Câmara Corporativa: Não há coincidências?

03-07-2011
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1. Para Dias Loureiro, conselheiro de Estado, ser ouvido pelo Ministério Público no inquérito, era preciso levantar a imunidade de gozam os conselheiros de Estado.2. Mas o Ministério Público não entendeu ser necessário ouvir Dias Loureiro e, portanto, não era necessário levantar imunidade nenhuma.3. Ainda bem que assim era, para evitar problemas ao Presidente da Republica e ao Conselho de Estado.4. Dias Loureiro resolveu renunciar ao cargo e pediu para ser ouvido pelo Ministério Público.5. Na mesma altura, o Ministério Público fez saber que não via razões para ouvir Dias Loureiro.6. Após a renúncia, o Ministério Público deixou passar dois ou três dias de conveniente nojo e decidiu ouvir Dias Loureiro.Tendo em conta esta curiosa sucessão de fenómenos, pergunto aos leitores qual das seguintes afirmações é correcta: a) Ao contrário do que diz Margarida Rebelo Pinto, há coincidências;b) O Ministério Público instituiu uma nova prática, simpática para os cidadãos, que é ouvir arguidos, suspeitos ou simples testemunhas, a seu pedido e quando acham conveniente;c) Para não ter pedido o levantamento da sua imunidade, o Ministério Público esperou politicamente pela renúncia de Dias Loureiro;d) Dias Loureiro não vai ser ouvido pelo Ministério Público e as notícias que o referem não passam de boatos, porque, se assim não fosse, o Dr. João Palma, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, já teria denunciado publicamente a existência de pressões.


1. Para Dias Loureiro, conselheiro de Estado, ser ouvido pelo Ministério Público no inquérito, era preciso levantar a imunidade de gozam os conselheiros de Estado.2. Mas o Ministério Público não entendeu ser necessário ouvir Dias Loureiro e, portanto, não era necessário levantar imunidade nenhuma.3. Ainda bem que assim era, para evitar problemas ao Presidente da Republica e ao Conselho de Estado.4. Dias Loureiro resolveu renunciar ao cargo e pediu para ser ouvido pelo Ministério Público.5. Na mesma altura, o Ministério Público fez saber que não via razões para ouvir Dias Loureiro.6. Após a renúncia, o Ministério Público deixou passar dois ou três dias de conveniente nojo e decidiu ouvir Dias Loureiro.Tendo em conta esta curiosa sucessão de fenómenos, pergunto aos leitores qual das seguintes afirmações é correcta: a) Ao contrário do que diz Margarida Rebelo Pinto, há coincidências;b) O Ministério Público instituiu uma nova prática, simpática para os cidadãos, que é ouvir arguidos, suspeitos ou simples testemunhas, a seu pedido e quando acham conveniente;c) Para não ter pedido o levantamento da sua imunidade, o Ministério Público esperou politicamente pela renúncia de Dias Loureiro;d) Dias Loureiro não vai ser ouvido pelo Ministério Público e as notícias que o referem não passam de boatos, porque, se assim não fosse, o Dr. João Palma, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, já teria denunciado publicamente a existência de pressões.

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