Televisões – Aventar

28-11-2014
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Estas eleições autárquicas têm sido singulares no que ao tratamento televisivo diz respeito e as últimas notícias confirmam, a três, essa ideia – as televisões não vão cobrir a campanha eleitoral pelo menos da forma tradicional (seja lá o que isso for). Percebo o argumento das televisões, mas tenho alguma dificuldade em os aceitar. Se por um lado admito que uma empresa privada tenha a capacidade de decidir o que faz com os seus recursos, penso que será também importante deixar claro que para o seu funcionamento é necessária uma autorização, certo? Para o exercício de uma função pública, não? Sim, é isso – estamos a falar de um instrumento que procura regular o mercado.

Por outro lado, não fica claro para mim quem sai a ganhar com esta medida – será que poderemos ter uma campanha mais verdadeira, mais pedagógica? Ou, pela falta de visibilidade, a qualidade das propostas e das mensagens vai ficar pior?

Faria algum sentido, até pelo primeiro argumento apresentado, que a SIC e a TVI (privadas) tivessem “coragem” para enfrentar a decisão agora conhecida, avançando com uma cobertura das eleições em função dos seus critérios editoriais.

No entanto e antes que o post termine importa aplaudir uma dimensão positiva da decisão – não teremos que ver mais nenhuma argolada da 4ª escolha para Gaia. Infelizmente teremos que continuar a ver o candidato do PSD a discutir futebol, mas isso não é necessariamente mau, em função da cegueira que o caracteriza.

Ou se calhar até podemos – hoje, às 22h, no Porto Canal temos o debate entre os candidatos a Gaia.

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Estas eleições autárquicas têm sido singulares no que ao tratamento televisivo diz respeito e as últimas notícias confirmam, a três, essa ideia – as televisões não vão cobrir a campanha eleitoral pelo menos da forma tradicional (seja lá o que isso for). Percebo o argumento das televisões, mas tenho alguma dificuldade em os aceitar. Se por um lado admito que uma empresa privada tenha a capacidade de decidir o que faz com os seus recursos, penso que será também importante deixar claro que para o seu funcionamento é necessária uma autorização, certo? Para o exercício de uma função pública, não? Sim, é isso – estamos a falar de um instrumento que procura regular o mercado.

Por outro lado, não fica claro para mim quem sai a ganhar com esta medida – será que poderemos ter uma campanha mais verdadeira, mais pedagógica? Ou, pela falta de visibilidade, a qualidade das propostas e das mensagens vai ficar pior?

Faria algum sentido, até pelo primeiro argumento apresentado, que a SIC e a TVI (privadas) tivessem “coragem” para enfrentar a decisão agora conhecida, avançando com uma cobertura das eleições em função dos seus critérios editoriais.

No entanto e antes que o post termine importa aplaudir uma dimensão positiva da decisão – não teremos que ver mais nenhuma argolada da 4ª escolha para Gaia. Infelizmente teremos que continuar a ver o candidato do PSD a discutir futebol, mas isso não é necessariamente mau, em função da cegueira que o caracteriza.

Ou se calhar até podemos – hoje, às 22h, no Porto Canal temos o debate entre os candidatos a Gaia.

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