poesia: heiner müller

30-06-2011
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As imagens significam tudo a princípio. São sólidas. Espaçosas.Mas os sonhos coagulam, fazem-se forma e desencanto.Já o céu não há imagem que o fixe. A nuvem vista doAvião: um vapor que nos tira a vista, o grou, um pássaro, maisnadaAté o comunismo, a imagem final, sempre refrescadaPorque lavada com sangue tantas vezes, o dia-a-diaPaga-lhe um salário modesto, sem brilho, cego de suor,Escombros os grandes poemas, como corpos muito tempoamados ePostos de lado agora, no caminho da espécie exigente e finitaNas entrelinhas lamentossobre ossos feliz o carregador de pedraPorque o belo significa o fim provável dos terrores.heiner müllero anjo do desesperotrad. joão barrentorelógio d´ água1997


As imagens significam tudo a princípio. São sólidas. Espaçosas.Mas os sonhos coagulam, fazem-se forma e desencanto.Já o céu não há imagem que o fixe. A nuvem vista doAvião: um vapor que nos tira a vista, o grou, um pássaro, maisnadaAté o comunismo, a imagem final, sempre refrescadaPorque lavada com sangue tantas vezes, o dia-a-diaPaga-lhe um salário modesto, sem brilho, cego de suor,Escombros os grandes poemas, como corpos muito tempoamados ePostos de lado agora, no caminho da espécie exigente e finitaNas entrelinhas lamentossobre ossos feliz o carregador de pedraPorque o belo significa o fim provável dos terrores.heiner müllero anjo do desesperotrad. joão barrentorelógio d´ água1997

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