Político de passos sustentáveis

28-03-2012
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Quase a fazer 41 anos, Jorge Moreira da Silva, o novo coordenador político do PSD que subiu a primeiro vice-presidente do partido, por decisão exclusiva de Pedro Passos Coelho, regressa à política activa. O homem que tem na mão a estratégia para as autárquicas nasceu na Jota, mas desafia a lógica partidária. Abandonou a ONU e promete mudanças: a autonomização do partido em relação ao Governo

Ele tinha apenas 17 anos quando entrou nas fileiras da Juventude Social-Democrata (JSD), liderada por Pedro Passos Coelho. Gostava de ouvir os Waterboys, REM e GNR, era fã dos filmes de Orson Welles e um leitor de Tolstoi. Guerra e Paz era um dos seus livros preferidos. Apesar do ar imberbe e certinho (não gostava de noitadas e bebia sumos de laranja), Jorge Moreira da Silva, então quase a entrar na Universidade do Porto para Engenharia Electrotécnica de Computadores, apresentou-se como um aguerrido militante, saltando da estrutura dos "laranjinhas" de Vila Nova de Famalicão, a sua cidade natal, para a distrital de Braga.

Quando a sua defesa intransigente de autonomizar a acção da Jota em relação ao PSD começou a seduzir, Moreira da Silva afigurou-se como o sucessor natural de Passos Coelho, que acabou por o convidar.

Antes de se aventurar na liderança da JSD, quis terminar a sua licenciatura, à qual mais tarde acrescentou uma pós-graduação na Universidade de Navarra. Por isso, só em 1995, com 24 anos, candidatou-se à presidência da JSD, sem adversários.

Nessa altura, revelava-se um idealista. Falava na "utopia", no "sonho", no "inconformismo". Oriundo de uma família conservadora e católica, estava "fascinado com a possibilidade de fazer um discurso só de convicções, sem ligar à sua exequibilidade".

Dois anos e meio depois, na sequência da sua demissão da JSD, não tinha perdido o idealismo, mas as suas experiências permitiam-lhe distinguir idealismo de utopia. Sentira as dores de crescimento e não escondia alguma desilusão. Lamentava a "primazia" que a classe política dava à "mediatização", ao "pensamento único", à "planície ideológica", ao "bom olhar televisivo", ao "politicamente correcto". Tinha sido sempre assim. Ele é que ainda não tinha "vivido [a política] por dentro".

Quando assumiu a liderança da Jota, em 1995, o PSD vivia uma crise de identidade. Cavaco Silva pensava já em Belém e um solitário Fernando Nogueira perdera as legislativas para o PS de António Guterres. Jorge não partilhou a autocomiseração do PSD. Denunciou a acomodação da direcção e lançou bandeiras: revisão constitucional e um referendo interno sobre a regionalização (à qual sempre se opusera). Queria, disse, "jogar sempre no risco e no limite". Essa demarcação era o seu trunfo para reconquistar o eleitorado jovem que fugira para o CDS.

Foi com Marcelo Rebelo de Sousa, cuja candidatura à presidência do PSD, em 1996, recolheu o apoio de Moreira da Silva, que surgiram profundas divergências entre a liderança do partido e a JSD, por causa da intenção de acabar com a dupla capacidade eleitoral dos jotas. A ideia era defendida pelo então secretário-geral do PSD, Rui Rio, que pretendia "castigar" a JSD pela sua "autonomia". Rio entendia que a JSD precisava de "ser moralizada e posta na linha", criticava o líder da Jota.

Moreira da Silva nunca acusou directamente Marcelo de querer calar a JSD, optando por insistir que o presidente social-democrata não tinha feito as escolhas mais acertadas para a sua direcção. A relação de Jorge e Rebelo de Sousa era comparada à de Passos Coelho e Cavaco Silva - os líderes da Jota eram a pedra no sapato dos presidentes do PSD.

Choque com Marcelo

Em Julho de 1996, Marcelo aproveitou o 20.º aniversário da Jota para anunciar que as propostas estatutárias tinham sido retiradas, mas no ano seguinte voltou a chocar com Moreira da Silva por causa da nova lei das propinas, do PS. Os jotas estavam contra, mas a bancada viabilizou a proposta socialista.

A relação entre Moreira da Silva e Rebelo de Sousa estava presa por um fio. E o rol de críticos da liderança de Jorge ganhou novos adeptos. Recandidatou-se, em Janeiro de 1998, e ganhou por apenas 13 votos a Pedro Duarte. "Um político não é um actor, é um homem de convicções", disse no rescaldo do congresso.

Contudo, não conseguiu conter o clima de guerrilha interna que terminou com a sua demissão, em Junho do mesmo ano. Sai derrotado na sua oposição a uma coligação pré-eleitoral com o CDS-PP (a reedição da AD). O único peso-pesado do PSD que o acompanhou foi Durão Barroso.

No Congresso do PSD em Tavira, Jorge afirmou que lhe repugnava fazer uma campanha ao lado da Juventude Centrista e os congressistas devolveram-lhe o ataque com o chumbo (inédito) da moção da JSD. "Não tenciono desenvolver qualquer actividade político-partidária nos tempos mais próximos", disse pouco depois. Mas um ano mais tarde era o candidato indicado por Rebelo de Sousa para as eleições europeias. Bruxelas era uma espécie de exílio dourado para as vozes mais incómodas de alguns partidos. Contudo, conseguiu inverter esse destino.

Aos 28 anos, o ex-jota que já tinha lançado algumas acções de ambiente encontra no Parlamento Europeu (PE) a chave da sua carreira política e profissional: o desenvolvimento sustentável. Propõe-se e agarra a oportunidade de substituir Carlos Pimenta na Comissão de Ambiente e no cargo de relator permanente das Alterações Climáticas. Durante 15 anos seguidos, até 2003, dois portugueses fazem a opinião do PE em matéria de alterações climáticas. Era uma posição rara por ser contínua - as comissões trabalham normalmente directiva a directiva. Moreira da Silva chefia a delegação do PE às conferências internacionais do clima. Esteve na recta final da redacção do protocolo de Quioto e deixa Bruxelas com o respeito dos seus pares, em 2003, ano em que é aprovada a Directiva que cria o Sistema Europeu do Comércio de Emissões de Gases com Efeito de Estufa. Foi o seu relator, negociador e autor.

Após passar pelos governos de Barroso e Santana, como secretário de Estado, primeiro da Ciência, depois do Ambiente, voltou ao palco internacional. Em 2009, conseguiu o cargo de conselheiro sénior na área da Energia e Alterações Climáticas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ao fim de meses de selecção. Não pediu referências a ninguém para juntar à sua candidatura. Cavaco Silva, de quem era na altura consultor para a Ciência, Ambiente e Energia, soube da candidatura quando o próprio anunciou que ia mudar de vida.

Há dois anos que Moreira da Silva resiste a ir viver para Nova Iorque, e atravessa várias vezes por mês o Atlântico e a Europa, mantendo a família em Lisboa. Pelo caminho, subiu de posto dentro da ONU e chegou a director da área da Economia das Alterações Climáticas. É o segundo português mais destacado na hierarquia das Nações Unidas, a seguir a Guterres, e o único sem nomeação política.

Nas últimas legislativas, o apelo político voltou a entusiasmá-lo. Fez a parte do Ambiente do programa do PSD e foi convidado para formar um ministério com ambiente, transportes e energia juntos. As dores de parto da coligação levaram Passos a "desconvidá-lo" e a dar a pasta a Assunção Cristas. Como a vida também brinca às vezes, foi o seu irmão mais novo, Miguel, o autor da área do ambiente no programa do CDS, do qual é militante. Miguel foi até há algumas semanas assessor de Cristas, mas abandonou o gabinete para concluir o doutoramento.

Moreira da Silva não desanimou. Às funções no PNUD juntou, no segundo semestre de 2011, o lançamento da Plataforma para o Crescimento Sustentável (PCS), um think tank apadrinhado por Pinto Balsemão e Belmiro de Azevedo. O PCS vai a caminho da sua terceira conferência internacional, como espaço de discussão à margem da lógica partidária.

Entre o desconvite e o think tank, nem Moreira da Silva se afastou de Passos, nem Passos ficou melindrado, marcando presença. A cumplicidade entre os dois supera a "política dos dias", na opinião dos que os conhecem bem.

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No passado fim-de-semana, perante um congresso surpreendido com a sua escolha para coordenador político do PSD, Moreira da Silva adiantou algumas premissas do próximo combate eleitoral - as autárquicas de 2013 - e fez avisos à navegação. "Não vamos ganhá-las por nós. Precisamos de ganhar por Portugal", disse, permitindo descortinar que a sua estratégia não obedecerá a uma mera distribuição de lugares.

Este projecto, aliás, poderá ser o mais benéfico para o PSD, que admite vir a ser penalizado nas autárquicas. A ideia é apostar numa renovação de candidatos. Adiantou, ainda no congresso, três princípios que nortearão a estratégia: "Continuar a prestar bons serviços aos nossos cidadãos num ambiente de forte restrição financeira; combater a desertificação do interior; e olhar para as cidades como factores de competitividade".

A possibilidade de uma ruptura com o poder do aparelho do PSD não agrada a muitos militantes, desde os que ocupam as bases até ao topo da hierarquia. Os próximos tempos serão determinantes. O que leva para o confronto com a máquina é a liberdade com que está na política. "Quem entra com liberdade, nunca a perde", defende um amigo.

Quase a fazer 41 anos, Jorge Moreira da Silva, o novo coordenador político do PSD que subiu a primeiro vice-presidente do partido, por decisão exclusiva de Pedro Passos Coelho, regressa à política activa. O homem que tem na mão a estratégia para as autárquicas nasceu na Jota, mas desafia a lógica partidária. Abandonou a ONU e promete mudanças: a autonomização do partido em relação ao Governo

Ele tinha apenas 17 anos quando entrou nas fileiras da Juventude Social-Democrata (JSD), liderada por Pedro Passos Coelho. Gostava de ouvir os Waterboys, REM e GNR, era fã dos filmes de Orson Welles e um leitor de Tolstoi. Guerra e Paz era um dos seus livros preferidos. Apesar do ar imberbe e certinho (não gostava de noitadas e bebia sumos de laranja), Jorge Moreira da Silva, então quase a entrar na Universidade do Porto para Engenharia Electrotécnica de Computadores, apresentou-se como um aguerrido militante, saltando da estrutura dos "laranjinhas" de Vila Nova de Famalicão, a sua cidade natal, para a distrital de Braga.

Quando a sua defesa intransigente de autonomizar a acção da Jota em relação ao PSD começou a seduzir, Moreira da Silva afigurou-se como o sucessor natural de Passos Coelho, que acabou por o convidar.

Antes de se aventurar na liderança da JSD, quis terminar a sua licenciatura, à qual mais tarde acrescentou uma pós-graduação na Universidade de Navarra. Por isso, só em 1995, com 24 anos, candidatou-se à presidência da JSD, sem adversários.

Nessa altura, revelava-se um idealista. Falava na "utopia", no "sonho", no "inconformismo". Oriundo de uma família conservadora e católica, estava "fascinado com a possibilidade de fazer um discurso só de convicções, sem ligar à sua exequibilidade".

Dois anos e meio depois, na sequência da sua demissão da JSD, não tinha perdido o idealismo, mas as suas experiências permitiam-lhe distinguir idealismo de utopia. Sentira as dores de crescimento e não escondia alguma desilusão. Lamentava a "primazia" que a classe política dava à "mediatização", ao "pensamento único", à "planície ideológica", ao "bom olhar televisivo", ao "politicamente correcto". Tinha sido sempre assim. Ele é que ainda não tinha "vivido [a política] por dentro".

Quando assumiu a liderança da Jota, em 1995, o PSD vivia uma crise de identidade. Cavaco Silva pensava já em Belém e um solitário Fernando Nogueira perdera as legislativas para o PS de António Guterres. Jorge não partilhou a autocomiseração do PSD. Denunciou a acomodação da direcção e lançou bandeiras: revisão constitucional e um referendo interno sobre a regionalização (à qual sempre se opusera). Queria, disse, "jogar sempre no risco e no limite". Essa demarcação era o seu trunfo para reconquistar o eleitorado jovem que fugira para o CDS.

Foi com Marcelo Rebelo de Sousa, cuja candidatura à presidência do PSD, em 1996, recolheu o apoio de Moreira da Silva, que surgiram profundas divergências entre a liderança do partido e a JSD, por causa da intenção de acabar com a dupla capacidade eleitoral dos jotas. A ideia era defendida pelo então secretário-geral do PSD, Rui Rio, que pretendia "castigar" a JSD pela sua "autonomia". Rio entendia que a JSD precisava de "ser moralizada e posta na linha", criticava o líder da Jota.

Moreira da Silva nunca acusou directamente Marcelo de querer calar a JSD, optando por insistir que o presidente social-democrata não tinha feito as escolhas mais acertadas para a sua direcção. A relação de Jorge e Rebelo de Sousa era comparada à de Passos Coelho e Cavaco Silva - os líderes da Jota eram a pedra no sapato dos presidentes do PSD.

Choque com Marcelo

Em Julho de 1996, Marcelo aproveitou o 20.º aniversário da Jota para anunciar que as propostas estatutárias tinham sido retiradas, mas no ano seguinte voltou a chocar com Moreira da Silva por causa da nova lei das propinas, do PS. Os jotas estavam contra, mas a bancada viabilizou a proposta socialista.

A relação entre Moreira da Silva e Rebelo de Sousa estava presa por um fio. E o rol de críticos da liderança de Jorge ganhou novos adeptos. Recandidatou-se, em Janeiro de 1998, e ganhou por apenas 13 votos a Pedro Duarte. "Um político não é um actor, é um homem de convicções", disse no rescaldo do congresso.

Contudo, não conseguiu conter o clima de guerrilha interna que terminou com a sua demissão, em Junho do mesmo ano. Sai derrotado na sua oposição a uma coligação pré-eleitoral com o CDS-PP (a reedição da AD). O único peso-pesado do PSD que o acompanhou foi Durão Barroso.

No Congresso do PSD em Tavira, Jorge afirmou que lhe repugnava fazer uma campanha ao lado da Juventude Centrista e os congressistas devolveram-lhe o ataque com o chumbo (inédito) da moção da JSD. "Não tenciono desenvolver qualquer actividade político-partidária nos tempos mais próximos", disse pouco depois. Mas um ano mais tarde era o candidato indicado por Rebelo de Sousa para as eleições europeias. Bruxelas era uma espécie de exílio dourado para as vozes mais incómodas de alguns partidos. Contudo, conseguiu inverter esse destino.

Aos 28 anos, o ex-jota que já tinha lançado algumas acções de ambiente encontra no Parlamento Europeu (PE) a chave da sua carreira política e profissional: o desenvolvimento sustentável. Propõe-se e agarra a oportunidade de substituir Carlos Pimenta na Comissão de Ambiente e no cargo de relator permanente das Alterações Climáticas. Durante 15 anos seguidos, até 2003, dois portugueses fazem a opinião do PE em matéria de alterações climáticas. Era uma posição rara por ser contínua - as comissões trabalham normalmente directiva a directiva. Moreira da Silva chefia a delegação do PE às conferências internacionais do clima. Esteve na recta final da redacção do protocolo de Quioto e deixa Bruxelas com o respeito dos seus pares, em 2003, ano em que é aprovada a Directiva que cria o Sistema Europeu do Comércio de Emissões de Gases com Efeito de Estufa. Foi o seu relator, negociador e autor.

Após passar pelos governos de Barroso e Santana, como secretário de Estado, primeiro da Ciência, depois do Ambiente, voltou ao palco internacional. Em 2009, conseguiu o cargo de conselheiro sénior na área da Energia e Alterações Climáticas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ao fim de meses de selecção. Não pediu referências a ninguém para juntar à sua candidatura. Cavaco Silva, de quem era na altura consultor para a Ciência, Ambiente e Energia, soube da candidatura quando o próprio anunciou que ia mudar de vida.

Há dois anos que Moreira da Silva resiste a ir viver para Nova Iorque, e atravessa várias vezes por mês o Atlântico e a Europa, mantendo a família em Lisboa. Pelo caminho, subiu de posto dentro da ONU e chegou a director da área da Economia das Alterações Climáticas. É o segundo português mais destacado na hierarquia das Nações Unidas, a seguir a Guterres, e o único sem nomeação política.

Nas últimas legislativas, o apelo político voltou a entusiasmá-lo. Fez a parte do Ambiente do programa do PSD e foi convidado para formar um ministério com ambiente, transportes e energia juntos. As dores de parto da coligação levaram Passos a "desconvidá-lo" e a dar a pasta a Assunção Cristas. Como a vida também brinca às vezes, foi o seu irmão mais novo, Miguel, o autor da área do ambiente no programa do CDS, do qual é militante. Miguel foi até há algumas semanas assessor de Cristas, mas abandonou o gabinete para concluir o doutoramento.

Moreira da Silva não desanimou. Às funções no PNUD juntou, no segundo semestre de 2011, o lançamento da Plataforma para o Crescimento Sustentável (PCS), um think tank apadrinhado por Pinto Balsemão e Belmiro de Azevedo. O PCS vai a caminho da sua terceira conferência internacional, como espaço de discussão à margem da lógica partidária.

Entre o desconvite e o think tank, nem Moreira da Silva se afastou de Passos, nem Passos ficou melindrado, marcando presença. A cumplicidade entre os dois supera a "política dos dias", na opinião dos que os conhecem bem.

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No passado fim-de-semana, perante um congresso surpreendido com a sua escolha para coordenador político do PSD, Moreira da Silva adiantou algumas premissas do próximo combate eleitoral - as autárquicas de 2013 - e fez avisos à navegação. "Não vamos ganhá-las por nós. Precisamos de ganhar por Portugal", disse, permitindo descortinar que a sua estratégia não obedecerá a uma mera distribuição de lugares.

Este projecto, aliás, poderá ser o mais benéfico para o PSD, que admite vir a ser penalizado nas autárquicas. A ideia é apostar numa renovação de candidatos. Adiantou, ainda no congresso, três princípios que nortearão a estratégia: "Continuar a prestar bons serviços aos nossos cidadãos num ambiente de forte restrição financeira; combater a desertificação do interior; e olhar para as cidades como factores de competitividade".

A possibilidade de uma ruptura com o poder do aparelho do PSD não agrada a muitos militantes, desde os que ocupam as bases até ao topo da hierarquia. Os próximos tempos serão determinantes. O que leva para o confronto com a máquina é a liberdade com que está na política. "Quem entra com liberdade, nunca a perde", defende um amigo.

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