Sondagem Aximage/JE: Maioria dá razão à direção do Livre no conflito com Joacine Katar-Moreira

14-03-2020
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A maioria dos portugueses reconhecem razão à direção do Livre na polémica que manteve ao longo das últimas semanas com Joacine Katar-Moreira, e que culminou com uma resolução da Assembleia do Livre, órgão máximo do partido entre congressos, divulgada nesta terça-feira, onde se lê que as declarações da deputada à comunicação social “foram gravosas para a honra e dignidade do partido, dos seus membros, apoiantes e simpatizantes, assim como dos seus órgãos”, sem que no entanto lhe tenha sido retirada a confiança política.

Uma sondagem realizada pela Aximage para o Jornal Económico, entre 29 de novembro e 3 de dezembro, revela que 48,8% dos inquiridos consideram que a direção (mais concretamente, o Grupo de Contacto) teve a razão do seu lado no diferendo com a deputada, motivado pela sua abstenção num voto de protesto do PCP contra a intervenção militar israelita nos territórios palestinianos da Faixa de Gaza. Apenas 18,3% disseram que Joacine Katar-Moreira tem razão, enquanto 4,2% hesitaram entre ambos e nenhum e 28,6% não responderam ou admitiram não saber.

A percentagem de pessoas que apoiaram a direção do Livre foi especialmente grande entre os eleitores da CDU (68,8%) e PSD (64,7%), descendo para valores mais reduzidos entre quem votaria PS (47,5%), Bloco de Esquerda (54,1%) e nos outros partidos, brancos e nulos (58,7%). Pelo contrário, os partidários da deputada única do partido são sobretudo eleitores do PS (22,3%) e a percentagem daqueles que dão razão a ambos ou a nenhum dos lados em disputa é maikor entre quem vota Bloco de Esquerda (9,6%). E a Aximage faz notar que, “dentro da reduzida base de eleitores do Livre, as opiniões sobre quem tem razão neste caso dividem-se”, mas ligeiramente mais a favor do Grupo de Contacto (43%) do que de Joacine Katar-Moreira (41%).

Curiosamente, a percentagem de homens que reconhecem razão à deputada (22,4%) supera em muito a das mulheres (14,7%), invertendo-se esta ordem entre os inquiridos pela Aximage que deram razão à direção do Livre: 45,2% dos homens e 52,1% das mulheres. No que toca a grupos etários, o resultado mais próximo ocorreu nos entrevistados de 35 a 49 anos (39,5% pelo Grupo de Contacto e 29,8% pela deputada), enquanto o mais desproporcionado deu-se nos entrevistados de 50 a 64 anos (51,6% a favor do Grupo de Contacto e apenas 4,7% sensíveis aos argumentos de Joacine Katar-Moreira).

Elevados níveis de notoriedade para a deputada

Mesmo que a maioria dos portugueses lhe apontem o dedo na polémica que abalou o Livre, com declarações da deputada e do seu assessor a desvalorizarem o contributo do resto do partido para a sua eleição nas legislativas de 6 de outubro, a cobertura mediática terá potenciado ainda mais a elevada notoriedade da deputada que durante a campanha eleitoral disse “gaguejar a falar e não a pensar”. Joacine Katar-Moreira é conhecida por 81,3% dos inquiridos na sondagem, atingindo máximos de notoriedade entre os homens (84,6%), as pessoas com 65 ou mais anos (86,8%), residentes em ambiente semiurbano (88,1%) e na região Norte (85,6%).

Pelo contrário, os segmentos em que a notoriedade da deputada única do Livre é menos elevada são as mulheres (78,5%), as pessoas entre 18 e 34 anos (69,6%), apenas com a escolaridade obrigatória (76,6%) e residentes no Sul e Ilhas (71,3%).

FICHA TÉCNICA

Universo: Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal.

Amostra: Amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género (2) e escolaridade (2). A amostra teve 601 entrevistas efetivas: 301 entrevistas CAWI e 300 entrevistas CATI; 155 entre os 18 e os 34 anos, 166 entre os 35 e os 49 anos, 146 entre os 50 e os 64 anos e 134 para os 65 e mais anos; Norte 188, Sul e Ilhas 101; Área Metropolitana de Lisboa 195; Centro 117.

Técnica: Aplicação online – CAWI (Computer Assisted Web Interviewing) – de um questionário estruturado a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas para os indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos; entrevistas telefónicas – metodologia CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing) do mesmo questionário devidamente adaptado ao suporte utilizado, ao sub-universo utilizado pela AXIMAGE nos seus estudos políticos, com preenchimento das mesmas quotas para os indivíduos com 50 e mais anos e outros. O trabalho de campo decorreu entre 29 de novembro e 3 de dezembro de 2019.

Erro probabilístico: O processo amostral, não sendo aleatório, implica a não indicação do erro probabilístico. Contudo, para efeitos de comparação, para uma amostra probabilística com 601 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma “margem de erro” – a 95% – de 4,00%).

Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de João Queiroz.

A maioria dos portugueses reconhecem razão à direção do Livre na polémica que manteve ao longo das últimas semanas com Joacine Katar-Moreira, e que culminou com uma resolução da Assembleia do Livre, órgão máximo do partido entre congressos, divulgada nesta terça-feira, onde se lê que as declarações da deputada à comunicação social “foram gravosas para a honra e dignidade do partido, dos seus membros, apoiantes e simpatizantes, assim como dos seus órgãos”, sem que no entanto lhe tenha sido retirada a confiança política.

Uma sondagem realizada pela Aximage para o Jornal Económico, entre 29 de novembro e 3 de dezembro, revela que 48,8% dos inquiridos consideram que a direção (mais concretamente, o Grupo de Contacto) teve a razão do seu lado no diferendo com a deputada, motivado pela sua abstenção num voto de protesto do PCP contra a intervenção militar israelita nos territórios palestinianos da Faixa de Gaza. Apenas 18,3% disseram que Joacine Katar-Moreira tem razão, enquanto 4,2% hesitaram entre ambos e nenhum e 28,6% não responderam ou admitiram não saber.

A percentagem de pessoas que apoiaram a direção do Livre foi especialmente grande entre os eleitores da CDU (68,8%) e PSD (64,7%), descendo para valores mais reduzidos entre quem votaria PS (47,5%), Bloco de Esquerda (54,1%) e nos outros partidos, brancos e nulos (58,7%). Pelo contrário, os partidários da deputada única do partido são sobretudo eleitores do PS (22,3%) e a percentagem daqueles que dão razão a ambos ou a nenhum dos lados em disputa é maikor entre quem vota Bloco de Esquerda (9,6%). E a Aximage faz notar que, “dentro da reduzida base de eleitores do Livre, as opiniões sobre quem tem razão neste caso dividem-se”, mas ligeiramente mais a favor do Grupo de Contacto (43%) do que de Joacine Katar-Moreira (41%).

Curiosamente, a percentagem de homens que reconhecem razão à deputada (22,4%) supera em muito a das mulheres (14,7%), invertendo-se esta ordem entre os inquiridos pela Aximage que deram razão à direção do Livre: 45,2% dos homens e 52,1% das mulheres. No que toca a grupos etários, o resultado mais próximo ocorreu nos entrevistados de 35 a 49 anos (39,5% pelo Grupo de Contacto e 29,8% pela deputada), enquanto o mais desproporcionado deu-se nos entrevistados de 50 a 64 anos (51,6% a favor do Grupo de Contacto e apenas 4,7% sensíveis aos argumentos de Joacine Katar-Moreira).

Elevados níveis de notoriedade para a deputada

Mesmo que a maioria dos portugueses lhe apontem o dedo na polémica que abalou o Livre, com declarações da deputada e do seu assessor a desvalorizarem o contributo do resto do partido para a sua eleição nas legislativas de 6 de outubro, a cobertura mediática terá potenciado ainda mais a elevada notoriedade da deputada que durante a campanha eleitoral disse “gaguejar a falar e não a pensar”. Joacine Katar-Moreira é conhecida por 81,3% dos inquiridos na sondagem, atingindo máximos de notoriedade entre os homens (84,6%), as pessoas com 65 ou mais anos (86,8%), residentes em ambiente semiurbano (88,1%) e na região Norte (85,6%).

Pelo contrário, os segmentos em que a notoriedade da deputada única do Livre é menos elevada são as mulheres (78,5%), as pessoas entre 18 e 34 anos (69,6%), apenas com a escolaridade obrigatória (76,6%) e residentes no Sul e Ilhas (71,3%).

FICHA TÉCNICA

Universo: Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal.

Amostra: Amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género (2) e escolaridade (2). A amostra teve 601 entrevistas efetivas: 301 entrevistas CAWI e 300 entrevistas CATI; 155 entre os 18 e os 34 anos, 166 entre os 35 e os 49 anos, 146 entre os 50 e os 64 anos e 134 para os 65 e mais anos; Norte 188, Sul e Ilhas 101; Área Metropolitana de Lisboa 195; Centro 117.

Técnica: Aplicação online – CAWI (Computer Assisted Web Interviewing) – de um questionário estruturado a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas para os indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos; entrevistas telefónicas – metodologia CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing) do mesmo questionário devidamente adaptado ao suporte utilizado, ao sub-universo utilizado pela AXIMAGE nos seus estudos políticos, com preenchimento das mesmas quotas para os indivíduos com 50 e mais anos e outros. O trabalho de campo decorreu entre 29 de novembro e 3 de dezembro de 2019.

Erro probabilístico: O processo amostral, não sendo aleatório, implica a não indicação do erro probabilístico. Contudo, para efeitos de comparação, para uma amostra probabilística com 601 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma “margem de erro” – a 95% – de 4,00%).

Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de João Queiroz.

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