Órgão Oficial de Comunicação da Juventude Socialista

03-12-2013
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Perguntam no Blasfémias.

Vicent Kessler/Reuters Durão Barroso espera que empresas, universidades e centros de inovação portugueses tirem o maior partido do TGV Declarações do primeiro-ministro Projecto TGV irá estimular economia em até 1,7 por cento do PIB Por Lusa 12.01.2004 O primeiro-ministro afirmou hoje que os mais de dez mil milhões de euros a investir no projecto de ferrovia de alta velocidade, TGV, em Portugal vão estimular a economia em até 1,7 por cento do PIB (Produto Interno Bruto).

Durão Barroso, que falava no Porto, indicou que o projecto permitirá gerar um valor acrescentado bruto de 14.500 milhões e que cerca de 90 por cento será da responsabilidade da indústria portuguesa.

Para o primeiro-ministro, o TGV deverá aumentar a quota de mercado do modo ferroviário dos actuais quatro para 26 por cento em 2025 e diminuir os custos ambientais de transportes em mais de dois mil milhões de euros.

De acordo com o chefe de Governo, os estudos efectuados apontam também para a criação, pelo projecto, de cerca de 90 mil novos postos de trabalho directos e indirectos.

Os mesmos estudos referem ainda a participação dos subsistemas mais ricos em inovação e tecnologia na ordem dos 30 a 40 por cento.

Segundo salientou, a futura rede ferroviária de alta velocidade ligará os principais aglomerados populacionais portugueses, onde se concentra 87 por cento do produto interno bruto (PIB) e onde habita mais de 80 por cento da população.

Trata-se por isso, frisou, de um "projecto estruturante para o país" que "moldará o perfil e a estrutura do país e de toda a Península Ibérica", alterando a ocupação do território, a proximidade entre regiões e a mobilidade de pessoas e bens e corrigindo as assimetrias entre litoral e interior.

"É por isso que a concretização de uma Rede de Alta Velocidade para Portugal foi tratada como um desígnio nacional para as próximas duas décadas", acrescentou.

Para Durão Barroso, o acordo alcançado com Espanha sobre o traçado do TGV foi "bom para os dois países", já que "permite ligações rápidas entre as principais cidades portuguesas e entre estas e as mais relevantes cidades espanholas".

Um traçado definido com a condicionante das decisões já tomadas em Espanha e sem consensos absolutos, admitiu, mas que é "o ideal" por que o que "melhor defende os interesses portugueses".

"Parece que havia quem quisesse fazer uma ligação por terra à Europa que não passasse por Espanha, mas não apresentaram soluções concretas nesse sentido", gracejou Barroso.

Destacando a importância da inclusão do projecto nos chamados projectos prioritários da União Europeia, o primeiro-ministro sublinhou a importância de Portugal acompanhar o ritmo dos principais parceiros europeus, que "têm já construída, em construção ou em projecto mais de 50 por cento da sua rede de Alta Velocidade".

"Uma nova rede interoperável e integrada na rede ibérica e europeia é uma das peças-chave para o fortalecimento da competitividade do país, assegurando uma melhor integração da nossa economia no espaço europeu", considerou.

Segundo acrescentou, dará ainda "um contributo determinante para a sustentabilidade ambiental do sistema de transportes, através da enorme redução dos custos ambientais, e para o combate à sinistralidade rodoviária".

De acordo com Durão Barroso, caberá agora às empresas portuguesas "saber tirar partido" do projecto de Alta Velocidade que, acredita, "terá elevada aptidão para estimular fortemente o tecido empresarial nacional, universidades e centros de investigação".

É que, defendeu, o projecto do TGV "será um incubador e indutor de projectos de excelência com possibilidade exportadora de conhecimento e serviços a nível europeu e mundial" e poderá ser o ponto de partida para "aventuras empresariais fora de portas".

O PSD, via Paulo Rangel, e a JSD fartam-se de criticar o TGV com um argumento que tem uma certa piada. As próximas gerações ficariam, segundo estes, "presas a este pesado investimento". É importante pensar numa coisa: são as gerações futuras que mais vão beneficiar deste investimento. Para além de ambientalmente sustentável, este importante investimento melhora a mobilidade e aproxima Portugal da Europa. Isto, sem nos esquecermos nos efeitos positivos que traz o investimento público à economia nacional. Por isso a JS adoptou o lema: Direito ao TGV!

Se a ligação a Madrid parece ser mais consensual, a do Porto-Lisboa tem sido a mais criticada. Deixaria aqui o contributo do sr. Ministro Pedro Silva Pereira:

"Quanto à ligação ao Porto, proponho que tenha em consideração três argumentos: primeiro, trata-se de um troço da ligação a Vigo, que é importante para as nossas empresas; segundo, desbloqueia o transporte de mercadorias, hoje saturado na linha tradicional Lisboa-Porto, onde é prejudicado pela articulação com o transporte de passageiros em linha única; terceiro, é rotundamente falso que se trate de uma redução de apenas 15 minutos: o ganho é de uma hora e meia! (de 2 horas e 45, hoje "gastas" na melhor ligação ferroviária, para apenas 1 hora e 15). Quem ganha, e muito, são as empresas que a preocupam. E boa parte do investimento é com fundos comunitários, que não podem ter outros destinos."

Esclarecido? Hoje, como há 5 anos quando Manuela Ferreira Leite estava no Governo e assinava um acordo internacional com Espanha, para cinco linhas, o TGV é uma prioridade. Para uma política de verdade, é importante não se esquecer dos acordos que estabelece, até porque isso prejudica a credibilidade portuguesa no estrangeiro.

Perguntam no Blasfémias.

Vicent Kessler/Reuters Durão Barroso espera que empresas, universidades e centros de inovação portugueses tirem o maior partido do TGV Declarações do primeiro-ministro Projecto TGV irá estimular economia em até 1,7 por cento do PIB Por Lusa 12.01.2004 O primeiro-ministro afirmou hoje que os mais de dez mil milhões de euros a investir no projecto de ferrovia de alta velocidade, TGV, em Portugal vão estimular a economia em até 1,7 por cento do PIB (Produto Interno Bruto).

Durão Barroso, que falava no Porto, indicou que o projecto permitirá gerar um valor acrescentado bruto de 14.500 milhões e que cerca de 90 por cento será da responsabilidade da indústria portuguesa.

Para o primeiro-ministro, o TGV deverá aumentar a quota de mercado do modo ferroviário dos actuais quatro para 26 por cento em 2025 e diminuir os custos ambientais de transportes em mais de dois mil milhões de euros.

De acordo com o chefe de Governo, os estudos efectuados apontam também para a criação, pelo projecto, de cerca de 90 mil novos postos de trabalho directos e indirectos.

Os mesmos estudos referem ainda a participação dos subsistemas mais ricos em inovação e tecnologia na ordem dos 30 a 40 por cento.

Segundo salientou, a futura rede ferroviária de alta velocidade ligará os principais aglomerados populacionais portugueses, onde se concentra 87 por cento do produto interno bruto (PIB) e onde habita mais de 80 por cento da população.

Trata-se por isso, frisou, de um "projecto estruturante para o país" que "moldará o perfil e a estrutura do país e de toda a Península Ibérica", alterando a ocupação do território, a proximidade entre regiões e a mobilidade de pessoas e bens e corrigindo as assimetrias entre litoral e interior.

"É por isso que a concretização de uma Rede de Alta Velocidade para Portugal foi tratada como um desígnio nacional para as próximas duas décadas", acrescentou.

Para Durão Barroso, o acordo alcançado com Espanha sobre o traçado do TGV foi "bom para os dois países", já que "permite ligações rápidas entre as principais cidades portuguesas e entre estas e as mais relevantes cidades espanholas".

Um traçado definido com a condicionante das decisões já tomadas em Espanha e sem consensos absolutos, admitiu, mas que é "o ideal" por que o que "melhor defende os interesses portugueses".

"Parece que havia quem quisesse fazer uma ligação por terra à Europa que não passasse por Espanha, mas não apresentaram soluções concretas nesse sentido", gracejou Barroso.

Destacando a importância da inclusão do projecto nos chamados projectos prioritários da União Europeia, o primeiro-ministro sublinhou a importância de Portugal acompanhar o ritmo dos principais parceiros europeus, que "têm já construída, em construção ou em projecto mais de 50 por cento da sua rede de Alta Velocidade".

"Uma nova rede interoperável e integrada na rede ibérica e europeia é uma das peças-chave para o fortalecimento da competitividade do país, assegurando uma melhor integração da nossa economia no espaço europeu", considerou.

Segundo acrescentou, dará ainda "um contributo determinante para a sustentabilidade ambiental do sistema de transportes, através da enorme redução dos custos ambientais, e para o combate à sinistralidade rodoviária".

De acordo com Durão Barroso, caberá agora às empresas portuguesas "saber tirar partido" do projecto de Alta Velocidade que, acredita, "terá elevada aptidão para estimular fortemente o tecido empresarial nacional, universidades e centros de investigação".

É que, defendeu, o projecto do TGV "será um incubador e indutor de projectos de excelência com possibilidade exportadora de conhecimento e serviços a nível europeu e mundial" e poderá ser o ponto de partida para "aventuras empresariais fora de portas".

O PSD, via Paulo Rangel, e a JSD fartam-se de criticar o TGV com um argumento que tem uma certa piada. As próximas gerações ficariam, segundo estes, "presas a este pesado investimento". É importante pensar numa coisa: são as gerações futuras que mais vão beneficiar deste investimento. Para além de ambientalmente sustentável, este importante investimento melhora a mobilidade e aproxima Portugal da Europa. Isto, sem nos esquecermos nos efeitos positivos que traz o investimento público à economia nacional. Por isso a JS adoptou o lema: Direito ao TGV!

Se a ligação a Madrid parece ser mais consensual, a do Porto-Lisboa tem sido a mais criticada. Deixaria aqui o contributo do sr. Ministro Pedro Silva Pereira:

"Quanto à ligação ao Porto, proponho que tenha em consideração três argumentos: primeiro, trata-se de um troço da ligação a Vigo, que é importante para as nossas empresas; segundo, desbloqueia o transporte de mercadorias, hoje saturado na linha tradicional Lisboa-Porto, onde é prejudicado pela articulação com o transporte de passageiros em linha única; terceiro, é rotundamente falso que se trate de uma redução de apenas 15 minutos: o ganho é de uma hora e meia! (de 2 horas e 45, hoje "gastas" na melhor ligação ferroviária, para apenas 1 hora e 15). Quem ganha, e muito, são as empresas que a preocupam. E boa parte do investimento é com fundos comunitários, que não podem ter outros destinos."

Esclarecido? Hoje, como há 5 anos quando Manuela Ferreira Leite estava no Governo e assinava um acordo internacional com Espanha, para cinco linhas, o TGV é uma prioridade. Para uma política de verdade, é importante não se esquecer dos acordos que estabelece, até porque isso prejudica a credibilidade portuguesa no estrangeiro.

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