Entre as brumas da memória: As eleições na Venezuela, ainda

07-07-2011
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Publiquei ontem um pequeno post sobre os resultados das eleições na Venezuela, que provocou uma longa discussão no Facebook.

Regresso ao assunto por me ter sido enviado entretanto um vídeo revelador dos métodos e atitudes de Hugo Chávez (onde nem o machismo está ausente), numa espécie de conferência de imprensa em que (não) respondeu a uma jornalista que o interpelou precisamente sobre um dos aspectos mais controversos que ontem referi: a alteração da lei eleitoral, que permitiu aumentar, escandalosamente, o número de deputados das regiões que lhe são mais afectas.

A ler: um texto de Pedro Filipe Soares.
«Quando Hugo Chávez mistura aprofundamentos socialistas nas propostas de alterações à Constituição, com reforços do poder presidencial e da autocracia do Estado, reduz o debate ao populismo, e o Socialismo à sua permanência no poder. Quando vê a proposta de revisão constitucional chumbada pela primeira vez e, apenas dois anos depois, força novamente a votação, demonstra que para ele a Democracia é apenas uma forma de legitimação da sua vontade.No país onde Socialismo se confunde com o populismo de Chávez, houve uma sondagem em 2009 onde 70% das pessoas indicavam que ninguém lhes tinha explicado o que era uma Democracia Participativa nem o Socialismo do séc. XXI. Um ano depois, a direita cresce para níveis assustadores de representação eleitoral. Não basta a socialização económica, para que o Socialismo seja vitorioso. Sem uma socialização política, onde a consciência e a prática democráticas sejam aprofundadas, não há Socialismo do Séc. XXI que resista.»......

Publiquei ontem um pequeno post sobre os resultados das eleições na Venezuela, que provocou uma longa discussão no Facebook.

Regresso ao assunto por me ter sido enviado entretanto um vídeo revelador dos métodos e atitudes de Hugo Chávez (onde nem o machismo está ausente), numa espécie de conferência de imprensa em que (não) respondeu a uma jornalista que o interpelou precisamente sobre um dos aspectos mais controversos que ontem referi: a alteração da lei eleitoral, que permitiu aumentar, escandalosamente, o número de deputados das regiões que lhe são mais afectas.

A ler: um texto de Pedro Filipe Soares.
«Quando Hugo Chávez mistura aprofundamentos socialistas nas propostas de alterações à Constituição, com reforços do poder presidencial e da autocracia do Estado, reduz o debate ao populismo, e o Socialismo à sua permanência no poder. Quando vê a proposta de revisão constitucional chumbada pela primeira vez e, apenas dois anos depois, força novamente a votação, demonstra que para ele a Democracia é apenas uma forma de legitimação da sua vontade.No país onde Socialismo se confunde com o populismo de Chávez, houve uma sondagem em 2009 onde 70% das pessoas indicavam que ninguém lhes tinha explicado o que era uma Democracia Participativa nem o Socialismo do séc. XXI. Um ano depois, a direita cresce para níveis assustadores de representação eleitoral. Não basta a socialização económica, para que o Socialismo seja vitorioso. Sem uma socialização política, onde a consciência e a prática democráticas sejam aprofundadas, não há Socialismo do Séc. XXI que resista.»......

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