"A Caixa Geral de Depósitos, com referência a uma destacada notícia hoje publicada, esclarece que as sociedades por si detidas - como é o caso da Wolfpart, que vem especialmente referida, que é detida a 100% - consolidam integralmente nas suas contas", afirma a CGD, numa nota enviada ao Diário Económico.
O Económico avançou na edição de hoje que a Wolfpart, holding do grupo Caixa Geral de Depósitos que gere participações imobiliárias, iria ser reclassificada no perímetro das Administrações Públicas. A empresa teve prejuízos próximos dos 70 milhões de euros no ano passado e apresenta um passivo total de 400 milhões. Com a sua reclassificação, o primeiro valor irá consolidar no défice orçamental e o segundo na dívida pública.
O INE publicou hoje a lista de entidades que integram as administrações públicas ao abrigo do novo sistema europeu de contas nacionais, o SEC2010, confirmando a inclusão da Wolfpart nessa mesma lista.
No entanto, a CGD considera "não haver fundamento" para tal decisão e diz inclusive ter já argumentado isso mesmo ao INE. "Sendo certo que algumas das referidas sociedades aparecem, na lista publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE); enquadradas no sector institucional das Administrações Públicas, certo é também que foram, em devido tempo, prestados os pertinentes esclarecimentos ao INE e manifestado o entendimento de não haver fundamento para a sua inclusão na mencionada lista", pode ler-se na nota da Caixa.
Ao que o Económico apurou, já desde o Verão, quando ficou ao corrente de que a Wolfpart e outras holdings do grupo - como a Caixa Gestão de Activos, por exemplo - iriam passar a integrar o perímetro das administrações públicas ao abrigo das novas regras europeias, que a CGD vem contestando esta decisão.
A Caixa argumentou, quer ao INE, quer ao Eurostat - o gabinete estatístico da Comissão Europeia -, que as holdings em questão são veículos que não existem fora da realidade do grupo como um todo e que têm as suas contas consolidadas na CGD, pelo que não há razão para as mesmas passarem a integrar o Orçamento do Estado - até porque a CGD não faz parte do perímetro das Administrações Públicas.
Na nota enviada, a CGD frisa que as empresas em causa são "meros braços da instituição para áreas específicas, criadas para facilidade de gestão e melhor controlo, as quais podem, todavia, a todo o tempo, ser integradas na própria instituição".
Apesar de toda a argumentação e de as conversações se virem mantendo desde o Verão, o certo é que o INE e o Eurostat tiveram um entendimento diferente e a Direcção Geral do Orçamento viu-se obrigada a integrar as holdings na lista de entidades que vão fazer parte do Orçamento do Estado para 2015. A nota enviada não esclarece os próximos passos que a Caixa Geral de Depósitos pretende dar, mas o Económico sabe que a instituição não vai desistir do entendimento que tem da operação e tenciona continuar a batalhar a decisão das autoridades estatísticas.
"A Caixa Geral de Depósitos, com referência a uma destacada notícia hoje publicada, esclarece que as sociedades por si detidas - como é o caso da Wolfpart, que vem especialmente referida, que é detida a 100% - consolidam integralmente nas suas contas", afirma a CGD, numa nota enviada ao Diário Económico.
O Económico avançou na edição de hoje que a Wolfpart, holding do grupo Caixa Geral de Depósitos que gere participações imobiliárias, iria ser reclassificada no perímetro das Administrações Públicas. A empresa teve prejuízos próximos dos 70 milhões de euros no ano passado e apresenta um passivo total de 400 milhões. Com a sua reclassificação, o primeiro valor irá consolidar no défice orçamental e o segundo na dívida pública.
O INE publicou hoje a lista de entidades que integram as administrações públicas ao abrigo do novo sistema europeu de contas nacionais, o SEC2010, confirmando a inclusão da Wolfpart nessa mesma lista.
No entanto, a CGD considera "não haver fundamento" para tal decisão e diz inclusive ter já argumentado isso mesmo ao INE. "Sendo certo que algumas das referidas sociedades aparecem, na lista publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE); enquadradas no sector institucional das Administrações Públicas, certo é também que foram, em devido tempo, prestados os pertinentes esclarecimentos ao INE e manifestado o entendimento de não haver fundamento para a sua inclusão na mencionada lista", pode ler-se na nota da Caixa.
Ao que o Económico apurou, já desde o Verão, quando ficou ao corrente de que a Wolfpart e outras holdings do grupo - como a Caixa Gestão de Activos, por exemplo - iriam passar a integrar o perímetro das administrações públicas ao abrigo das novas regras europeias, que a CGD vem contestando esta decisão.
A Caixa argumentou, quer ao INE, quer ao Eurostat - o gabinete estatístico da Comissão Europeia -, que as holdings em questão são veículos que não existem fora da realidade do grupo como um todo e que têm as suas contas consolidadas na CGD, pelo que não há razão para as mesmas passarem a integrar o Orçamento do Estado - até porque a CGD não faz parte do perímetro das Administrações Públicas.
Na nota enviada, a CGD frisa que as empresas em causa são "meros braços da instituição para áreas específicas, criadas para facilidade de gestão e melhor controlo, as quais podem, todavia, a todo o tempo, ser integradas na própria instituição".
Apesar de toda a argumentação e de as conversações se virem mantendo desde o Verão, o certo é que o INE e o Eurostat tiveram um entendimento diferente e a Direcção Geral do Orçamento viu-se obrigada a integrar as holdings na lista de entidades que vão fazer parte do Orçamento do Estado para 2015. A nota enviada não esclarece os próximos passos que a Caixa Geral de Depósitos pretende dar, mas o Económico sabe que a instituição não vai desistir do entendimento que tem da operação e tenciona continuar a batalhar a decisão das autoridades estatísticas.