O governo caiu

09-09-2014
marcar artigo

O Conselho de Ministros que amanhã se reunirá é uma mera comissão de gestão para fazer aprovar um Orçamento do Estado que arrasa o país. A troika não cedeu na sua gula. Com as gigantescas manifestações populares havia dois caminhos: a troika recuava e dava um balão de oxigénio a Passos e Gaspar – permitindo o anúncio de medidas de crescimento económico sem aumento de impostos, ou lançava o governo às feras obrigando-o a anunciar mais um colossal aumento de impostos. Escolheu o segundo caminho.

Agora, por mais que Passos tente o golpe de asa, remodelando Relvas e Santos Pereira, isso não acalmará a raiva que cresce. Neste momento em que Passos e Gaspar são a face visível de um “assalto à mão armada” – expressão de Marques Mendes –, já poucos se importam com a falta de estudos de Relvas. Entretanto a comunicação social dá claros sinais do fim deste governo, alinhando na ideia de que já não se trata de política financeira mas de um roubo, ideia superiormente registada na capa de quinta-feira deste jornal com uma uma imagem de fundo laranja e os irmãos Metralha. Mas este governo também já não serve à troika e ao grande capital. Arrumada a questão do Orçamento, e para acalmar os protestos que acompanharão a sua aprovação, Cavaco Silva será forçado a tomar a iniciativa de demitir Passos Coelho. A chamada solução de um “governo técnico”, muito provavelmente premiando o PS com algumas nomeações amigas sem que seja obrigado a comprometer-se no seu apoio, permitirá que durante uns tempos a culpa da situação de miséria seja imputada aos governos anteriores. As negociatas de Sócrates, a incompetência de Gaspar ou a tibieza de Passos servirão de desculpa para continuar o saque.

Hoje no i

O Conselho de Ministros que amanhã se reunirá é uma mera comissão de gestão para fazer aprovar um Orçamento do Estado que arrasa o país. A troika não cedeu na sua gula. Com as gigantescas manifestações populares havia dois caminhos: a troika recuava e dava um balão de oxigénio a Passos e Gaspar – permitindo o anúncio de medidas de crescimento económico sem aumento de impostos, ou lançava o governo às feras obrigando-o a anunciar mais um colossal aumento de impostos. Escolheu o segundo caminho.

Agora, por mais que Passos tente o golpe de asa, remodelando Relvas e Santos Pereira, isso não acalmará a raiva que cresce. Neste momento em que Passos e Gaspar são a face visível de um “assalto à mão armada” – expressão de Marques Mendes –, já poucos se importam com a falta de estudos de Relvas. Entretanto a comunicação social dá claros sinais do fim deste governo, alinhando na ideia de que já não se trata de política financeira mas de um roubo, ideia superiormente registada na capa de quinta-feira deste jornal com uma uma imagem de fundo laranja e os irmãos Metralha. Mas este governo também já não serve à troika e ao grande capital. Arrumada a questão do Orçamento, e para acalmar os protestos que acompanharão a sua aprovação, Cavaco Silva será forçado a tomar a iniciativa de demitir Passos Coelho. A chamada solução de um “governo técnico”, muito provavelmente premiando o PS com algumas nomeações amigas sem que seja obrigado a comprometer-se no seu apoio, permitirá que durante uns tempos a culpa da situação de miséria seja imputada aos governos anteriores. As negociatas de Sócrates, a incompetência de Gaspar ou a tibieza de Passos servirão de desculpa para continuar o saque.

Hoje no i

marcar artigo