OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida

04-07-2011
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» O regresso dos dinossauros.

©Gary Larson

Há dias a jornalista São José Almeida chamava a atenção, com toda a razão, para o que significa a disputa Cavaco Silva / Mário Soares nas eleições presidenciais: o falhanço da geração seguinte de políticos. De facto, a "geração seguinte" é a geração de Durão Barroso e António Guterres: ambos ficarão conhecidos para a História como fugitivos das dificuldades e carreiristas individualistas. Nada de "sentido de Estado" nem de "serviço público" vem dessas bandas. A sua geração caracteriza-se ainda pela presença na sombra de oportunistas como Santana Lopes ou Paulo Portas. Ora bem, os "fugitivos" já fugiram; e os oportunistas já foram castigados. E o que sobra é nada - a não ser a segunda linha dos aparelhos, de Sócrates a Marques Mendes. Haverá uma geração em formação, com alguma promessa de juventude e renovação? A julgar pelo actual ar de infelicidade burocrática de um António José Seguro ou pelo ar de político de almoços de Pedro Pinto, há que ter cautela quando se deposita esperança em dirigentes políticos juvenis (eles foram-no, nas respectivas jotas, lembram-se?). Uma réstea de esperança é ainda depositável, quand même, em pessoas como Pedro Nuno Santos, actual dirigente da JS, ou Ana Drago, do BE. Que os tempos que aí vêm não os estraguem, é o que desejo. Porque vêm aí os tempos da modorra e da tristeza histórica que é toda a gente ficar contente com o regresso dos dinossauros. mva | 16:44|

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©Gary Larson

Há dias a jornalista São José Almeida chamava a atenção, com toda a razão, para o que significa a disputa Cavaco Silva / Mário Soares nas eleições presidenciais: o falhanço da geração seguinte de políticos. De facto, a "geração seguinte" é a geração de Durão Barroso e António Guterres: ambos ficarão conhecidos para a História como fugitivos das dificuldades e carreiristas individualistas. Nada de "sentido de Estado" nem de "serviço público" vem dessas bandas. A sua geração caracteriza-se ainda pela presença na sombra de oportunistas como Santana Lopes ou Paulo Portas. Ora bem, os "fugitivos" já fugiram; e os oportunistas já foram castigados. E o que sobra é nada - a não ser a segunda linha dos aparelhos, de Sócrates a Marques Mendes. Haverá uma geração em formação, com alguma promessa de juventude e renovação? A julgar pelo actual ar de infelicidade burocrática de um António José Seguro ou pelo ar de político de almoços de Pedro Pinto, há que ter cautela quando se deposita esperança em dirigentes políticos juvenis (eles foram-no, nas respectivas jotas, lembram-se?). Uma réstea de esperança é ainda depositável, quand même, em pessoas como Pedro Nuno Santos, actual dirigente da JS, ou Ana Drago, do BE. Que os tempos que aí vêm não os estraguem, é o que desejo. Porque vêm aí os tempos da modorra e da tristeza histórica que é toda a gente ficar contente com o regresso dos dinossauros. mva | 16:44|

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