Passos com os olhos na Grécia: “A estratégia que seguimos foi a mais acertada”

08-07-2015
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Foi um dos discursos mais curtos e incisivos de Pedro Passos Coelho. Quatro anos depois de ter chegado ao poder e a três meses de voltar a ir a votos, o primeiro-ministro quis deixar sobretudo duas mensagens. ''A estratégia de rigor e credibilidade que seguimos foi a mais acertada'' e ''infelizmente não pudemos contar com as oposições, que talvez preferissem continuar a discutir um segundo resgate''.

O pano de fundo ficou muito claro: chama-se Grécia e o balanço governamental do Estado da Nação não facilita nessa frente. ''Da nossa parte nunca faremos dos portugueses cobaias de experiências políticas nem instrumentos para obter este ou aquele pergaminho'', afirmou o PM, pedindo concentração ''no essencial e no que verdadeiramente conta, com realismo e os olhos no futuro''.

E o que é que realmente conta? ''O maior programa de reformas estruturais da nossa história democrática'', ''a recuperação económica do país que é um facto indesmentível'' e ''essa combinação de disciplina nas contas e crescimento económico que agora permite, à beira de eleições, que alguns prometam realizar reposições a um ritmo ligeiramente mais rápido''.

Mas Passos Coelho não reconhece qualquer mérito às oposições: ''não pudemos infelizmente contar com elas''. Muito menos para reconhecer que ''apesar das dificuldades, o Governo não falhou''.

Crítico do estado da Europa, o primeiro-ministro falou dos desafios europeus e das reformas que ele próprio tem defendido, a começar pela união monetária e por novos mecanismos do Banco Central Europau. O tempo, afirmou Passos Coelho, ''é de recuperação'' na frente europeia e, apesar ''da grave crise grega'', o PM defende que é tempo ''de reparar as lacunas institucionais'' que persistem no seio da União.

Já a aquecer para a campanha eleitoral que aí vem, Passos levou na manga um documento para fazer títulos nos telejornais - ''o PS fala dos sete pecados capitais do Governo, eu vou falar das 10 pragas que o Governo socialista nos deixou'', a começar pelas obras faraónicas do consulado de Sócrates e a acabar no desemprego estrutural acima dos 10%, passando, claro, pela nacionalização do BPN e pelos défices ''volumosos'' e ''o endividamento galopante que culminou na expulsão de Portugal dos mercados financeiros e no pedido da vinda da troika''.

José Sócrates e a Grécia não saem do guião eleitoral da maioria. E Passos Coelho espicaça os socialistas por ''reagirem com azia aos resultados que alcançámos''. Quanto à ideia de que Portugal tem complicado a vida a Atenas nas reuniões em Bruxelas, Passos diz que isso é ''simplesmente risível''.

De Tsipras, nem uma palavra. Só um aviso: ''Em todas as nações europeias há democracias''.

Foi um dos discursos mais curtos e incisivos de Pedro Passos Coelho. Quatro anos depois de ter chegado ao poder e a três meses de voltar a ir a votos, o primeiro-ministro quis deixar sobretudo duas mensagens. ''A estratégia de rigor e credibilidade que seguimos foi a mais acertada'' e ''infelizmente não pudemos contar com as oposições, que talvez preferissem continuar a discutir um segundo resgate''.

O pano de fundo ficou muito claro: chama-se Grécia e o balanço governamental do Estado da Nação não facilita nessa frente. ''Da nossa parte nunca faremos dos portugueses cobaias de experiências políticas nem instrumentos para obter este ou aquele pergaminho'', afirmou o PM, pedindo concentração ''no essencial e no que verdadeiramente conta, com realismo e os olhos no futuro''.

E o que é que realmente conta? ''O maior programa de reformas estruturais da nossa história democrática'', ''a recuperação económica do país que é um facto indesmentível'' e ''essa combinação de disciplina nas contas e crescimento económico que agora permite, à beira de eleições, que alguns prometam realizar reposições a um ritmo ligeiramente mais rápido''.

Mas Passos Coelho não reconhece qualquer mérito às oposições: ''não pudemos infelizmente contar com elas''. Muito menos para reconhecer que ''apesar das dificuldades, o Governo não falhou''.

Crítico do estado da Europa, o primeiro-ministro falou dos desafios europeus e das reformas que ele próprio tem defendido, a começar pela união monetária e por novos mecanismos do Banco Central Europau. O tempo, afirmou Passos Coelho, ''é de recuperação'' na frente europeia e, apesar ''da grave crise grega'', o PM defende que é tempo ''de reparar as lacunas institucionais'' que persistem no seio da União.

Já a aquecer para a campanha eleitoral que aí vem, Passos levou na manga um documento para fazer títulos nos telejornais - ''o PS fala dos sete pecados capitais do Governo, eu vou falar das 10 pragas que o Governo socialista nos deixou'', a começar pelas obras faraónicas do consulado de Sócrates e a acabar no desemprego estrutural acima dos 10%, passando, claro, pela nacionalização do BPN e pelos défices ''volumosos'' e ''o endividamento galopante que culminou na expulsão de Portugal dos mercados financeiros e no pedido da vinda da troika''.

José Sócrates e a Grécia não saem do guião eleitoral da maioria. E Passos Coelho espicaça os socialistas por ''reagirem com azia aos resultados que alcançámos''. Quanto à ideia de que Portugal tem complicado a vida a Atenas nas reuniões em Bruxelas, Passos diz que isso é ''simplesmente risível''.

De Tsipras, nem uma palavra. Só um aviso: ''Em todas as nações europeias há democracias''.

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