Câmara Corporativa: Liderança

03-07-2011
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Ímpeto reformista sem capacidade reformista é impotente. Pior, leva-nos de volta ao ponto de partida.Qualquer reforma tem que ser guiada pela visão de um propósito final. Sem isso, é destituída de sentido. Quem quer conduzir reformas ambiciosas mantém os olhos fixados na meta, não nos obstáculos. Só assim pode mobilizar aliados, neutralizar indecisos e isolar adversários.É no sentido da transformação pretendida que deve ser centrada a mensagem. O que se pretende conseguir com o esforço proposto? Segue-se o trabalho incansável de doutrinação positiva destinada a desfazer dúvidas e a tranquilizar os destinatários que nada têm a perder com o processo.Concentrar esforços é essencial. Em primeiro lugar, porque os recursos são escassos; em segundo porque a multiplicação das frentes facilita a constituição de coligações negativas.Nunca é de mais insistir no problema da escassez dos recursos. Pouca gente dispõe da convicção e da competência necessárias para trabalhar nos detalhes do planeamento, implementação e controlo das mudanças.Não deve haver nenhum português que não tenha pelo menos um professor na família. Logo, ninguém desconhece o desvario e a incompetência de que quotidianamente dá provas a máquina do Ministério da Educação no seu relacionamento com as escolas. É fácil entender o efeito desmoralizador que isso tem sobre o conjunto dos professores.Que pode o governo fazer agora?O afastamento da Ministra da Educação será o fim de José Sócrates. A manutenção da Ministra sem qualquer alteração da sua política será o fim de José Sócrates.Os maiores erros do Ministério da Educação têm sido: primeiro, a abertura de novas frentes de luta umas atrás das outras sem consolidação prévia dos resultados alcançados; segundo, o amadorismo e a improvisação na implementação das reformas.Que sentido faz mexer no ensino especial e no ensino musical agora? E que sentido faz introduzir alterações em larga escala de Norte a Sul do país sem primeiro testá-las em situações mais limitadas?Que sentido faz lançar a avaliação dos professores antes de alterar o sistema de gestão das escolas, se a avaliação não passa de um aspecto parcelar da gestão?A prioridade do governo deve ser a reforma do sistema de gestão das escolas. É essa a questão decisiva, a peça a partir da qual tudo o resto poderá ser transformado. Além do mais, conta com o apoio massivo dos pais e das autarquias, e nenhum partido político tem argumentos de peso para se lhe opor.


Ímpeto reformista sem capacidade reformista é impotente. Pior, leva-nos de volta ao ponto de partida.Qualquer reforma tem que ser guiada pela visão de um propósito final. Sem isso, é destituída de sentido. Quem quer conduzir reformas ambiciosas mantém os olhos fixados na meta, não nos obstáculos. Só assim pode mobilizar aliados, neutralizar indecisos e isolar adversários.É no sentido da transformação pretendida que deve ser centrada a mensagem. O que se pretende conseguir com o esforço proposto? Segue-se o trabalho incansável de doutrinação positiva destinada a desfazer dúvidas e a tranquilizar os destinatários que nada têm a perder com o processo.Concentrar esforços é essencial. Em primeiro lugar, porque os recursos são escassos; em segundo porque a multiplicação das frentes facilita a constituição de coligações negativas.Nunca é de mais insistir no problema da escassez dos recursos. Pouca gente dispõe da convicção e da competência necessárias para trabalhar nos detalhes do planeamento, implementação e controlo das mudanças.Não deve haver nenhum português que não tenha pelo menos um professor na família. Logo, ninguém desconhece o desvario e a incompetência de que quotidianamente dá provas a máquina do Ministério da Educação no seu relacionamento com as escolas. É fácil entender o efeito desmoralizador que isso tem sobre o conjunto dos professores.Que pode o governo fazer agora?O afastamento da Ministra da Educação será o fim de José Sócrates. A manutenção da Ministra sem qualquer alteração da sua política será o fim de José Sócrates.Os maiores erros do Ministério da Educação têm sido: primeiro, a abertura de novas frentes de luta umas atrás das outras sem consolidação prévia dos resultados alcançados; segundo, o amadorismo e a improvisação na implementação das reformas.Que sentido faz mexer no ensino especial e no ensino musical agora? E que sentido faz introduzir alterações em larga escala de Norte a Sul do país sem primeiro testá-las em situações mais limitadas?Que sentido faz lançar a avaliação dos professores antes de alterar o sistema de gestão das escolas, se a avaliação não passa de um aspecto parcelar da gestão?A prioridade do governo deve ser a reforma do sistema de gestão das escolas. É essa a questão decisiva, a peça a partir da qual tudo o resto poderá ser transformado. Além do mais, conta com o apoio massivo dos pais e das autarquias, e nenhum partido político tem argumentos de peso para se lhe opor.

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