JORGE NUNO PINTO DA COSTA: Campeão não, TRICAMPEÃO!

27-01-2012
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F.C. Porto-E. Amadora, 6-0

TRIturador!

Num cenário criteriosamente decorado a azul e branco, e envolto num ambiente ensurdecedor, a geração do tricampeonato foi praticamente espontânea, tão natural quanto previsível. Os preparativos, breves, produziram a celebração e o primeiro ensaio de saudável loucura em menos de dez minutos. O golo, que no caso é o mesmo que dizer o título, rebentou no triângulo de puro traço argentino, concluído por Lucho. Para variar, foi Lisandro quem assistiu.

Estava em marcha a insaciável máquina demolidora, sabiamente afinada e oleada para reduzir novo adversário a pequenos fragmentos, manifestando, sem intervalos, indícios vários de uma genialidade incomparável e sinais de uma superioridade inegável e descarada, como no lance que deu origem ao segundo golo, na trivela de Quaresma ou no remate indefensável de Tarik.

No espaço de dois minutos, o «tri» conquistara alicerces sólidos e inabaláveis, que, analisados à devida distância, assumiam apenas a configuração de estruturas de apoio às fundações lançadas em Braga, ainda na primeira jornada. Não havia mais volta a dar. Apesar de não passar ainda de um esboço, a vitória que faltava estava conseguida, faltando apenas conferir-lhe os contornos de goleada. A maior a que o Dragão assistiu ao longo da época.

Porque o descanso esteve longe de adoptar a acepção genuína de uma trégua, o F.C. Porto repetiu as amostras de excelência irrefutável. Exemplar de um futebol equilibrado, que balança entre a sobriedade defensiva e a criatividade ilimitada no ataque, o líder à beira da consagração deu continuidade ao processo de trituração do opositor. Do Estrela, para que conste. O método de desmantelamento do adversário decorreu como até então, num misto de fervor, encanto e, talvez mais importante, de classe, de uma categoria inatingível.

O ataque, no género planeado ou na variante explosiva, num estilo muito próprio construído em redor de transições rápidas, deu origem a mais quatro golos. Marcaram Quaresma, Bruno Alves, Lisandro e até Maurício, embora a contragosto, convidado pela envolvência de novo ataque letal e pela ameaça de «El Comandante», de Lucho González, a face mais visível do harmonioso requinte azul e branco. Exultou outra vez o público, feliz, divertido, parte integrante de uma festa anunciada, que prestou o devido tributo aos campeões, entre milhões de brilhantes, aplausos e labaredas. Primeiro no estádio, depois no exterior.

FICHA DE JOGO

Liga 2007/08, 25ª jornada
5 de Abril de 2008
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 50.138 espectadores

Árbitro: João Vilas Boas (Braga)
Assistentes: Alfredo Braga e Celso Pereira
4º Árbitro: Jorge Ferreira

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e Fucile; Raul Meireles, Paulo Assunção e Lucho; Tarik, Lisandro e Quaresma
Substituições: Tarik por Mariano (65m); Bosingwa por Bolatti (73m); Paulo Assunção por Farías (8om)
Não utilizados: Nuno, João Paulo, Kazmierczak e Adriano
Treinador: Jesualdo Ferreira

E. AMADORA: Nelson; Moreno, Maurício «cap», Hugo Carreira e Hélder Cabral; Marcelo Goianira; Tiago Gomes, Celestino, Mateus e Mendonça; Anselmo
Substituições: Moreno por Wagnão (14m); Celestino por Nuno Viveiros (55m); Mateus por Marco Paulo (73m)
Não utilizados: Pedro Alves, Pedro Pereira, Adul e Giancarlo
Treinador: Daúto Faquirá

Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Lucho (9m), Tarik (11m), Quaresma (65m), Maurício (a.g., 71m), Bruno Alves (77m) e Lisandro (81m)
Disciplina: cartão amarelo a Maurício (57m), Hugo Carreira (77m), Pedro Emanuel (83m), Raul Meireles (83m)
fcporto

F.C. Porto-E. Amadora, 6-0

TRIturador!

Num cenário criteriosamente decorado a azul e branco, e envolto num ambiente ensurdecedor, a geração do tricampeonato foi praticamente espontânea, tão natural quanto previsível. Os preparativos, breves, produziram a celebração e o primeiro ensaio de saudável loucura em menos de dez minutos. O golo, que no caso é o mesmo que dizer o título, rebentou no triângulo de puro traço argentino, concluído por Lucho. Para variar, foi Lisandro quem assistiu.

Estava em marcha a insaciável máquina demolidora, sabiamente afinada e oleada para reduzir novo adversário a pequenos fragmentos, manifestando, sem intervalos, indícios vários de uma genialidade incomparável e sinais de uma superioridade inegável e descarada, como no lance que deu origem ao segundo golo, na trivela de Quaresma ou no remate indefensável de Tarik.

No espaço de dois minutos, o «tri» conquistara alicerces sólidos e inabaláveis, que, analisados à devida distância, assumiam apenas a configuração de estruturas de apoio às fundações lançadas em Braga, ainda na primeira jornada. Não havia mais volta a dar. Apesar de não passar ainda de um esboço, a vitória que faltava estava conseguida, faltando apenas conferir-lhe os contornos de goleada. A maior a que o Dragão assistiu ao longo da época.

Porque o descanso esteve longe de adoptar a acepção genuína de uma trégua, o F.C. Porto repetiu as amostras de excelência irrefutável. Exemplar de um futebol equilibrado, que balança entre a sobriedade defensiva e a criatividade ilimitada no ataque, o líder à beira da consagração deu continuidade ao processo de trituração do opositor. Do Estrela, para que conste. O método de desmantelamento do adversário decorreu como até então, num misto de fervor, encanto e, talvez mais importante, de classe, de uma categoria inatingível.

O ataque, no género planeado ou na variante explosiva, num estilo muito próprio construído em redor de transições rápidas, deu origem a mais quatro golos. Marcaram Quaresma, Bruno Alves, Lisandro e até Maurício, embora a contragosto, convidado pela envolvência de novo ataque letal e pela ameaça de «El Comandante», de Lucho González, a face mais visível do harmonioso requinte azul e branco. Exultou outra vez o público, feliz, divertido, parte integrante de uma festa anunciada, que prestou o devido tributo aos campeões, entre milhões de brilhantes, aplausos e labaredas. Primeiro no estádio, depois no exterior.

FICHA DE JOGO

Liga 2007/08, 25ª jornada
5 de Abril de 2008
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 50.138 espectadores

Árbitro: João Vilas Boas (Braga)
Assistentes: Alfredo Braga e Celso Pereira
4º Árbitro: Jorge Ferreira

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e Fucile; Raul Meireles, Paulo Assunção e Lucho; Tarik, Lisandro e Quaresma
Substituições: Tarik por Mariano (65m); Bosingwa por Bolatti (73m); Paulo Assunção por Farías (8om)
Não utilizados: Nuno, João Paulo, Kazmierczak e Adriano
Treinador: Jesualdo Ferreira

E. AMADORA: Nelson; Moreno, Maurício «cap», Hugo Carreira e Hélder Cabral; Marcelo Goianira; Tiago Gomes, Celestino, Mateus e Mendonça; Anselmo
Substituições: Moreno por Wagnão (14m); Celestino por Nuno Viveiros (55m); Mateus por Marco Paulo (73m)
Não utilizados: Pedro Alves, Pedro Pereira, Adul e Giancarlo
Treinador: Daúto Faquirá

Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Lucho (9m), Tarik (11m), Quaresma (65m), Maurício (a.g., 71m), Bruno Alves (77m) e Lisandro (81m)
Disciplina: cartão amarelo a Maurício (57m), Hugo Carreira (77m), Pedro Emanuel (83m), Raul Meireles (83m)
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