Kruzes Kanhoto: E o burro sou eu?!

02-07-2011
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Mário
Soares terá dito em certa ocasião, à laia de justificação para
alguma incoerência no seu discurso, que apenas os burros não mudam
de ideias. É uma tirada que gosto de citar, até porque não tenho
receio absolutamente nenhum de mudar de opinião quando me demonstram
– ou descubro por mim – que estou equivocado. Há, no entanto,
assuntos acerca dos quais ninguém me consegue “desmontar da
burra”. Por mais que ilustres entendidos nas matérias alvo da
minha casmurrice se esforcem em demonstrar quanto o meu entendimento,
relativamente à matéria em apreço, apresenta graves falhas. Pode,
até, ser assim. Aceito que, sendo um leigo em quase tudo –
ignorante, vá – não terei grandes argumentos académicos para
contraditar os detentores da sabedoria. O pior – infelizmente,
porque nem sempre fico satisfeito por ter razão – é que o tempo
acaba por demonstrar que, afinal, os experts não são assim tão
espertos.

Vem
isto a propósito do programa de governo apresentado hoje.
Nomeadamente da ideia peregrina de criar um imposto extraordinário
sobre o subsidio de natal. Ando há anos a escrever neste blogue –
e noutros espaços onde vou mandando uns bitaites – que não será
retirando dinheiro às famílias, seja aumentando impostos, baixando
salários ou inventado outras manigâncias, que o problema do défice
do Estado se resolve. Esta receita é velha e está mais que provada
a sua ineficácia perante os objectivos que quem a implementa
pretende atingir. Basta ver que tem sido aplicada continuamente nos
últimos dez anos com o sucesso que se conhece.

Ainda
assim Passos Coelho e os restantes rapazolas que o rodeiam insistem
em trilhar este caminho. Com o aplauso, quase envergonhado, de muita
gente com idade para ter juízo. Uns e outros deviam saber que existe
um ponto a partir do qual as pessoas não estão dispostas a pagar
mais impostos. Ou não querem. Ou não podem. Ou, como dizia um que
também revela uma especial queda para o bitaite, há limites para os
sacrifícios. E esse ponto está prestes a ser deixado para trás.
Com as consequências que não são difíceis de imaginar. E o burro
sou eu?!

Mário
Soares terá dito em certa ocasião, à laia de justificação para
alguma incoerência no seu discurso, que apenas os burros não mudam
de ideias. É uma tirada que gosto de citar, até porque não tenho
receio absolutamente nenhum de mudar de opinião quando me demonstram
– ou descubro por mim – que estou equivocado. Há, no entanto,
assuntos acerca dos quais ninguém me consegue “desmontar da
burra”. Por mais que ilustres entendidos nas matérias alvo da
minha casmurrice se esforcem em demonstrar quanto o meu entendimento,
relativamente à matéria em apreço, apresenta graves falhas. Pode,
até, ser assim. Aceito que, sendo um leigo em quase tudo –
ignorante, vá – não terei grandes argumentos académicos para
contraditar os detentores da sabedoria. O pior – infelizmente,
porque nem sempre fico satisfeito por ter razão – é que o tempo
acaba por demonstrar que, afinal, os experts não são assim tão
espertos.

Vem
isto a propósito do programa de governo apresentado hoje.
Nomeadamente da ideia peregrina de criar um imposto extraordinário
sobre o subsidio de natal. Ando há anos a escrever neste blogue –
e noutros espaços onde vou mandando uns bitaites – que não será
retirando dinheiro às famílias, seja aumentando impostos, baixando
salários ou inventado outras manigâncias, que o problema do défice
do Estado se resolve. Esta receita é velha e está mais que provada
a sua ineficácia perante os objectivos que quem a implementa
pretende atingir. Basta ver que tem sido aplicada continuamente nos
últimos dez anos com o sucesso que se conhece.

Ainda
assim Passos Coelho e os restantes rapazolas que o rodeiam insistem
em trilhar este caminho. Com o aplauso, quase envergonhado, de muita
gente com idade para ter juízo. Uns e outros deviam saber que existe
um ponto a partir do qual as pessoas não estão dispostas a pagar
mais impostos. Ou não querem. Ou não podem. Ou, como dizia um que
também revela uma especial queda para o bitaite, há limites para os
sacrifícios. E esse ponto está prestes a ser deixado para trás.
Com as consequências que não são difíceis de imaginar. E o burro
sou eu?!

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