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IGREJA DA POLÍTICA E POLÍTICA DA IGREJA
Há pessoas crentes, inteligentes e cultas. Simplesmente, em meu entender, não foi a cultura, mas outra razão qualquer, que gerou e enraizou a crença. A verdadeira cultura é, habitualmente, um obstáculo e remete muito mais para o antagonismo do que para o agonismo da fé. A Igreja tem homens inteligentes, não podemos negá-lo, embora minados de contradições que, na minha opinião, resultam de uma estrutura anquilosada e de uma hierarquia fundamentalista que impõe, pela inércia das ideias paralíticas e pela força do poder temporal a que sempre esteve ligada, uma mensagem que nada tem a ver com a do verdadeiro Cristo nem com a libertação do Homem.
Antes pelo contrário, explora e expande todos aqueles conceitos arcaicos que sempre contribuíram fortemente para a exploração e a repressão, liderando sofismaticamente a luta pelos fracos, no terreno fértil de uma humanidade sofredora, aterrorizada e inculta, vítima maior desse mesmo poder que sustenta e sempre sustentou a Igreja.
Entre a mentalidade e a “verdade” de monsenhores que acreditam tanto no que dizem, como eu, entre as habilidades retóricas, os rendilhados e emaranhados raciocínios de homens inteligentes, entre as palavras de homens bons, palavras, no entanto, não alheias a uma incapacidade de definição e de posicionamento quanto à etiopatogenia dos males da humanidade, entre tudo isto, repito, e a reflexão, a coragem, a lucidez, a clareza e a serenidade vai um abismo.
A Igreja católica, essa portentosa catedral multinacional, historicamente enrodilhada num mar de escândalos e de obscuras e complexas ligações, adquiriu tal poder que já nem se importa que o produto que fabrica seja o antídoto de tudo aquilo que pretende proclamar.
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IGREJA DA POLÍTICA E POLÍTICA DA IGREJA
Há pessoas crentes, inteligentes e cultas. Simplesmente, em meu entender, não foi a cultura, mas outra razão qualquer, que gerou e enraizou a crença. A verdadeira cultura é, habitualmente, um obstáculo e remete muito mais para o antagonismo do que para o agonismo da fé. A Igreja tem homens inteligentes, não podemos negá-lo, embora minados de contradições que, na minha opinião, resultam de uma estrutura anquilosada e de uma hierarquia fundamentalista que impõe, pela inércia das ideias paralíticas e pela força do poder temporal a que sempre esteve ligada, uma mensagem que nada tem a ver com a do verdadeiro Cristo nem com a libertação do Homem.
Antes pelo contrário, explora e expande todos aqueles conceitos arcaicos que sempre contribuíram fortemente para a exploração e a repressão, liderando sofismaticamente a luta pelos fracos, no terreno fértil de uma humanidade sofredora, aterrorizada e inculta, vítima maior desse mesmo poder que sustenta e sempre sustentou a Igreja.
Entre a mentalidade e a “verdade” de monsenhores que acreditam tanto no que dizem, como eu, entre as habilidades retóricas, os rendilhados e emaranhados raciocínios de homens inteligentes, entre as palavras de homens bons, palavras, no entanto, não alheias a uma incapacidade de definição e de posicionamento quanto à etiopatogenia dos males da humanidade, entre tudo isto, repito, e a reflexão, a coragem, a lucidez, a clareza e a serenidade vai um abismo.
A Igreja católica, essa portentosa catedral multinacional, historicamente enrodilhada num mar de escândalos e de obscuras e complexas ligações, adquiriu tal poder que já nem se importa que o produto que fabrica seja o antídoto de tudo aquilo que pretende proclamar.