Milhares de pessoas no cortejo dos tabuleiros em Tomar (fotogaleria)

12-10-2015
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Milhares de pessoas encheram a cidade de Tomar, que se engalanou para assistir ao mais importante dos cortejos da Festa dos Tabuleiros, com a presença do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

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Milhares de pessoas encheram a cidade de Tomar que se engalanou para assistir ao mais importante dos cortejos da Festa dos Tabuleiros, que o primeiro-ministro considerou "muito especial".

Pedro Passos Coelho, ao lado da mulher, assistiu, na Praça da República, ao desfile e bênção dos 704 tabuleiros que percorreram cerca de cinco quilómetros de ruas enfeitadas com milhares de flores de papel e ornamentadas com colchas nas varandas e janelas.

"É uma festa muito especial, primeiro porque só ocorre de quatro em quatro anos, segundo porque, como podem ver - e eu também já pude constatar - é uma festa que mobiliza pessoas de todos os pontos do país", disse Pedro Passos Coelho, que se fez acompanhar pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares e presidente da Assembleia Municipal de Tomar, Miguel Relvas.

"Uma festa realmente impressionante"

O primeiro-ministro, que pela primeira vez assistiu ao maior dos cortejos da Festa dos Tabuleiros, tendo sido recebido com palmas por muitos populares, acrescentou: "Uma festa realmente impressionante".

A paragem na Praça da República foi um momento de pausa no desfile. Neste local, o bispo de Santarém, Manuel Pelino, procedeu à bênção dos tabuleiros que, depois do terceiro toque do sino, foram, em simultâneo, novamente levantados, prosseguindo o desfile pelas ruas da cidade.

O bispo manifestou o desejo de que a Festa dos Tabuleiros seja inspiradora para a "alegria, justiça e solidariedade".

"Isto é a coisa mais bonita que se faz de quatro em quatro anos"

Nas ruas, repletas de gente que atirava papelinhos de múltiplas cores à passagem dos tabuleiros, houve quem chegasse bem cedo para garantir lugar. Foi o caso de Jaime Rodrigues, oriundo de Santa Maria da Feira, que às 10:40 já tinha tomado lugar próximo da Mata Nacional dos Sete Montes, de onde as centenas de tabuleiros sairiam mais de cinco horas depois.

"Isto é a coisa mais bonita que se faz de quatro em quatro anos. Se não valesse a pena não estaria aqui a fazer o sacrifício que estou a fazer", comentou Jaime Rodrigues à Lusa.

Com uma vista diferente e privilegiada, estava António Guilherme. Nascido em Tomar e a viver em Lisboa, tinha à disposição a varanda da casa da família.

Tabuleiros com 15 quilos

Sem nunca ter falhado o grande cortejo, António Guilherme destacou a originalidade crescente do certame -- "sem nunca perder a tradição -, visível na "ornamentação das ruas".

Já Cláudia Silva, de Alcobaça, apontou "a forma como toda a comunidade e os habitantes estão envolvidos".

No cortejo, onde estão representadas as 16 freguesias do concelho, as mulheres, que transportam um tabuleiro com cerca de 15 quilos, desfilam vestidas de branco e com uma fita de cor à cintura ou a tiracolo, a mesma cor da gravata que os respetivos acompanhantes envergam.

Cada tabuleiro, decorado com flores de papel, tem a altura da mulher que o leva à cabeça, sendo constituído por 30 pães e tendo no alto uma coroa com a pomba do Espírito Santo ou a Cruz de Cristo.

A Festa dos Tabuleiros ou Festa do Divino Espírito Santo, retomada no século passado, tem origem pagã relacionada com a época das colheitas e adquiriu caráter religioso na Idade Média, pela Rainha Santa Isabel, que lançou as bases da Congregação do Espírito Santo.

A festa termina na segunda-feira com o cortejo do bodo, onde são distribuídos pão, vinho e carne pelos mais necessitados do concelho.

Milhares de pessoas encheram a cidade de Tomar, que se engalanou para assistir ao mais importante dos cortejos da Festa dos Tabuleiros, com a presença do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

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Milhares de pessoas encheram a cidade de Tomar que se engalanou para assistir ao mais importante dos cortejos da Festa dos Tabuleiros, que o primeiro-ministro considerou "muito especial".

Pedro Passos Coelho, ao lado da mulher, assistiu, na Praça da República, ao desfile e bênção dos 704 tabuleiros que percorreram cerca de cinco quilómetros de ruas enfeitadas com milhares de flores de papel e ornamentadas com colchas nas varandas e janelas.

"É uma festa muito especial, primeiro porque só ocorre de quatro em quatro anos, segundo porque, como podem ver - e eu também já pude constatar - é uma festa que mobiliza pessoas de todos os pontos do país", disse Pedro Passos Coelho, que se fez acompanhar pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares e presidente da Assembleia Municipal de Tomar, Miguel Relvas.

"Uma festa realmente impressionante"

O primeiro-ministro, que pela primeira vez assistiu ao maior dos cortejos da Festa dos Tabuleiros, tendo sido recebido com palmas por muitos populares, acrescentou: "Uma festa realmente impressionante".

A paragem na Praça da República foi um momento de pausa no desfile. Neste local, o bispo de Santarém, Manuel Pelino, procedeu à bênção dos tabuleiros que, depois do terceiro toque do sino, foram, em simultâneo, novamente levantados, prosseguindo o desfile pelas ruas da cidade.

O bispo manifestou o desejo de que a Festa dos Tabuleiros seja inspiradora para a "alegria, justiça e solidariedade".

"Isto é a coisa mais bonita que se faz de quatro em quatro anos"

Nas ruas, repletas de gente que atirava papelinhos de múltiplas cores à passagem dos tabuleiros, houve quem chegasse bem cedo para garantir lugar. Foi o caso de Jaime Rodrigues, oriundo de Santa Maria da Feira, que às 10:40 já tinha tomado lugar próximo da Mata Nacional dos Sete Montes, de onde as centenas de tabuleiros sairiam mais de cinco horas depois.

"Isto é a coisa mais bonita que se faz de quatro em quatro anos. Se não valesse a pena não estaria aqui a fazer o sacrifício que estou a fazer", comentou Jaime Rodrigues à Lusa.

Com uma vista diferente e privilegiada, estava António Guilherme. Nascido em Tomar e a viver em Lisboa, tinha à disposição a varanda da casa da família.

Tabuleiros com 15 quilos

Sem nunca ter falhado o grande cortejo, António Guilherme destacou a originalidade crescente do certame -- "sem nunca perder a tradição -, visível na "ornamentação das ruas".

Já Cláudia Silva, de Alcobaça, apontou "a forma como toda a comunidade e os habitantes estão envolvidos".

No cortejo, onde estão representadas as 16 freguesias do concelho, as mulheres, que transportam um tabuleiro com cerca de 15 quilos, desfilam vestidas de branco e com uma fita de cor à cintura ou a tiracolo, a mesma cor da gravata que os respetivos acompanhantes envergam.

Cada tabuleiro, decorado com flores de papel, tem a altura da mulher que o leva à cabeça, sendo constituído por 30 pães e tendo no alto uma coroa com a pomba do Espírito Santo ou a Cruz de Cristo.

A Festa dos Tabuleiros ou Festa do Divino Espírito Santo, retomada no século passado, tem origem pagã relacionada com a época das colheitas e adquiriu caráter religioso na Idade Média, pela Rainha Santa Isabel, que lançou as bases da Congregação do Espírito Santo.

A festa termina na segunda-feira com o cortejo do bodo, onde são distribuídos pão, vinho e carne pelos mais necessitados do concelho.

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