“O nosso objetivo é vencer a doença, não é perguntar se as pessoas têm dor”, diz Passos

12-05-2015
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O primeiro-ministro e presidente do PSD comparou na segunda-feira à noite a sua governação a um processo de cura de uma doença que esteve determinado a aplicar uma dada terapêutica apesar dos efeitos secundários. Pedro Passos Coelho recorreu a esta imagem durante uma iniciativa da Juventude Social Democrata (JSD), em Cascais, depois de ser questionado por um jovem sobre o dilema entre fazer o que se considera correto e pensar no impacto das medidas.

“O objetivo que temos é o de vencer a doença, não é o de perguntar se as pessoas durante esse processo têm febre ou têm dor ou se gostam do sabor do xarope ou se o medicamento que tomam lhes faz um bocado mal ao estômago ou qualquer outra coisa, quer dizer, se os efeitos secundários de todo o processo por que se passa valem ou não valem a cura”, afirmou, acrescentando que “quando nos queremos curar de alguma coisa, fixamo-nos muito nesse objetivo e levamos por essa via o nosso dilema de outra maneira que não levaríamos se achássemos que tínhamos aqui uma discricionariedade muito maior”.

Passos Coelho começou por referir que tomou “muitas decisões” como primeiro-ministro “que tiveram um impacto grande na vida das pessoas: na vida de funcionários públicos, na vida de pensionistas, na vida de muitas pessoas que viviam daquilo que o Estado investia, do investimento público”. “E esse dilema eu resolvi desta maneira: nós temos de ter um Estado que seja sustentável para futuro. Se não o tivermos sustentável, então nós teremos de regressar ao dia em que tivemos de pedir ajuda externa. E nesse dia a fatura paga é muito superior, e a dor é muitíssimo maior”, prosseguiu.

O primeiro-ministro acrescentou ainda que agiu “como qualquer pessoa que conduz um processo de terapia”, defendendo que nos últimos anos Portugal esteve sujeito a “uma terapêutica”, num quadro de “escolha muito reduzida”. Passos Coelho considerou que qualquer Governo se pudesse “era mais simpático ou mais popular” e que nenhum executivo tem “qualquer prazer em desenvolver programas que provoquem dor social ou que provoquem contração da economia”, nem governa para “magoar as pessoas” ou “perder eleições”.

Na mesma intervenção, o primeiro-ministro arriscou ainda dizer que espera um entendimento com o PS sobre a reforma da Segurança Social logo após as eleições legislativas. Insistindo que são necessárias medidas “do lado da Segurança Social”, Passos defendeu que o Governo já apresentou um número “que é relevante para atingir o resultado que se pretende”: 600 milhões de euros e instou o PS a juntar-se na procura de uma solução.

“O PS agora também reconhece que esse problema existe” e defendeu que deve ser encontrada “uma solução que seja o mais consensual possível”, disse. “Infelizmente, isso não foi possível de alcançar até às eleições com o PS. Mas eu espero que seja possível logo a seguir”, disse.

Nesta intervenção, Passos Coelho não avançou nenhuma proposta concreta de reforma da Segurança Social, considerando apenas que “era bom que, independentemente de quem viesse a ganhar as eleições, as pessoas soubessem que esse problema pode ser resolvido e como é que pode ser resolvido”.

O primeiro-ministro e presidente do PSD comparou na segunda-feira à noite a sua governação a um processo de cura de uma doença que esteve determinado a aplicar uma dada terapêutica apesar dos efeitos secundários. Pedro Passos Coelho recorreu a esta imagem durante uma iniciativa da Juventude Social Democrata (JSD), em Cascais, depois de ser questionado por um jovem sobre o dilema entre fazer o que se considera correto e pensar no impacto das medidas.

“O objetivo que temos é o de vencer a doença, não é o de perguntar se as pessoas durante esse processo têm febre ou têm dor ou se gostam do sabor do xarope ou se o medicamento que tomam lhes faz um bocado mal ao estômago ou qualquer outra coisa, quer dizer, se os efeitos secundários de todo o processo por que se passa valem ou não valem a cura”, afirmou, acrescentando que “quando nos queremos curar de alguma coisa, fixamo-nos muito nesse objetivo e levamos por essa via o nosso dilema de outra maneira que não levaríamos se achássemos que tínhamos aqui uma discricionariedade muito maior”.

Passos Coelho começou por referir que tomou “muitas decisões” como primeiro-ministro “que tiveram um impacto grande na vida das pessoas: na vida de funcionários públicos, na vida de pensionistas, na vida de muitas pessoas que viviam daquilo que o Estado investia, do investimento público”. “E esse dilema eu resolvi desta maneira: nós temos de ter um Estado que seja sustentável para futuro. Se não o tivermos sustentável, então nós teremos de regressar ao dia em que tivemos de pedir ajuda externa. E nesse dia a fatura paga é muito superior, e a dor é muitíssimo maior”, prosseguiu.

O primeiro-ministro acrescentou ainda que agiu “como qualquer pessoa que conduz um processo de terapia”, defendendo que nos últimos anos Portugal esteve sujeito a “uma terapêutica”, num quadro de “escolha muito reduzida”. Passos Coelho considerou que qualquer Governo se pudesse “era mais simpático ou mais popular” e que nenhum executivo tem “qualquer prazer em desenvolver programas que provoquem dor social ou que provoquem contração da economia”, nem governa para “magoar as pessoas” ou “perder eleições”.

Na mesma intervenção, o primeiro-ministro arriscou ainda dizer que espera um entendimento com o PS sobre a reforma da Segurança Social logo após as eleições legislativas. Insistindo que são necessárias medidas “do lado da Segurança Social”, Passos defendeu que o Governo já apresentou um número “que é relevante para atingir o resultado que se pretende”: 600 milhões de euros e instou o PS a juntar-se na procura de uma solução.

“O PS agora também reconhece que esse problema existe” e defendeu que deve ser encontrada “uma solução que seja o mais consensual possível”, disse. “Infelizmente, isso não foi possível de alcançar até às eleições com o PS. Mas eu espero que seja possível logo a seguir”, disse.

Nesta intervenção, Passos Coelho não avançou nenhuma proposta concreta de reforma da Segurança Social, considerando apenas que “era bom que, independentemente de quem viesse a ganhar as eleições, as pessoas soubessem que esse problema pode ser resolvido e como é que pode ser resolvido”.

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