Primeiro-ministro recusa taxar fortunas

01-09-2011
marcar artigo

Os impostos sobre os mais ricos têm sido muito debatidos na comunicação social após o apelo de Warren Buffet para que os super-ricos dos EUA pagassem mais impostos, mas a posição do primeiro-ministro português é um “não” rotundo. “Não porque precisamos de atrair fortunas, investimento e capital externo”, argumenta Passos Coelho, numa entrevista publicada hoje pelo diário espanhol El País.

Na sua opinião, “se tivéssemos decidido aumentar a pressão fiscal sobre o capital e as fortunas, teríamos um problema de financiamento da economia mais grave do que temos”. Em relação à assimetria fiscal em Portugal entre os rendimentos do trabalho e do capital (a taxa dos primeiros é o dobro da dos segundos para o mesmo nível de rendimentos), Passos lembra que “a assimetria fiscal é patente em toda e UE” e que “um espaço económico amplo como a UE deve permitir uma convergência para evitar tanta fuga de capital”, porque se Portugal adoptar medidas fiscais “muito mais agressivas”, os capitais fugiriam para outros países”.

O primeiro-ministro, disse ao seu homólogo espanhol, José Luís Zapatero, que Portugal não tem condições de avançar agora com o projecto da ligação de Lisboa a Madrid em alta-velocidade ferroviária, mas manifestou interesse numa ligação ferroviária para transporte de mercadorias entre Sines e o Centro da Europa em bitola europeia.

Passos Coelho considera que “as nossas dificuldade económicas impedem que nos próximos anos este projecto possa avançar como estava programado”, mas ressalva que “a única coisa definitiva é a morte”.

Por outro lado, foi reafirmada “a prioridade que os dois Governos dão à rede ferroviária de mercadorias”, pois para Portugal “é fundamental ter um corredor central em bitola europeia que ligue, a partir dos portos de Sines e Algeciras, a península com o resto da Europa”, que o primeiro-ministro considera mais prioritário que o transporte de passageiros em alta-velocidade.

Passos Coelho explicou ainda que os dois grandes objectivos das visitas a Madrid, Paris e Berlim são explicar o programa português de consolidação orçamental e de redução da dívida pública, bem como as reformas em curso no funcionamento da economia do país, por um lado, e trocar informações sobre os mecanismos europeus de resposta à crise financeira, na sequência da resolução adoptada na cimeira de 21 de Julho.

O Governo também não receia uma eventual onda de protestos e conflitos sociais, como acontece na Grécia, porque os sacrifícios “são o bilhete de saída da crise” – frase que foi escolhida pelo El País para título da entrevista.

Os impostos sobre os mais ricos têm sido muito debatidos na comunicação social após o apelo de Warren Buffet para que os super-ricos dos EUA pagassem mais impostos, mas a posição do primeiro-ministro português é um “não” rotundo. “Não porque precisamos de atrair fortunas, investimento e capital externo”, argumenta Passos Coelho, numa entrevista publicada hoje pelo diário espanhol El País.

Na sua opinião, “se tivéssemos decidido aumentar a pressão fiscal sobre o capital e as fortunas, teríamos um problema de financiamento da economia mais grave do que temos”. Em relação à assimetria fiscal em Portugal entre os rendimentos do trabalho e do capital (a taxa dos primeiros é o dobro da dos segundos para o mesmo nível de rendimentos), Passos lembra que “a assimetria fiscal é patente em toda e UE” e que “um espaço económico amplo como a UE deve permitir uma convergência para evitar tanta fuga de capital”, porque se Portugal adoptar medidas fiscais “muito mais agressivas”, os capitais fugiriam para outros países”.

O primeiro-ministro, disse ao seu homólogo espanhol, José Luís Zapatero, que Portugal não tem condições de avançar agora com o projecto da ligação de Lisboa a Madrid em alta-velocidade ferroviária, mas manifestou interesse numa ligação ferroviária para transporte de mercadorias entre Sines e o Centro da Europa em bitola europeia.

Passos Coelho considera que “as nossas dificuldade económicas impedem que nos próximos anos este projecto possa avançar como estava programado”, mas ressalva que “a única coisa definitiva é a morte”.

Por outro lado, foi reafirmada “a prioridade que os dois Governos dão à rede ferroviária de mercadorias”, pois para Portugal “é fundamental ter um corredor central em bitola europeia que ligue, a partir dos portos de Sines e Algeciras, a península com o resto da Europa”, que o primeiro-ministro considera mais prioritário que o transporte de passageiros em alta-velocidade.

Passos Coelho explicou ainda que os dois grandes objectivos das visitas a Madrid, Paris e Berlim são explicar o programa português de consolidação orçamental e de redução da dívida pública, bem como as reformas em curso no funcionamento da economia do país, por um lado, e trocar informações sobre os mecanismos europeus de resposta à crise financeira, na sequência da resolução adoptada na cimeira de 21 de Julho.

O Governo também não receia uma eventual onda de protestos e conflitos sociais, como acontece na Grécia, porque os sacrifícios “são o bilhete de saída da crise” – frase que foi escolhida pelo El País para título da entrevista.

marcar artigo