poesia: antonio gamoneda

21-01-2012
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Fingia um rosto no ar (fome e marfim dos hospitaisandaluzes); na extremidade do silêncio, ele ouvia acampainha dos agonizantes. Olhava-nos e nós sentía-mos a nudez da existência. Velozmente, abria todasas portas e derramava o vinho sobre o gelo de ama-nhecer. Depois, a soluçar, mostrava-nos as garrafasvazias.antonio gamonedalivro do frio(2-o vigilante da neve)trad. de josé bentoassírio & alvim1999


Fingia um rosto no ar (fome e marfim dos hospitaisandaluzes); na extremidade do silêncio, ele ouvia acampainha dos agonizantes. Olhava-nos e nós sentía-mos a nudez da existência. Velozmente, abria todasas portas e derramava o vinho sobre o gelo de ama-nhecer. Depois, a soluçar, mostrava-nos as garrafasvazias.antonio gamonedalivro do frio(2-o vigilante da neve)trad. de josé bentoassírio & alvim1999

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