidente da Associação Académica da UM operou-se uma viragem significativa. Este estudante, baseado em escritos de Ignácio José Peixoto (Arquivo Distrital de Braga) e em painéis de azulejos da caixa das escadarias da Reitoria (antigo Paço Espiscopal de Braga), encetou um movimento em prol da recuperação/reactualização daquilo que teria sido o traje dos alunos do setecentista Colégio de São Vicente de Paulo (extinto por Pombal, 15/02/1759). No imediato, o movimento pró-tricórnio colheu adesões e apoios na Reitoria e junto de docentes da UM como o historiador José Viriato Capela.Em 1989 era finalmente lançado o Traje do Tricórnio preto, versões masculina e feminina, composto por calções/ou saia, meias altas, casaco e capa fidalgas de inspiração setecentista e tricórnio.A aventura bracarense colheu aplausos e semeou solaios e rejeições. Em Braga, a Faculdade de Filosofia da Universidade Católica não aderiu ao Traje do Tricórnio nem à implementação do Enterro da Gata (reactualização das festividades de fim de ano do velho Liceu Sá de Miranda), tendo continuado a preferir nos anos imediatos a Capa e Batina e a Queima das Fitas. Do antigo Liceu de Braga (secundária Sá de Miranda) é de admitir que os professores mais idosos tenham feito vista grossa ao Tricórnio, mais não fosse por lembrança da Capa e Batina ali trajada desde 06/04/1873. Mas a Academia Bracarense tinha-se preparado para o contra-ataque. Aos desconfiados locais opôs o persuasivo argumento da salvaguarda patrimonial, a propósito da revitalização do perdido Enterro da Gata. Os estudantes da UM do Pólo de Guimarães viveriam anos difíceis, fruto da oposição cerrada da comissão das Festas Nicolinas, cujos membros confrontam orgulhosamente as Nicolinas e a Capa e Batina com o Enterro da Gata e o Tricórnio. Seja invocando motivos meramente sentimentais, seja apontando as lacunas da reclicagem iconográfica, noutras vozes, academias, tunas e corais, a compreensão do fenómeno bracarense tardou a chegar. Sites de apoio:-Coro Académico da Universidade do Minho, http://www.caum.pt/;-Tricórnio, http://diogoeduarda.com/tricornio.html;-Código da Praxe. Universidade do Minho. Revisto em 20/11/2000, Capítulo V: Do Traje. Apêndice C (croquis), http://adsl.tvtel.pt/antipodas/aaum.pdf;-foto extraída do site Tuna Universitária do Minho (fundada em 1990). Traje, http://www.arcum.pt.tuna/;-Festas Nicolinas, http://www.nicolinas.pt/;-http://www.nicolinas.pt/traje.htm-25k;-http://tordesilhas.blogspot.com/ (texto de 01/12/2004).AMNunes

Traje do Tricórnio [Variante da Tuna Universitária do Minho]Os estudantes da Universidade do Minho (UM) começaram por usar a Capa e Batina de modelo clássico conimbricense, tendo de igual modo adoptado na década de 1980 eventos festivos inspirados em Coimbra como a Queima das Fitas.Contudo, durante o mandato do estudante Luís Novais como Presidente da Associação Académica da UM operou-se uma viragem significativa. Este estudante, baseado em escritos de Ignácio José Peixoto (Arquivo Distrital de Braga) e em painéis de azulejos da caixa das escadarias da Reitoria (antigo Paço Espiscopal de Braga), encetou um movimento em prol da recuperação/reactualização daquilo que teria sido o traje dos alunos do setecentista Colégio de São Vicente de Paulo (extinto por Pombal, 15/02/1759). No imediato, o movimento pró-tricórnio colheu adesões e apoios na Reitoria e junto de docentes da UM como o historiador José Viriato Capela.Em 1989 era finalmente lançado o Traje do Tricórnio preto, versões masculina e feminina, composto por calções/ou saia, meias altas, casaco e capa fidalgas de inspiração setecentista e tricórnio.A aventura bracarense colheu aplausos e semeou solaios e rejeições. Em Braga, a Faculdade de Filosofia da Universidade Católica não aderiu ao Traje do Tricórnio nem à implementação do Enterro da Gata (reactualização das festividades de fim de ano do velho Liceu Sá de Miranda), tendo continuado a preferir nos anos imediatos a Capa e Batina e a Queima das Fitas. Do antigo Liceu de Braga (secundária Sá de Miranda) é de admitir que os professores mais idosos tenham feito vista grossa ao Tricórnio, mais não fosse por lembrança da Capa e Batina ali trajada desde 06/04/1873. Mas a Academia Bracarense tinha-se preparado para o contra-ataque. Aos desconfiados locais opôs o persuasivo argumento da salvaguarda patrimonial, a propósito da revitalização do perdido Enterro da Gata. Os estudantes da UM do Pólo de Guimarães viveriam anos difíceis, fruto da oposição cerrada da comissão das Festas Nicolinas, cujos membros confrontam orgulhosamente as Nicolinas e a Capa e Batina com o Enterro da Gata e o Tricórnio. Seja invocando motivos meramente sentimentais, seja apontando as lacunas da reclicagem iconográfica, noutras vozes, academias, tunas e corais, a compreensão do fenómeno bracarense tardou a chegar. Sites de apoio:-Coro Académico da Universidade do Minho, http://www.caum.pt/;-Tricórnio, http://diogoeduarda.com/tricornio.html;-Código da Praxe. Universidade do Minho. Revisto em 20/11/2000, Capítulo V: Do Traje. Apêndice C (croquis), http://adsl.tvtel.pt/antipodas/aaum.pdf;-foto extraída do site Tuna Universitária do Minho (fundada em 1990). Traje, http://www.arcum.pt.tuna/;-Festas Nicolinas, http://www.nicolinas.pt/;-http://www.nicolinas.pt/traje.htm-25k;-http://tordesilhas.blogspot.com/ (texto de 01/12/2004).AMNunes

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