Loja de Ideias: Eu votei em quem?...

22-01-2012
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Hoje no Jornal de Notícias... Abstenção de dois vereadores socialistas permite à EPUL avançar com contratos de venda de lotes de terreno no Vale de Santo António PCP e CDS-PP denunciam "coligação" Os partidos da Oposição na Câmara Municipal de Lisboa (CML) não poupam críticas aos dois vereadores do PS que, anteontem, viabilizaram a assinatura de contratos-promessa por parte da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) para a venda de lotes de terreno no Vale de Santo António, sem que exista um plano de urbanização para a zona.A abstenção dos socialistas Dias Baptista e Natalina Moura na votação das propostas de suspensão da operação - subscritas pelo BE, CDS-PP, PCP e por um vereador do PS, Nuno Gaioso Ribeiro - deixou claro que existe uma "divisão" no seio da bancada socialista, visto que os restantes três vereadores aprovaram as propostas ao lado da restante Oposição.Para o PCP, que ontem emitiu um comunicado, "Carmona Rodrigues pode, a partir de agora, dizer que ganhou as eleições por maioria absoluta. Não porque os eleitores de Lisboa lha tenham conferido, mas porque o PS lha entregou", dizem, acusando os vereadores do PS de estarem a "mostrar a sua verdadeira face". Para o PCP, "fica agora bem claro porque razão não poderia haver coligação de Esquerda" nas autárquicas "os negócios ficariam em causa", dizem, acusando "as mais altas esferas do PS" de estarem a "viabilizar uma situação que permite todas as ilegalidades".Maria José Nogueira Pinto, vereadora eleita pelo CDS-PP, também defende que o que se passou anteontem resulta de "uma estratégia concertada de coligação mais ou menos encapotada entre o PSD e o PS". Uma situação que, no seu entender, resulta dos acordos que estão a ser feitos entre os dois partidos para "dar" a presidência da Junta Metropolitana de Lisboa a Carmona Rodrigues. "É o que está pensado para a Câmara de Lisboa", diz, considerando "irónico" que a CML vá ser governada pelo PSD com a "muleta" do PS. Para a vereadora, a "fractura" do PS revelou-se "na pior matéria e pelos piores motivos". "Vimos que o Vale de Santo António é muito relevante para o PS", diz. O BE convocou para hoje uma conferência de imprensa para se pronunciar sobre esta situação.É grande o ambiente de crispaçãoDurante a primeira reunião pública do novo executivo da Câmara de Lisboa, anteontem, foi bem notório o ambiente de "crispação" que reina entre a vereação. As três primeiras horas da reunião - que começou às 15 horas e se prolongou até perto da meia-noite - foram gastas a discutir assuntos que não estavam na ordem de trabalhos, muitas vezes roçando a agressividade. O facto da Oposição estar em maioria - PS, PCP, BE e CDS/PP têm nove mandatos contra oito do PSD - parece agitar os ânimos. Pedro Feist, eleito pelo PSD, falou em "pacto demoníaco" e numa "correlação de forças" que poderá ser uma "força de bloqueio". "Se assim, é esta câmara é ingovernável", disse. A Oposição desmentiu e garante estar disponível para procurar acordos. É importante denunciar estes «movimentos», sejam eles do Partido Socialista ou de outro partido qualquer. É que, ao depositarmos o nosso voto em urna, legitimamos um grupo de pessoas que comnosco se comprometem. O que acontece quando essas pessoas falham o seu compromisso? Quem lhes retira a confiança política?


Hoje no Jornal de Notícias... Abstenção de dois vereadores socialistas permite à EPUL avançar com contratos de venda de lotes de terreno no Vale de Santo António PCP e CDS-PP denunciam "coligação" Os partidos da Oposição na Câmara Municipal de Lisboa (CML) não poupam críticas aos dois vereadores do PS que, anteontem, viabilizaram a assinatura de contratos-promessa por parte da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) para a venda de lotes de terreno no Vale de Santo António, sem que exista um plano de urbanização para a zona.A abstenção dos socialistas Dias Baptista e Natalina Moura na votação das propostas de suspensão da operação - subscritas pelo BE, CDS-PP, PCP e por um vereador do PS, Nuno Gaioso Ribeiro - deixou claro que existe uma "divisão" no seio da bancada socialista, visto que os restantes três vereadores aprovaram as propostas ao lado da restante Oposição.Para o PCP, que ontem emitiu um comunicado, "Carmona Rodrigues pode, a partir de agora, dizer que ganhou as eleições por maioria absoluta. Não porque os eleitores de Lisboa lha tenham conferido, mas porque o PS lha entregou", dizem, acusando os vereadores do PS de estarem a "mostrar a sua verdadeira face". Para o PCP, "fica agora bem claro porque razão não poderia haver coligação de Esquerda" nas autárquicas "os negócios ficariam em causa", dizem, acusando "as mais altas esferas do PS" de estarem a "viabilizar uma situação que permite todas as ilegalidades".Maria José Nogueira Pinto, vereadora eleita pelo CDS-PP, também defende que o que se passou anteontem resulta de "uma estratégia concertada de coligação mais ou menos encapotada entre o PSD e o PS". Uma situação que, no seu entender, resulta dos acordos que estão a ser feitos entre os dois partidos para "dar" a presidência da Junta Metropolitana de Lisboa a Carmona Rodrigues. "É o que está pensado para a Câmara de Lisboa", diz, considerando "irónico" que a CML vá ser governada pelo PSD com a "muleta" do PS. Para a vereadora, a "fractura" do PS revelou-se "na pior matéria e pelos piores motivos". "Vimos que o Vale de Santo António é muito relevante para o PS", diz. O BE convocou para hoje uma conferência de imprensa para se pronunciar sobre esta situação.É grande o ambiente de crispaçãoDurante a primeira reunião pública do novo executivo da Câmara de Lisboa, anteontem, foi bem notório o ambiente de "crispação" que reina entre a vereação. As três primeiras horas da reunião - que começou às 15 horas e se prolongou até perto da meia-noite - foram gastas a discutir assuntos que não estavam na ordem de trabalhos, muitas vezes roçando a agressividade. O facto da Oposição estar em maioria - PS, PCP, BE e CDS/PP têm nove mandatos contra oito do PSD - parece agitar os ânimos. Pedro Feist, eleito pelo PSD, falou em "pacto demoníaco" e numa "correlação de forças" que poderá ser uma "força de bloqueio". "Se assim, é esta câmara é ingovernável", disse. A Oposição desmentiu e garante estar disponível para procurar acordos. É importante denunciar estes «movimentos», sejam eles do Partido Socialista ou de outro partido qualquer. É que, ao depositarmos o nosso voto em urna, legitimamos um grupo de pessoas que comnosco se comprometem. O que acontece quando essas pessoas falham o seu compromisso? Quem lhes retira a confiança política?

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