Passos: “Eleições terão consequências em todos os partidos”

05-10-2015
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Campanha voltou a abrandar e a entrar em circuito fechado. Para mostrar o país que deu certo, evitar riscos desnecessários e recarregar baterias para o final da semana

Pedro Passos Coelho admitiu esta terça-feira que os resultados das eleições terão consequências na vida interna dos partidos. "Em todos", frisou - incluindo, portanto, o PSD. "O mais normal é que os resultados das eleições tenham consequências nos partidos. (...) É a coisa mais natural do mundo", disse Passos, mas sem relevar o que tenciona fazer caso acabe o próximo domingo com uma derrota.

O líder social-democrata respondia às perguntas dos jornalistas na sequência da entrevista que deu na segunda-feira à SIC. Nessa entrevista, o primeiro-ministro foi questionado sobre a hipótese da coligação ganhar sem maioria absoluta, podendo precisar do apoio do PS no Parlamento - esperaria nesse caso uma mudança de liderança nos socialistas?

O presidente social-democrata foi diplomático, para não se intrometer na vida de outro partido, mas indicou que sim. "Quanto muito posso perguntar-me sobre o que é que acontecerá no PS, depois de uma mudança de liderança em que a preocupação era encontrar alguém com competência para impedir que o Governo ganhasse as eleições. Se o Governo ganhar, isso terá consequências quase de certeza dentro do PS", especulou Passos Coelho.

E se for a direita a ser castigada? "Se o Governo e os dois partidos da coligação forem derrotados, evidentemente qualquer um dos partidos irá avaliar essa situação e eu próprio avaliarei essa situação. Não tenho nenhuma ambição pessoal específica por ser presidente do PSD nem primeiro-ministro", respondeu Passos. Ou seja, a resposta sobre o que fará em caso de derrota continua por dar.

Campanha em ritmo de passeio

Luís Barra

A campanha prossegue esta terça-feira em ritmo de passeio. Depois das grandes mobilizações do final da semana passada e do fim de semana, no Norte, a caravana do Portugal à Frente abrandou o ritmo no centro do país. Com a percepção de que estão em vantagem sobre o PS, e com a pressão para inverter a tendência toda do lado socialista, a coligação evita cometer erros, gere o esforço e recarrega baterias para quinta e sexta-feira, dias em que se esperam grandes provas de força no Porto e em Lisboa.

Até lá, volta a campanha em circuito fechado. Leiria na segunda-feira, Coimbra esta terça, Viseu na quarta-feira, sempre em modo de "Portugal positivo": visitas a empresas de sucesso e explorações agrícolas, com os contactos populares restringidos a quem tem bilhete para os almoços e jantares - e, aí, sempre com as máquinas partidárias a reagir em peso.

Esta terça-feira, até o almoço foi em ambiente fechado, na Aquinos, uma fábrica de colchões e sofás que é um dos maiores empregadores do centro do país. Passos Coelho fez da história de sucesso da empresa um paralelo com os últimos anos do país: a "ousadia", o cuidado de não dar "passos mais largos que a perna", a importância de ter "condições de estabilidade e previsibilidade para poder crescer" - "é isto que pretendemos que aconteça de forma mais intensa no país todo."

Campanha voltou a abrandar e a entrar em circuito fechado. Para mostrar o país que deu certo, evitar riscos desnecessários e recarregar baterias para o final da semana

Pedro Passos Coelho admitiu esta terça-feira que os resultados das eleições terão consequências na vida interna dos partidos. "Em todos", frisou - incluindo, portanto, o PSD. "O mais normal é que os resultados das eleições tenham consequências nos partidos. (...) É a coisa mais natural do mundo", disse Passos, mas sem relevar o que tenciona fazer caso acabe o próximo domingo com uma derrota.

O líder social-democrata respondia às perguntas dos jornalistas na sequência da entrevista que deu na segunda-feira à SIC. Nessa entrevista, o primeiro-ministro foi questionado sobre a hipótese da coligação ganhar sem maioria absoluta, podendo precisar do apoio do PS no Parlamento - esperaria nesse caso uma mudança de liderança nos socialistas?

O presidente social-democrata foi diplomático, para não se intrometer na vida de outro partido, mas indicou que sim. "Quanto muito posso perguntar-me sobre o que é que acontecerá no PS, depois de uma mudança de liderança em que a preocupação era encontrar alguém com competência para impedir que o Governo ganhasse as eleições. Se o Governo ganhar, isso terá consequências quase de certeza dentro do PS", especulou Passos Coelho.

E se for a direita a ser castigada? "Se o Governo e os dois partidos da coligação forem derrotados, evidentemente qualquer um dos partidos irá avaliar essa situação e eu próprio avaliarei essa situação. Não tenho nenhuma ambição pessoal específica por ser presidente do PSD nem primeiro-ministro", respondeu Passos. Ou seja, a resposta sobre o que fará em caso de derrota continua por dar.

Campanha em ritmo de passeio

Luís Barra

A campanha prossegue esta terça-feira em ritmo de passeio. Depois das grandes mobilizações do final da semana passada e do fim de semana, no Norte, a caravana do Portugal à Frente abrandou o ritmo no centro do país. Com a percepção de que estão em vantagem sobre o PS, e com a pressão para inverter a tendência toda do lado socialista, a coligação evita cometer erros, gere o esforço e recarrega baterias para quinta e sexta-feira, dias em que se esperam grandes provas de força no Porto e em Lisboa.

Até lá, volta a campanha em circuito fechado. Leiria na segunda-feira, Coimbra esta terça, Viseu na quarta-feira, sempre em modo de "Portugal positivo": visitas a empresas de sucesso e explorações agrícolas, com os contactos populares restringidos a quem tem bilhete para os almoços e jantares - e, aí, sempre com as máquinas partidárias a reagir em peso.

Esta terça-feira, até o almoço foi em ambiente fechado, na Aquinos, uma fábrica de colchões e sofás que é um dos maiores empregadores do centro do país. Passos Coelho fez da história de sucesso da empresa um paralelo com os últimos anos do país: a "ousadia", o cuidado de não dar "passos mais largos que a perna", a importância de ter "condições de estabilidade e previsibilidade para poder crescer" - "é isto que pretendemos que aconteça de forma mais intensa no país todo."

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