A Dinâmica do Pedal: Surpresa.... na Lusa

01-07-2011
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Lisboa, 25 Jul (LUSA)Dois ciclistas amadores da zona de Lisboa propõem-se atravessar Portugal "na vertical" em aproximadamente 24 horas, partindo de Viana de Castelo na tarde de sábado e chegando a Sagres um dia depois, num total de quase 700 quilómetros. A pedalarem juntos há cerca de 17 anos, Albano Simões e Pedro Alves começaram a planear esta "travessia" inédita no dia 12 de Agosto do ano passado, depois da prova Lisboa-Serpa-Lisboa. "Por que é que não atravessam Portugal na vertical", propôs um amigo dos ciclistas, que de imediato aceitaram a sugestão e já fazem projectos além-fronteiras.Para esta aventura, tiveram que "preparar o corpo e a mente", contou Albano à Lusa, enquanto Pedro sublinhou também o treino necessário para o estômago. Durante as 24 a 26 horas que planeiam gastar no percurso, as "refeições" serão ingeridas em cima da bicicleta e terão por isso que se limitar a água e barras e bebidas energéticas. Nas curtas paragens - entre 07 a 15 minutos - que vão fazer de hora a hora ou a cada duas horas ingerem desde massas a fruta e sumos, até porque é necessário evitar que o corpo crie aversão ao açúcar e deixe de fazer as digestões. “Não basta pedalar, é a comida que também nos leva até ao final. Igualmente importante é não deixar de pensar.Mesmo quando estamos cansados temos de pensar em como controlar o esforço, em comer e beber”, explicou Pedro Alves. A preparação iniciou-se em Outubro, mas mais intensamente desde Março, e incluiu percursos a rondar os 75 por cento da totalidade do percurso final, um método de treino semelhante aos maratonistas. Cada ciclista é acompanhado por uma carrinha de apoio, que além do abastecimento vai “proteger as costas” dos dois amigos, principalmente dos automóveis na Nacional 01 e no IP 02, assim como iluminar o caminho durante a noite. Sobre outras necessidades básicas e mais ou menos urgentes, Albano, entre risos, vai afirmando que a “casa-de-banho é universal e acontece quando o momento ditar porque o mal-estar afecta o rendimento”. Pedro também garante que “se tiver de parar, pára”, mas que o esforço do organismo anula a produção de resíduos sólidos e a transpirção - cerca de um litro de suor por hora - também limita a urina.A fim de evitar a desidratação, os ciclistas têm que consumir pelo menos um litro de água por hora. Para 2011, a dupla admite fazer o percurso Paris-Brest-Paris e, ainda sem data definida, esperam chegar a um “outro patamar” e fazerem o “costa a costa” dos Estados Unidos, em nove dias, na denominada Race Cross América


Lisboa, 25 Jul (LUSA)Dois ciclistas amadores da zona de Lisboa propõem-se atravessar Portugal "na vertical" em aproximadamente 24 horas, partindo de Viana de Castelo na tarde de sábado e chegando a Sagres um dia depois, num total de quase 700 quilómetros. A pedalarem juntos há cerca de 17 anos, Albano Simões e Pedro Alves começaram a planear esta "travessia" inédita no dia 12 de Agosto do ano passado, depois da prova Lisboa-Serpa-Lisboa. "Por que é que não atravessam Portugal na vertical", propôs um amigo dos ciclistas, que de imediato aceitaram a sugestão e já fazem projectos além-fronteiras.Para esta aventura, tiveram que "preparar o corpo e a mente", contou Albano à Lusa, enquanto Pedro sublinhou também o treino necessário para o estômago. Durante as 24 a 26 horas que planeiam gastar no percurso, as "refeições" serão ingeridas em cima da bicicleta e terão por isso que se limitar a água e barras e bebidas energéticas. Nas curtas paragens - entre 07 a 15 minutos - que vão fazer de hora a hora ou a cada duas horas ingerem desde massas a fruta e sumos, até porque é necessário evitar que o corpo crie aversão ao açúcar e deixe de fazer as digestões. “Não basta pedalar, é a comida que também nos leva até ao final. Igualmente importante é não deixar de pensar.Mesmo quando estamos cansados temos de pensar em como controlar o esforço, em comer e beber”, explicou Pedro Alves. A preparação iniciou-se em Outubro, mas mais intensamente desde Março, e incluiu percursos a rondar os 75 por cento da totalidade do percurso final, um método de treino semelhante aos maratonistas. Cada ciclista é acompanhado por uma carrinha de apoio, que além do abastecimento vai “proteger as costas” dos dois amigos, principalmente dos automóveis na Nacional 01 e no IP 02, assim como iluminar o caminho durante a noite. Sobre outras necessidades básicas e mais ou menos urgentes, Albano, entre risos, vai afirmando que a “casa-de-banho é universal e acontece quando o momento ditar porque o mal-estar afecta o rendimento”. Pedro também garante que “se tiver de parar, pára”, mas que o esforço do organismo anula a produção de resíduos sólidos e a transpirção - cerca de um litro de suor por hora - também limita a urina.A fim de evitar a desidratação, os ciclistas têm que consumir pelo menos um litro de água por hora. Para 2011, a dupla admite fazer o percurso Paris-Brest-Paris e, ainda sem data definida, esperam chegar a um “outro patamar” e fazerem o “costa a costa” dos Estados Unidos, em nove dias, na denominada Race Cross América

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