Bloco diz que o Presidente não tem mandato para impor maioria

17-10-2015
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“As maiorias foram o maior fator de instabilidade do país”, considerou o líder parlamentar do Bloco de Esquerda em reação às declarações do Presidente da República

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Pedro Filipe Soares, considerou quarta-feira, em reação à declaração do Presidente da República, que Cavaco Silva não tem um mandato para impor ao país uma maioria.

“Quem tem a voz numas eleições é o povo que elege deputados, que depois vão eleger um Governo, e esta é a sequência normal que tem de ser respeitada pelo Presidente da República”, sublinhou Pedro Filipe Soares aos jornalistas, acrescentando que Cavaco Silva “não tem nenhum mandato para agora estar com a mania da maioria que quer impor ao país”.

O líder bloquista reagia assim na Assembleia da República à declaração do Presidente da República, que anunciou quarta-feira a data das eleições para o dia 4 de outubro.

O Presidente da República considerou “desejável” que o próximo Governo disponha de apoio “maioritário e consistente” na Assembleia da República e seja “sólido, estável e duradouro” para prosseguir uma política que traga mais riqueza e mais justiça social.

“É da maior importância que Portugal disponha de condições de estabilidade política e de governabilidade na próxima legislatura. Sem elas será muito difícil alcançar a melhoria do bem-estar a que os nossos cidadãos justamente aspiram”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa comunicação ao país.

Em contraponto, Pedro Filipe Soares declarou: “as maiorias foram o maior fator de instabilidade do país, foram a maior garantia de que a voz das pessoas não era ouvida e por isso eu creio que este medo, quer do Presidente da República, quer de PS, PSD e CDS de não alcançarem uma maioria absoluta é só o medo de eles virem esboroar esta bipolarização nesta alternativa sem ser verdadeiramente uma alternativa real, e esta ideia de que querem virar o disco para tocar a mesma música”.

O líder parlamentar vincou que “o medo que o povo perceba que não vai mais em cantigas deste género é o medo que leva o Presidente da República tantas vezes fazer esta ameaça, esta chantagem sobre ademocracia”.

“Quem diz que temos que ter uma maioria custe o que custar, antes de haver eleições, quem diz a esta distância e já ameaçou que só dará a posse a um Governo que seja de maioria, de facto está a tentar tutelar e condicionar as escolhas das pessoas”, considerou o bloquista.

Para Pedro Filipe Soares, Cavaco Silva “não tem nenhuma tutela sobre a democracia nem deve defender uma democracia tutelada” e que “já deveria ter começado por perceber que Portugal já é umademocracia madura, os portugueses já sabem bem as consequências das suas escolhas e já sabem escolher com liberdade”.

“Não temos uma democracia diminuída nem temos portugueses e portuguesas com atestado de incompetência democrática”, ressalvou o deputado bloquista, vincando que “se alguém tem atestado deincompetência são muitos dos governantes que nos trouxeram a esta situação, não o povo, não a sua capacidade de decisão”.

“As maiorias foram o maior fator de instabilidade do país”, considerou o líder parlamentar do Bloco de Esquerda em reação às declarações do Presidente da República

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Pedro Filipe Soares, considerou quarta-feira, em reação à declaração do Presidente da República, que Cavaco Silva não tem um mandato para impor ao país uma maioria.

“Quem tem a voz numas eleições é o povo que elege deputados, que depois vão eleger um Governo, e esta é a sequência normal que tem de ser respeitada pelo Presidente da República”, sublinhou Pedro Filipe Soares aos jornalistas, acrescentando que Cavaco Silva “não tem nenhum mandato para agora estar com a mania da maioria que quer impor ao país”.

O líder bloquista reagia assim na Assembleia da República à declaração do Presidente da República, que anunciou quarta-feira a data das eleições para o dia 4 de outubro.

O Presidente da República considerou “desejável” que o próximo Governo disponha de apoio “maioritário e consistente” na Assembleia da República e seja “sólido, estável e duradouro” para prosseguir uma política que traga mais riqueza e mais justiça social.

“É da maior importância que Portugal disponha de condições de estabilidade política e de governabilidade na próxima legislatura. Sem elas será muito difícil alcançar a melhoria do bem-estar a que os nossos cidadãos justamente aspiram”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa comunicação ao país.

Em contraponto, Pedro Filipe Soares declarou: “as maiorias foram o maior fator de instabilidade do país, foram a maior garantia de que a voz das pessoas não era ouvida e por isso eu creio que este medo, quer do Presidente da República, quer de PS, PSD e CDS de não alcançarem uma maioria absoluta é só o medo de eles virem esboroar esta bipolarização nesta alternativa sem ser verdadeiramente uma alternativa real, e esta ideia de que querem virar o disco para tocar a mesma música”.

O líder parlamentar vincou que “o medo que o povo perceba que não vai mais em cantigas deste género é o medo que leva o Presidente da República tantas vezes fazer esta ameaça, esta chantagem sobre ademocracia”.

“Quem diz que temos que ter uma maioria custe o que custar, antes de haver eleições, quem diz a esta distância e já ameaçou que só dará a posse a um Governo que seja de maioria, de facto está a tentar tutelar e condicionar as escolhas das pessoas”, considerou o bloquista.

Para Pedro Filipe Soares, Cavaco Silva “não tem nenhuma tutela sobre a democracia nem deve defender uma democracia tutelada” e que “já deveria ter começado por perceber que Portugal já é umademocracia madura, os portugueses já sabem bem as consequências das suas escolhas e já sabem escolher com liberdade”.

“Não temos uma democracia diminuída nem temos portugueses e portuguesas com atestado de incompetência democrática”, ressalvou o deputado bloquista, vincando que “se alguém tem atestado deincompetência são muitos dos governantes que nos trouxeram a esta situação, não o povo, não a sua capacidade de decisão”.

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