Voxels em entrevista: "É a experimentação que dita o nosso trabalho"

22-11-2013
marcar artigo

Pedro Chamorra e Pedro Pinto são, assumidamente, dois «nerds» da música. Viciados em canções, sacam-lhes os segundos que lhes prendem a atenção, a partir dos quais criam as suas próprias melodias, inspirados na velha (mas tão recente) guarda da música de dança, da qual destacam nomes como Daft Punk ou Basement Jaxx. "Bachelor House" é o mais recente trabalho discográfico dos Voxels - ainda que o primeiro em formato LP - e tema maior da conversa que travámos com os Voxels, numa esplanada, ao sol, como manda a tradição que eles tanto gostam...

Palco Principal – Um voxel é, na linguagem dos videojogos, um pixel tridimensional. Foi desse universo que surgiu o vosso nome artístico?

Pedro Chamorra - Parcialmente. A ideia passou, em parte, por encontrarmos alguma coisa coisa com característica digital, eletrónica, com um grande nível de profundidade, ou seja, com esse nível da terceira dimensão – algo que tentamos usar nas nossas músicas. Mas também há outros significados implícitos, como o uso de vozes - vox – e também o facto do Vox ser um dos meus amplificadores de guitarra favoritos.

Pedro Pinto – De certa forma, reporta à parte gráfica, à imagem, que também nos interessa. Tanto eu como o Pedro temos formação em arte e design. Quem segue o nosso trabalho, percebe que a parte visual é muito importante para nós: os videoclips são feitos por nós, assim como as capas dos álbuns. Já fizemos também, algumas vezes, DJ set com vídeo jamming, feito em tempo real – somos nós que sincronizamos som e imagem, no momento. Os Voxels não são um projeto só de música, são um todo.

PP – E quem são, então, os Voxels?

PP – Somos DJs e também produtores. Nos nossos DJ sets, passamos material nosso, mas nem sempre. Não é uma performance única, mas temos coisas exclusivas. Uma coisa que nos marca como DJs é o facto de nunca fazermos dois DJ sets iguais – nunca! Nunca escolhemos o mesmo alinhamento. Gostamos muito de música, de vários tipos de música, e a experiência de tocarmos em sítios diferentes faz-nos aprender a adaptar o set a vários tipos de sala, de horas – se tocamos no início ou no fim da noite – ou de contexto – se somos headliners ou se vamos fazer parte de um warm up. Costumo dizer que já toquei para cinco e para cinco mil e orgulho-me em dizer que tenho armas para defender em vários espaços. Também queremos fazer um live act, embora não esteja nenhum programado.

PC – Embora estejamos dentro de um grupo de estilos – não de um só -, nós tocamos para o público. Há muitos DJs que tocam para o umbigo, mas nós temos orgulho e prazer em pôr as pessoas a dançar e a divertirem-se. Não recorrermos sempre às mesmas coisas acaba por ser um desafio para nós.

PP – E o facto de sermos dois cria uma certa competição entre nós. Hoje em dia, está na moda o formato back to back, mas nós sempre fizemos isso, uma música cada um. Às vezes entramos numa guerrinha, numa espécie de battle - “Agora meteste esta, mas eu já te dou resposta” -, o que torna as coisas interessantes para nós.

PP – Entre DJ sets, quando sentiram necessidade de criarem o vosso LP?

PC – Era uma coisa que ambos queríamos fazer há muito tempo. Sempre tivemos a ideia de “não morrer sem fazer um álbum”. Agora, já está resolvido, para bem ou para o mal. Mas ainda tenho muitos álbuns na gaveta, que nunca de lá saíram.

PP – Idealmente, este álbum deveria ter saído no ano passado porque, apesar de ter saído há pouco mais de dois meses, as suas músicas já estavam prontas há um ano.

PC – São músicas que foram feitas ao longo do tempo. As ideias base já estavam feitas: ou tínhamos uma acapela, ou um sample, ou uma linha de baixo. E houve alguns temas que foram feitos para complementar os que já tínhamos.

PP - …E alguns temas que, para nós, já estavam prontos, quase assumidos, e os quais resolvemos mudar na última semana, só porque sim (risos).

PC – Foi um processo muito complicado, muito confuso, muito tortuoso, mas foi uma ótima lição.

PP – Sim, fazer o álbum foi penoso, mas, a partir do momento em que acordámos com a Optimus Discos, foi um processo rápido. Tivemos músicas guardadas ou em construção durante um ano e meio e, depois da decisão, ficámos com um mês e meio para editar o disco, com horários rigorosos e sem fazer mais nada. O tempo de maturação foi longo. E foi tudo feito por nós, desde a mistura à masterização – o Pedro é nerd nessas coias. Mais ninguém se envolveu.

PS – Depois de ter produzido álbuns de outros estilos musicais – que é um caminho mais objetivo – este foi o primeiro que produzi com material meu e do Pedro. Foi muito diferente. Cada música tinha que ser coerente com todas as outras, o disco tinha que ser uma só peça, uma só obra.

PP – De facto, nem se nota, por vezes, a transição entre temas…

PC – Chegámos, inclusive, a considerar fazer o álbum numa só peça, todo misturado, tal como um DJ set. Mas, à última da hora, mudámos o alinhamento das músicas.

PP – Quisemos deixar essa hipótese para o futuro. O importante é que seja um álbum que outros DJs oiçam e ao qual vão buscar músicas, que são adaptáveis, com um formato house, para passarem.

PP – Quais as principais diferenças entre este e os vossos trabalhos anteriores?

PC – São muito diferentes. O LP tem a palavra «house», que acabou por ser a linha condutora de tudo. Há nele uma ideia específica, que é a recuperação, a contemplação da história do house, o início dos anos 90. Não é inteiramente conceptual, inteiramente racional, mas é muito mais pensado que os EPs anteriores.

PP – O EP que saiu pela Container tinha uma música mais introspetiva, mais deep house, sendo que o seu lado B tinha outro tipo de construção, outras batidas. Já o "Every Girl", que saiu pela Enchufada, é um pouco mais radio friendly. Este álbum é muito baseado no sampling, tem uma parte técnica que sempre nos interessou.

PP – Do vosso reportório, alguma faixa que vos deixe especialmente orgulhosos?

PP – Cada caso é um caso. Por motivos pessoais, tenho uma favorita, que é a Paradise, com o Gethoven. Para mim, é um tema um pouco mais à frente, espelha o que poderemos vir a fazer. Também gosto da remistura que fizemos para a Till We Die, do Thomas Barfod. Somos grandes fãs dele.

PC – Gostei muito, também, de fazer a remistura da Into the Black, dos Chromatics.

PP – Como é a vossa relação com os instrumentos?

PC – A minha relação limita-se às flautas de Bisel, única e exclusivamente. Várias ao mesmo tempo e desafinadas (risos).

PP – E aos triângulos (risos). O Pedro tem um estúdio bem equipado, eu não tenho absolutamente nada. Ás vezes, toco mesmo no teclado do portátil. Nós não somos músicos. É a experimentação que dita o nosso trabalho. Tocamos um pouco de alguns instrumentos, mas batemos mais em coisas (risos).

PC – Bater em coisas é sempre divertido!

PP - Que nomes da música de dança vos inspiram mais diretamente?

PC – Há os artistas que nos inspiram individualmente e os que nos inspiram enquanto Voxels. Eu sou um gajo de estúdio, por isso o James Murphy é uma grande referência, mas talvez não se reveja na nossa música. Enquanto banda, temos a sagrada trindade: Daft Punk, Armin Van Helden e Basement Jaxx.

PP – Mas há outros, como Chemical Brothers, por exemplo, não só pela música, mas pelo que representam, pelo seu processo de trabalho.

PP – De que país vem a melhor música eletrónica feita atualmente?

PC – De Portugal! Acho que a música eletrónica em Portugal está extremamente interessante, nesta altura.

PP – As fronteiras estão cada vez mais diluídas. No outro dia, vimos uma review do nosso álbum num blog francês, que dizia, assim por alto, que os Voxels estavam a refazer o french touch. Um blog francês a dizer que os portugueses estavam a refazer algo que nasceu lá! Provavelmente, foi um dos melhores elogios que já nos fizeram. E só prova que não interessa de onde tu és. O som UK – o funk, o house, o garage – é um som que me influencia bastante, mas muita da gente que fazia esse tipo de música está, atualmente, muito mais ligada ao techno. E esses estão a mudar-se para Berlim… E a malta de Berlim está a mudar-se para a América do Sul. Tal como há gajos franceses, como o Joachim Garraud, a mudarem-se para Nova Iorque. Tal como um dos Crookers está a morar em Los Angeles…

PC – Os Daft Punk, por exemplo, moram em Beverly Hills…

PP – O próprio Caribou… Quando se mudou para Londres, o som UK começou a influenciá-lo mais.

PC – O que interessa não é de onde tu és, mas sim onde tu estás e o que está nesse ambiente. Um dos meus heróis musicais – o Amon Tobin – é brasileiro e estava a morar no Reino Unido. Os Boards of Canadá, por exemplo, são escoceses e faziam música numa comunidade hippie…

PP – O lugar onde estás transforma a tua música.

PP – Continuam a comprar discos em lojas ou já se renderam ao carrinho de compras na Internet?

PC – Vou com alguma frequência a lojas, mas não a lojas de discos novos, só lojas de discos em segunda mão. Prefiro comprar discos antigos – é lá que encontro as coisas mais interessantes. Não quer dizer que não haja grandes discos novos, mas já não se fazem como os antigos. Na Net, não compro discos. Um dia fomos a uma Cash Converter e comprámos 20 ou 30 kg de vinil, house clássico, comprado a peso. Suponho que algum DJ de uma discoteca antiga tenha decidido vender os discos todos lá.

Sara Fidalgo

Pedro Chamorra e Pedro Pinto são, assumidamente, dois «nerds» da música. Viciados em canções, sacam-lhes os segundos que lhes prendem a atenção, a partir dos quais criam as suas próprias melodias, inspirados na velha (mas tão recente) guarda da música de dança, da qual destacam nomes como Daft Punk ou Basement Jaxx. "Bachelor House" é o mais recente trabalho discográfico dos Voxels - ainda que o primeiro em formato LP - e tema maior da conversa que travámos com os Voxels, numa esplanada, ao sol, como manda a tradição que eles tanto gostam...

Palco Principal – Um voxel é, na linguagem dos videojogos, um pixel tridimensional. Foi desse universo que surgiu o vosso nome artístico?

Pedro Chamorra - Parcialmente. A ideia passou, em parte, por encontrarmos alguma coisa coisa com característica digital, eletrónica, com um grande nível de profundidade, ou seja, com esse nível da terceira dimensão – algo que tentamos usar nas nossas músicas. Mas também há outros significados implícitos, como o uso de vozes - vox – e também o facto do Vox ser um dos meus amplificadores de guitarra favoritos.

Pedro Pinto – De certa forma, reporta à parte gráfica, à imagem, que também nos interessa. Tanto eu como o Pedro temos formação em arte e design. Quem segue o nosso trabalho, percebe que a parte visual é muito importante para nós: os videoclips são feitos por nós, assim como as capas dos álbuns. Já fizemos também, algumas vezes, DJ set com vídeo jamming, feito em tempo real – somos nós que sincronizamos som e imagem, no momento. Os Voxels não são um projeto só de música, são um todo.

PP – E quem são, então, os Voxels?

PP – Somos DJs e também produtores. Nos nossos DJ sets, passamos material nosso, mas nem sempre. Não é uma performance única, mas temos coisas exclusivas. Uma coisa que nos marca como DJs é o facto de nunca fazermos dois DJ sets iguais – nunca! Nunca escolhemos o mesmo alinhamento. Gostamos muito de música, de vários tipos de música, e a experiência de tocarmos em sítios diferentes faz-nos aprender a adaptar o set a vários tipos de sala, de horas – se tocamos no início ou no fim da noite – ou de contexto – se somos headliners ou se vamos fazer parte de um warm up. Costumo dizer que já toquei para cinco e para cinco mil e orgulho-me em dizer que tenho armas para defender em vários espaços. Também queremos fazer um live act, embora não esteja nenhum programado.

PC – Embora estejamos dentro de um grupo de estilos – não de um só -, nós tocamos para o público. Há muitos DJs que tocam para o umbigo, mas nós temos orgulho e prazer em pôr as pessoas a dançar e a divertirem-se. Não recorrermos sempre às mesmas coisas acaba por ser um desafio para nós.

PP – E o facto de sermos dois cria uma certa competição entre nós. Hoje em dia, está na moda o formato back to back, mas nós sempre fizemos isso, uma música cada um. Às vezes entramos numa guerrinha, numa espécie de battle - “Agora meteste esta, mas eu já te dou resposta” -, o que torna as coisas interessantes para nós.

PP – Entre DJ sets, quando sentiram necessidade de criarem o vosso LP?

PC – Era uma coisa que ambos queríamos fazer há muito tempo. Sempre tivemos a ideia de “não morrer sem fazer um álbum”. Agora, já está resolvido, para bem ou para o mal. Mas ainda tenho muitos álbuns na gaveta, que nunca de lá saíram.

PP – Idealmente, este álbum deveria ter saído no ano passado porque, apesar de ter saído há pouco mais de dois meses, as suas músicas já estavam prontas há um ano.

PC – São músicas que foram feitas ao longo do tempo. As ideias base já estavam feitas: ou tínhamos uma acapela, ou um sample, ou uma linha de baixo. E houve alguns temas que foram feitos para complementar os que já tínhamos.

PP - …E alguns temas que, para nós, já estavam prontos, quase assumidos, e os quais resolvemos mudar na última semana, só porque sim (risos).

PC – Foi um processo muito complicado, muito confuso, muito tortuoso, mas foi uma ótima lição.

PP – Sim, fazer o álbum foi penoso, mas, a partir do momento em que acordámos com a Optimus Discos, foi um processo rápido. Tivemos músicas guardadas ou em construção durante um ano e meio e, depois da decisão, ficámos com um mês e meio para editar o disco, com horários rigorosos e sem fazer mais nada. O tempo de maturação foi longo. E foi tudo feito por nós, desde a mistura à masterização – o Pedro é nerd nessas coias. Mais ninguém se envolveu.

PS – Depois de ter produzido álbuns de outros estilos musicais – que é um caminho mais objetivo – este foi o primeiro que produzi com material meu e do Pedro. Foi muito diferente. Cada música tinha que ser coerente com todas as outras, o disco tinha que ser uma só peça, uma só obra.

PP – De facto, nem se nota, por vezes, a transição entre temas…

PC – Chegámos, inclusive, a considerar fazer o álbum numa só peça, todo misturado, tal como um DJ set. Mas, à última da hora, mudámos o alinhamento das músicas.

PP – Quisemos deixar essa hipótese para o futuro. O importante é que seja um álbum que outros DJs oiçam e ao qual vão buscar músicas, que são adaptáveis, com um formato house, para passarem.

PP – Quais as principais diferenças entre este e os vossos trabalhos anteriores?

PC – São muito diferentes. O LP tem a palavra «house», que acabou por ser a linha condutora de tudo. Há nele uma ideia específica, que é a recuperação, a contemplação da história do house, o início dos anos 90. Não é inteiramente conceptual, inteiramente racional, mas é muito mais pensado que os EPs anteriores.

PP – O EP que saiu pela Container tinha uma música mais introspetiva, mais deep house, sendo que o seu lado B tinha outro tipo de construção, outras batidas. Já o "Every Girl", que saiu pela Enchufada, é um pouco mais radio friendly. Este álbum é muito baseado no sampling, tem uma parte técnica que sempre nos interessou.

PP – Do vosso reportório, alguma faixa que vos deixe especialmente orgulhosos?

PP – Cada caso é um caso. Por motivos pessoais, tenho uma favorita, que é a Paradise, com o Gethoven. Para mim, é um tema um pouco mais à frente, espelha o que poderemos vir a fazer. Também gosto da remistura que fizemos para a Till We Die, do Thomas Barfod. Somos grandes fãs dele.

PC – Gostei muito, também, de fazer a remistura da Into the Black, dos Chromatics.

PP – Como é a vossa relação com os instrumentos?

PC – A minha relação limita-se às flautas de Bisel, única e exclusivamente. Várias ao mesmo tempo e desafinadas (risos).

PP – E aos triângulos (risos). O Pedro tem um estúdio bem equipado, eu não tenho absolutamente nada. Ás vezes, toco mesmo no teclado do portátil. Nós não somos músicos. É a experimentação que dita o nosso trabalho. Tocamos um pouco de alguns instrumentos, mas batemos mais em coisas (risos).

PC – Bater em coisas é sempre divertido!

PP - Que nomes da música de dança vos inspiram mais diretamente?

PC – Há os artistas que nos inspiram individualmente e os que nos inspiram enquanto Voxels. Eu sou um gajo de estúdio, por isso o James Murphy é uma grande referência, mas talvez não se reveja na nossa música. Enquanto banda, temos a sagrada trindade: Daft Punk, Armin Van Helden e Basement Jaxx.

PP – Mas há outros, como Chemical Brothers, por exemplo, não só pela música, mas pelo que representam, pelo seu processo de trabalho.

PP – De que país vem a melhor música eletrónica feita atualmente?

PC – De Portugal! Acho que a música eletrónica em Portugal está extremamente interessante, nesta altura.

PP – As fronteiras estão cada vez mais diluídas. No outro dia, vimos uma review do nosso álbum num blog francês, que dizia, assim por alto, que os Voxels estavam a refazer o french touch. Um blog francês a dizer que os portugueses estavam a refazer algo que nasceu lá! Provavelmente, foi um dos melhores elogios que já nos fizeram. E só prova que não interessa de onde tu és. O som UK – o funk, o house, o garage – é um som que me influencia bastante, mas muita da gente que fazia esse tipo de música está, atualmente, muito mais ligada ao techno. E esses estão a mudar-se para Berlim… E a malta de Berlim está a mudar-se para a América do Sul. Tal como há gajos franceses, como o Joachim Garraud, a mudarem-se para Nova Iorque. Tal como um dos Crookers está a morar em Los Angeles…

PC – Os Daft Punk, por exemplo, moram em Beverly Hills…

PP – O próprio Caribou… Quando se mudou para Londres, o som UK começou a influenciá-lo mais.

PC – O que interessa não é de onde tu és, mas sim onde tu estás e o que está nesse ambiente. Um dos meus heróis musicais – o Amon Tobin – é brasileiro e estava a morar no Reino Unido. Os Boards of Canadá, por exemplo, são escoceses e faziam música numa comunidade hippie…

PP – O lugar onde estás transforma a tua música.

PP – Continuam a comprar discos em lojas ou já se renderam ao carrinho de compras na Internet?

PC – Vou com alguma frequência a lojas, mas não a lojas de discos novos, só lojas de discos em segunda mão. Prefiro comprar discos antigos – é lá que encontro as coisas mais interessantes. Não quer dizer que não haja grandes discos novos, mas já não se fazem como os antigos. Na Net, não compro discos. Um dia fomos a uma Cash Converter e comprámos 20 ou 30 kg de vinil, house clássico, comprado a peso. Suponho que algum DJ de uma discoteca antiga tenha decidido vender os discos todos lá.

Sara Fidalgo

marcar artigo