“O sucessor de Pedro Passos Coelho chama-se Pedro Passos Coelho”

31-05-2015
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Marco António Costa, vice-presidente e porta-voz do PSD, afasta qualquer candidatura à liderança do partido e declara: “Nunca tive esse pensamento”. O antigo líder da distrital do Porto garante que se sente “completamente feliz” nas funções que tem desempenhado”. Quanto ao PS, acusa-o de se ter “viciado numa lógica populista de procurar agradar a todos”.

O actual Governo tem condições para ganhar as legislativas?

Acreditamos que sim e não se trata de uma mera questão de fé. Temos sondagens que revelam que a coligação se posiciona à frente do Partido Socialista em termos de preferências eleitorais, mas estamos a quatro meses de eleições, e quatro meses em política é uma maratona.

A coligação PSD/CDS-PP vai antecipar-se ao PS apresentando as bases programáticas do seu programa nos primeiros dias de Junho?

Sim. Antes do dia 6 de Junho serão anunciadas as bases programáticas e o programa eleitoral no final do mês. O PS tem apresentado várias propostas de putativos programas que mudam de programa para programa. Primeiro foi a Agenda para a Década, depois o cenário macroeconómico e agora o programa eleitoral. Não existe uma coerência nos documentos do PS, pelo contrário, existem fortíssimas contradições entre eles.

Está a dizer que o PS não é coerente.

Nós temos propostas concretas e claras, enquanto o PS vai ensaiando propostas, deixando cair aquelas que considera menos populares.

Qual é a marca que o primeiro-ministro deixa ao país e ao PSD?

O primeiro-ministro deixa uma marca muito forte de um homem de Estado, que nunca se escondeu atrás de nenhum membro do Governo, nem de nenhum membro do partido para comunicar aos portugueses as notícias mais difíceis. É profundamente comprometido com a causa pública e com uma clareza de opções relativamente àquilo que é fundamental para o país e com uma única linha de orientação: todas as decisões são tomadas exclusivamente em nome do interesse nacional. Sem calculismos, não há ensaios de populismo, não há buscas demagógicas de justificações para as dificuldades e para a realidade.

Quando diz que não há ensaios de populismo está a referir-se ao líder do PS?

Não gosto de personalizar. Julgo que o PS se viciou numa lógica populista de procurar agradar a todos e de mudar de posição sobre temas sensíveis para a governação do país com grande rapidez, da noite para o dia, se isso aparentar que o favorece eleitoralmente.

António Costa diz que a coligação é um “casamento” para disfarçar as conveniências” e que demonstra que o Governo “nada de novo tem para dar”. Neste “casamento” quem fica a ganhar, PSD ou CDS?

O líder do PS não compreende que esta é uma coligação pelo interesse nacional. O que coliga hoje os dois partidos não é o calculismo eleitoral, mas a necessidade de garantir a Portugal a continuação de um rumo que tem sido desenvolvido por este Governo e que tem dado resultados positivos.

António Costa pode beneficiar do desgaste do Governo?

Aquilo que irá determinar a decisão eleitoral dos portugueses nem é um sentido de gratidão pela maioria ter salvo o país da bancarrota e de ter evitado que Portugal caísse na situação difícil em que hoje se encontra a Grécia, mas sim as propostas que vamos apresentar e que serão prudentes e responsáveis.

Maria Luís Albuquerque pode ser a sucessora de Passos na liderança do PSD?

A percepção que tenho é que o sucessor de Pedro Passos Coelho se chama Pedro Passos Coelho. Foi e é um excelente líder. É indispensável a sua liderança política como primeiro-ministro para continuar este projecto de pelo menos dois mandatos.

E Rui Rio?

Considero essa discussão completamente desfasada e até prejudicial ao interesse do partido e ao interesse nacional em última análise, porque é importante que o país continue no rumo que tem seguido nos últimos anos.

A ministra das Finanças não descarta mais cortes nas pensões, mas o ministro da Solidariedade já disse que não tem qualquer proposta nesse sentido. Vai haver novos cortes para os pensionistas ou não?

A ministra não assumiu mais cortes de pensões, ela explicava a um grupo de alunos o que é que resultou do acórdão do Tribunal Constitucional.

O PS já disse que não está disponível para mais cortes nas pensões.

O PS nunca está disponível para nada perto de eleições.

Mas existe um problema orçamental de 600 milhões de euros que tem de ser resolvido. Como é que o Governo pretende resolvê-lo?

Este não é um problema do Governo, é um problema do país e das gerações futuras e quem está na oposição também tem responsabilidades. Esperamos que o PS, a seguir às eleições, tenha disponibilidade, na oposição, para ter a mesma atitude de desprendimento que nós tivemos e se comprometa com soluções para o país.

Não teme que as eleições presidenciais se tornem uma segunda volta das legislativas?

A questão presidencial só deve ser tratada após as legislativas. Há uma coisa que nós não faremos que é revelar este calculismo e esta atitude envergonhada que o PS tem tido relativamente à candidatura de Sampaio da Nóvoa, depois e ter falhado a candidatura de António Guterres, de ter falhado uma tentativa de empurrar António Vitorino, de ter falhado a tentativa de empurrar Jaime Gama e o próprio Jorge Sampaio. A António Costa só faltou publicar um anúncio no jornal, dizendo ‘Precisa-se de candidato presidencial’.

O PSD tem três putativos candidatos: Marcelo, Rio e Santana. Quem é que o partido vai apoiar?

A nossa decisão estratégica é independente dos nomes falados.

Há quem defenda que Rui Rio deveria anunciar já a sua candidatura para que o palco não fique exclusivamente para Sampaio da Nóvoa. Concorda?

Não tenho opinião.

Mas o facto de Sampaio da Nóvoa estar já em campanha não prejudica a estratégia da maioria?

Prejudicar não, julgo é que tem ocultado os ziguezagues do PS sob o ponto de vista das opções estratégicas que vai anunciando ciclicamente.

Especula-se muito sobre a sua relação com o primeiro-ministro. Têm uma relação de amizade? São mesmo amigos?

A relação de amizade que nos une dentro do nosso partido, a mim ao primeiro-ministro e a outros dirigentes que têm responsabilidades políticas, não interfere com o dever que temos no exercício destas funções. O primeiro-ministro mantém com todos os responsáveis políticos uma relação de grande sobriedade e de grande responsabilidade na forma como actua no sentido de que todos nós nos temos que concentrar nas funções institucionais. Amizade é uma coisa, exercício de funções-trabalho é outra e o que fica sempre como registo fundamental das nossas reuniões, das nossas conversas, é que os problemas têm que ter decisões, as opções têm que ser tratadas.

Ou seja, ‘trabalho é trabalho, conhaque é conhaque’.

É uma boa expressão popular que marca bem a atitude do primeiro-ministro na relação com todos nós.

Os seus adversários no PSD dizem que Passos defraudou o seu sonho político, ao não o convidar para ministro. É verdade?

Já ouvi tanta gente a sonhar por mim que me sinto feliz por não precisar de ser eu a sonhar com nada. Mas há uma coisa que posso assegurar: sinto-me completamente feliz nas funções que tenho desempenhado.

Está a ser investigado pelo DIAP na sequência de uma participação de Paulo Vieira da Silva sobre alegados crimes de tráfico de influência durante os mandatos na Câmara de Gaia. Esta denúncia apanhou-o de surpresa?

Não!

Já sabia?

O tempo explicará o resto.

O ex-dirigente do PSD-Porto, acusa-o de “não olhar a meios para atingir os seus fins”.

Quem acusa tem de provar.

À Visão, Paulo Viera da Silva assegura que tem “documentação que sustenta as suas acusações”...

Estamos todos mais satisfeitos por sabermos que o sistema de justiça em Portugal funciona, primeiro, porque quem está no exercício de funções públicas tem de estar disponível para ser escrutinado permanentemente e ninguém se deve sentir nem molestado nem angustiado por ser alvo desse escrutínio. Sobre essa matéria já prestei declarações de uma forma muito clara.

Disse que ia apresentar uma queixa. Já o fez?

Esse tema está entregue ao meu advogado.

É coordenador e porta-voz do PSD há quase dois anos. O que é que mudou na sua vida a partir do momento em que aceitou o convite?

Não mudou quase nada. Vivo obcecado com as missões que me confiam.

Esteve no Governo, actualmente é vice-presidente, coordenador e porta-voz do partido. Considera-se um homem poderoso?

Não, considero que tenho muita responsabilidade e isso pesa-me todos os dias nas decisões que tenho de tomar para não defraudar nem desiludir o meu partido.

Quantos quilómetros faz por ano a percorrer o país?

Mais de 150 mil.

Significa que a rodagem do carro já está feita. Agora só falta avançar para a liderança do PSD?

O carro é o carro do presidente do partido, a rodagem está sempre feita e espero que ele volte a ser novamente candidato a líder do partido.

Nunca pensou candidatar-se a líder do PSD?

Nunca tive esse pensamento. Já várias vezes disse que isso não era um tema. Aliás, disse que jamais teria interesse em ter esse foco na minha vida. Estou empenhado neste trabalho para fazer do meu primeiro-ministro e presidente do partido novamente primeiro-ministro e presidente do partido e, no futuro, espero ter o discernimento de manter estes registos.

Estamos a quatro meses das legislativas e os partidos começam a preparar as listas de deputados. Vai integrar a lista conjunta do PSD/CDS pelo círculo do Porto?

Não sei sequer se vou entrar na lista de deputados. Há quatro anos, dos sete elementos da comissão política permanente do PSD quatro não foram candidatos a deputados: eu, Jorge Moreira da Sila, Paula Teixeira da Cruz e Manuel Rodrigues.

Quando é que as listas começam a ser discutidas?

Na segunda quinzena de Julho.

Há renovação das listas?

Renovação haverá sempre. Não há, neste momento, nenhuma orientação concreta para além desta de haver um compromisso entre os dois partidos de procurar integrar cidadãos independentes nas suas listas. Qualquer decisão sobre o modelo de construção de listas será dos órgãos colectivos do partido que sufragam estatutariamente as orientações e estabelecem os princípios que devem ser seguidos e depois aprovam ou não as listas.

Marco António Costa, vice-presidente e porta-voz do PSD, afasta qualquer candidatura à liderança do partido e declara: “Nunca tive esse pensamento”. O antigo líder da distrital do Porto garante que se sente “completamente feliz” nas funções que tem desempenhado”. Quanto ao PS, acusa-o de se ter “viciado numa lógica populista de procurar agradar a todos”.

O actual Governo tem condições para ganhar as legislativas?

Acreditamos que sim e não se trata de uma mera questão de fé. Temos sondagens que revelam que a coligação se posiciona à frente do Partido Socialista em termos de preferências eleitorais, mas estamos a quatro meses de eleições, e quatro meses em política é uma maratona.

A coligação PSD/CDS-PP vai antecipar-se ao PS apresentando as bases programáticas do seu programa nos primeiros dias de Junho?

Sim. Antes do dia 6 de Junho serão anunciadas as bases programáticas e o programa eleitoral no final do mês. O PS tem apresentado várias propostas de putativos programas que mudam de programa para programa. Primeiro foi a Agenda para a Década, depois o cenário macroeconómico e agora o programa eleitoral. Não existe uma coerência nos documentos do PS, pelo contrário, existem fortíssimas contradições entre eles.

Está a dizer que o PS não é coerente.

Nós temos propostas concretas e claras, enquanto o PS vai ensaiando propostas, deixando cair aquelas que considera menos populares.

Qual é a marca que o primeiro-ministro deixa ao país e ao PSD?

O primeiro-ministro deixa uma marca muito forte de um homem de Estado, que nunca se escondeu atrás de nenhum membro do Governo, nem de nenhum membro do partido para comunicar aos portugueses as notícias mais difíceis. É profundamente comprometido com a causa pública e com uma clareza de opções relativamente àquilo que é fundamental para o país e com uma única linha de orientação: todas as decisões são tomadas exclusivamente em nome do interesse nacional. Sem calculismos, não há ensaios de populismo, não há buscas demagógicas de justificações para as dificuldades e para a realidade.

Quando diz que não há ensaios de populismo está a referir-se ao líder do PS?

Não gosto de personalizar. Julgo que o PS se viciou numa lógica populista de procurar agradar a todos e de mudar de posição sobre temas sensíveis para a governação do país com grande rapidez, da noite para o dia, se isso aparentar que o favorece eleitoralmente.

António Costa diz que a coligação é um “casamento” para disfarçar as conveniências” e que demonstra que o Governo “nada de novo tem para dar”. Neste “casamento” quem fica a ganhar, PSD ou CDS?

O líder do PS não compreende que esta é uma coligação pelo interesse nacional. O que coliga hoje os dois partidos não é o calculismo eleitoral, mas a necessidade de garantir a Portugal a continuação de um rumo que tem sido desenvolvido por este Governo e que tem dado resultados positivos.

António Costa pode beneficiar do desgaste do Governo?

Aquilo que irá determinar a decisão eleitoral dos portugueses nem é um sentido de gratidão pela maioria ter salvo o país da bancarrota e de ter evitado que Portugal caísse na situação difícil em que hoje se encontra a Grécia, mas sim as propostas que vamos apresentar e que serão prudentes e responsáveis.

Maria Luís Albuquerque pode ser a sucessora de Passos na liderança do PSD?

A percepção que tenho é que o sucessor de Pedro Passos Coelho se chama Pedro Passos Coelho. Foi e é um excelente líder. É indispensável a sua liderança política como primeiro-ministro para continuar este projecto de pelo menos dois mandatos.

E Rui Rio?

Considero essa discussão completamente desfasada e até prejudicial ao interesse do partido e ao interesse nacional em última análise, porque é importante que o país continue no rumo que tem seguido nos últimos anos.

A ministra das Finanças não descarta mais cortes nas pensões, mas o ministro da Solidariedade já disse que não tem qualquer proposta nesse sentido. Vai haver novos cortes para os pensionistas ou não?

A ministra não assumiu mais cortes de pensões, ela explicava a um grupo de alunos o que é que resultou do acórdão do Tribunal Constitucional.

O PS já disse que não está disponível para mais cortes nas pensões.

O PS nunca está disponível para nada perto de eleições.

Mas existe um problema orçamental de 600 milhões de euros que tem de ser resolvido. Como é que o Governo pretende resolvê-lo?

Este não é um problema do Governo, é um problema do país e das gerações futuras e quem está na oposição também tem responsabilidades. Esperamos que o PS, a seguir às eleições, tenha disponibilidade, na oposição, para ter a mesma atitude de desprendimento que nós tivemos e se comprometa com soluções para o país.

Não teme que as eleições presidenciais se tornem uma segunda volta das legislativas?

A questão presidencial só deve ser tratada após as legislativas. Há uma coisa que nós não faremos que é revelar este calculismo e esta atitude envergonhada que o PS tem tido relativamente à candidatura de Sampaio da Nóvoa, depois e ter falhado a candidatura de António Guterres, de ter falhado uma tentativa de empurrar António Vitorino, de ter falhado a tentativa de empurrar Jaime Gama e o próprio Jorge Sampaio. A António Costa só faltou publicar um anúncio no jornal, dizendo ‘Precisa-se de candidato presidencial’.

O PSD tem três putativos candidatos: Marcelo, Rio e Santana. Quem é que o partido vai apoiar?

A nossa decisão estratégica é independente dos nomes falados.

Há quem defenda que Rui Rio deveria anunciar já a sua candidatura para que o palco não fique exclusivamente para Sampaio da Nóvoa. Concorda?

Não tenho opinião.

Mas o facto de Sampaio da Nóvoa estar já em campanha não prejudica a estratégia da maioria?

Prejudicar não, julgo é que tem ocultado os ziguezagues do PS sob o ponto de vista das opções estratégicas que vai anunciando ciclicamente.

Especula-se muito sobre a sua relação com o primeiro-ministro. Têm uma relação de amizade? São mesmo amigos?

A relação de amizade que nos une dentro do nosso partido, a mim ao primeiro-ministro e a outros dirigentes que têm responsabilidades políticas, não interfere com o dever que temos no exercício destas funções. O primeiro-ministro mantém com todos os responsáveis políticos uma relação de grande sobriedade e de grande responsabilidade na forma como actua no sentido de que todos nós nos temos que concentrar nas funções institucionais. Amizade é uma coisa, exercício de funções-trabalho é outra e o que fica sempre como registo fundamental das nossas reuniões, das nossas conversas, é que os problemas têm que ter decisões, as opções têm que ser tratadas.

Ou seja, ‘trabalho é trabalho, conhaque é conhaque’.

É uma boa expressão popular que marca bem a atitude do primeiro-ministro na relação com todos nós.

Os seus adversários no PSD dizem que Passos defraudou o seu sonho político, ao não o convidar para ministro. É verdade?

Já ouvi tanta gente a sonhar por mim que me sinto feliz por não precisar de ser eu a sonhar com nada. Mas há uma coisa que posso assegurar: sinto-me completamente feliz nas funções que tenho desempenhado.

Está a ser investigado pelo DIAP na sequência de uma participação de Paulo Vieira da Silva sobre alegados crimes de tráfico de influência durante os mandatos na Câmara de Gaia. Esta denúncia apanhou-o de surpresa?

Não!

Já sabia?

O tempo explicará o resto.

O ex-dirigente do PSD-Porto, acusa-o de “não olhar a meios para atingir os seus fins”.

Quem acusa tem de provar.

À Visão, Paulo Viera da Silva assegura que tem “documentação que sustenta as suas acusações”...

Estamos todos mais satisfeitos por sabermos que o sistema de justiça em Portugal funciona, primeiro, porque quem está no exercício de funções públicas tem de estar disponível para ser escrutinado permanentemente e ninguém se deve sentir nem molestado nem angustiado por ser alvo desse escrutínio. Sobre essa matéria já prestei declarações de uma forma muito clara.

Disse que ia apresentar uma queixa. Já o fez?

Esse tema está entregue ao meu advogado.

É coordenador e porta-voz do PSD há quase dois anos. O que é que mudou na sua vida a partir do momento em que aceitou o convite?

Não mudou quase nada. Vivo obcecado com as missões que me confiam.

Esteve no Governo, actualmente é vice-presidente, coordenador e porta-voz do partido. Considera-se um homem poderoso?

Não, considero que tenho muita responsabilidade e isso pesa-me todos os dias nas decisões que tenho de tomar para não defraudar nem desiludir o meu partido.

Quantos quilómetros faz por ano a percorrer o país?

Mais de 150 mil.

Significa que a rodagem do carro já está feita. Agora só falta avançar para a liderança do PSD?

O carro é o carro do presidente do partido, a rodagem está sempre feita e espero que ele volte a ser novamente candidato a líder do partido.

Nunca pensou candidatar-se a líder do PSD?

Nunca tive esse pensamento. Já várias vezes disse que isso não era um tema. Aliás, disse que jamais teria interesse em ter esse foco na minha vida. Estou empenhado neste trabalho para fazer do meu primeiro-ministro e presidente do partido novamente primeiro-ministro e presidente do partido e, no futuro, espero ter o discernimento de manter estes registos.

Estamos a quatro meses das legislativas e os partidos começam a preparar as listas de deputados. Vai integrar a lista conjunta do PSD/CDS pelo círculo do Porto?

Não sei sequer se vou entrar na lista de deputados. Há quatro anos, dos sete elementos da comissão política permanente do PSD quatro não foram candidatos a deputados: eu, Jorge Moreira da Sila, Paula Teixeira da Cruz e Manuel Rodrigues.

Quando é que as listas começam a ser discutidas?

Na segunda quinzena de Julho.

Há renovação das listas?

Renovação haverá sempre. Não há, neste momento, nenhuma orientação concreta para além desta de haver um compromisso entre os dois partidos de procurar integrar cidadãos independentes nas suas listas. Qualquer decisão sobre o modelo de construção de listas será dos órgãos colectivos do partido que sufragam estatutariamente as orientações e estabelecem os princípios que devem ser seguidos e depois aprovam ou não as listas.

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