O Azure é aposta estratégica para empresas de TI

06-07-2015
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Microsoft Azure é a plataforma que a subsidiária portuguesa da maior empresa mundial de software tem vindo a propor no mercado dos serviços de cloud, em particular às pequenas e médias empresas nacionais com oferta de serviços e produtos de tecnologias de informação. A Safira, a Agap2, a Vortal e a Celfinet são algumas das empresas que servem como exemplo da adoção bem sucedida desta plataforma com ganhos muito evidentes nas mais variadas áreas.

SAFIRA: 50 novos servidores virtuais

«Desde 2010 que a Safira apostou numa estratégia de externalização dos seus serviços internos para a cloud, tendo começado pela migração do mail e tornando-se depois numa das empresas pioneiras do que é agora o Microsoft Office 365», afirma Sara Gonçalves, diretora de Tecnologias de Informação (TI) da Safira. «Em 2013, o crescimento dos projetos e da equipa impunha um importante investimento no seu próprio centro de dados.

Em alternativa, a Safira optou pelo Microsoft Azure para o qual fez migrar, primeiro, o seu ambiente de Desenvolvimento e Qualidade e, depois, o ambiente de Produção.» A Safira foi criada em 1997 como consultora na área da racionalização e otimização de processos em empresas financeiras e de telecomunicações, contando entre os seus clientes a Caixa Geral de Depósitos, o Deutsche Bank e a NOS.

Hoje com cerca de 175 pessoas, está presente na Polónia, em Espanha e no Reino Unido, entre outros países, num esforço de internacionalização que já proporcionou algo como 80 por cento dos 10,9 milhões de euros faturados em 2013. A aquisição da Safira pela KPMG em fins de agosto último sinaliza o reconhecimento do potencial e da qualidade dos serviços da empresa.

O aumento da necessidade de usar máquinas virtuais no desenvolvimento de projetos e o estabelecimento de um ambiente de desenvolvimento unificado com o escritório na Polónia que trabalha com a sede em Portugal como se de uma única rede se tratasse levou a Safira a adotar em pleno a plataforma de cloud da Microsoft. Esta evolu- ção proporciona à empresa grande escalabilidade, menores custos na gestão do parque de servidores e uma assinalável redução do investimento em capital. Em contraponto, numa empresa desta dimensão, a encomenda de um novo lote de servidores físicos para o seu centro de dados e a sua total operacionalização demoraria entre 2 e 3 meses.

AGAP2: Flexibilizar as infraestruturas de TI

Criada em 2005 em Portugal, a Agap2 dedica-se sobretudo à consultoria em TI junto da banca e dos seguros, das empresas de telecomunicações e da indústria farmacêutica. Lá fora, no entanto, centra-se sobretudo em engenharia de infraestruturas energéticas. Iniciou a sua internacionalização em 2011 em França mas hoje já está presente em mais cinco países europeus Espanha, Suíça, Alemanha, Bélgica e Holanda e faturou 110 milhões de euros no ano passado. Com 300 empregados em Portugal, conta fora de portas com mais 1300, os quais contribuíram com 102 milhões para a faturação em 2013.

Parceira da Microsoft desde 2006, a Agap2 começou poucos anos depois a usar as primeiras tecnologias de cloud em projetos de soluções e de serviços de integração. Com o Azure, o uso desta plataforma enraizou-se na empresa, tanto para criar ambientes de desenvolvimento e teste de soluções como para suportar serviços na Web. Segundo Francisco Teixeira, gestor de soluções na empresa, «a Agap2 usa ainda as funcionalidades do Microsoft Azure na componente de Compute & Networking para a instalação, configuração e manutenção de workloads aplicacionais, em cloud pública, privada ou híbrida.» O Azure é ainda importante para apoiar os clientes da Agap2 «em estudos de viabilidade e análise de rentabilidade », e no «desenvolvimento de novos projetos ou produtos». As vantagens são a flexibilidade no dimensionar das infraestruturas, a escalabilidade total em momentos de pico, a interoperabilidade e a integração das ferramentas de gestão do ciclo de vida das aplicações.

VORTAL: comércio eletrónico mais robusto

A Vortal desenvolve e fornece plataformas para o comércio eletrónico entre empresas, o chamado Business to Business (B2B), e entre estas e as administrações publicas (Government to Business, ou G2B). Nascida em Portugal em 2001, emprega cerca de duas centenas de pessoas e tem já escritórios em Madrid, Praga e Londres.

A diretiva da União Europeia que obriga à adoção até 2018 de plataformas eletrónicas para a contratação e as compras públicas de bens e serviços veio abrir à Vortal um vasto mercado para as suas soluções G2B e, segundo Miguel Sousa Sobral, vice-presidente executivo, a empresa orgulha-se de ter contribuído para o lugar de primeira linha que, neste domínio, Portugal alcançou em 2008. «Desde 2001 que os serviços e propostas de valor da Vortal assentam num conceito de cloud e, em particular no sector da construção, no paradigma do Software As A Service (SAAS) e sua subscrição através da Internet.» A migração para Azure foi, depois, a evolução «natural» devido à «maior flexibilidade na resposta a requisitos variáveis e à latência das comunicações, à flexibilidade geográfica proporcionada pelas infraestruturas da Microsoft que permite dispor de um único ambiente de desenvolvimento ou de produção onde quer que se esteja, e à disponibilidade e redundância desta plataforma». «Quando se está a desenvolver uma nova solução, bastam uns quantos minutos para passar a dispor de uma nova linha de servidores virtuais com a mesma funcionalidade de uma bateria de servidores físicos instalados na sala ao lado.» Segundo Miguel Sobral, as plataformas de comércio eletrónico da Vortal colocaram novos desafios ao Microsoft Azure, pois elas exigem altos níveis de escalabilidade para uma afluência na ordem de 1 milhão de utilizadores simultâneos.

CELFINET: ganhar em toda a linha

Nascida em 2003 para prestar serviços de consultoria no planeamento e otimização de redes, sobretudo a operadores de telecomunicações, a Celfinet emprega hoje 150 pessoas, 90 das quais em Portugal e 45 em investigação e desenvolvimento de produtos.

«A partir de 2008, a Celfinet começou a desenvolver soluções e aplicações de software para a monitorização e gestão de redes, que mais tarde se transformaram mesmo em produtos, como o Vismon Observer, o Vismon Manager ou o Vismon Intelligence», afirma Márcio Azevedo, diretor desta área de desenvolvimento da empresa. Passando a prestar serviços no local ou remotamente, a Celfinet adotou uma plataforma de Infrastructure As A Service (IAAS) para suportar as suas três grandes áreas de serviços: alojamento das suas próprias soluções, suporte a diferentes fases de desenvolvimento e apoio a projetos de futuros serviços.

Foi no quadro desta estratégia que, em finais de 2013, a Celfinet passou a usar o MicrosoftAzure e, já neste ano, fez dele a sua plataforma de eleição para a maioria dos seus clientes internacionais. Segundo Márcio Azevedo, «as principais vantagens residem na flexibilidade na integração de diferentes elementos em cada situação e na rapidez na apresentação de resultados junto de cada cliente». «Mas há mais: com o Microsot Azure, tivemos ganhos na capacidade de resposta, na segurança da plataforma, na disponibilidade nomeadamente, através dos SLA (Software License Agreements).» E acrescenta o diretor de desenvolvimento da Celfinet: «Também no plano financeiro o Azure permitiu-nos passar vantagens financeiras aos nossos clientes, ao transformarem custos de capital (Capex) em custos de operação (Opex), o que lhes permite reduzir substancialmente os investimentos em infraestruturas de rede e TI em geral.»

por Rui Jorge Cruz

Microsoft Azure é a plataforma que a subsidiária portuguesa da maior empresa mundial de software tem vindo a propor no mercado dos serviços de cloud, em particular às pequenas e médias empresas nacionais com oferta de serviços e produtos de tecnologias de informação. A Safira, a Agap2, a Vortal e a Celfinet são algumas das empresas que servem como exemplo da adoção bem sucedida desta plataforma com ganhos muito evidentes nas mais variadas áreas.

SAFIRA: 50 novos servidores virtuais

«Desde 2010 que a Safira apostou numa estratégia de externalização dos seus serviços internos para a cloud, tendo começado pela migração do mail e tornando-se depois numa das empresas pioneiras do que é agora o Microsoft Office 365», afirma Sara Gonçalves, diretora de Tecnologias de Informação (TI) da Safira. «Em 2013, o crescimento dos projetos e da equipa impunha um importante investimento no seu próprio centro de dados.

Em alternativa, a Safira optou pelo Microsoft Azure para o qual fez migrar, primeiro, o seu ambiente de Desenvolvimento e Qualidade e, depois, o ambiente de Produção.» A Safira foi criada em 1997 como consultora na área da racionalização e otimização de processos em empresas financeiras e de telecomunicações, contando entre os seus clientes a Caixa Geral de Depósitos, o Deutsche Bank e a NOS.

Hoje com cerca de 175 pessoas, está presente na Polónia, em Espanha e no Reino Unido, entre outros países, num esforço de internacionalização que já proporcionou algo como 80 por cento dos 10,9 milhões de euros faturados em 2013. A aquisição da Safira pela KPMG em fins de agosto último sinaliza o reconhecimento do potencial e da qualidade dos serviços da empresa.

O aumento da necessidade de usar máquinas virtuais no desenvolvimento de projetos e o estabelecimento de um ambiente de desenvolvimento unificado com o escritório na Polónia que trabalha com a sede em Portugal como se de uma única rede se tratasse levou a Safira a adotar em pleno a plataforma de cloud da Microsoft. Esta evolu- ção proporciona à empresa grande escalabilidade, menores custos na gestão do parque de servidores e uma assinalável redução do investimento em capital. Em contraponto, numa empresa desta dimensão, a encomenda de um novo lote de servidores físicos para o seu centro de dados e a sua total operacionalização demoraria entre 2 e 3 meses.

AGAP2: Flexibilizar as infraestruturas de TI

Criada em 2005 em Portugal, a Agap2 dedica-se sobretudo à consultoria em TI junto da banca e dos seguros, das empresas de telecomunicações e da indústria farmacêutica. Lá fora, no entanto, centra-se sobretudo em engenharia de infraestruturas energéticas. Iniciou a sua internacionalização em 2011 em França mas hoje já está presente em mais cinco países europeus Espanha, Suíça, Alemanha, Bélgica e Holanda e faturou 110 milhões de euros no ano passado. Com 300 empregados em Portugal, conta fora de portas com mais 1300, os quais contribuíram com 102 milhões para a faturação em 2013.

Parceira da Microsoft desde 2006, a Agap2 começou poucos anos depois a usar as primeiras tecnologias de cloud em projetos de soluções e de serviços de integração. Com o Azure, o uso desta plataforma enraizou-se na empresa, tanto para criar ambientes de desenvolvimento e teste de soluções como para suportar serviços na Web. Segundo Francisco Teixeira, gestor de soluções na empresa, «a Agap2 usa ainda as funcionalidades do Microsoft Azure na componente de Compute & Networking para a instalação, configuração e manutenção de workloads aplicacionais, em cloud pública, privada ou híbrida.» O Azure é ainda importante para apoiar os clientes da Agap2 «em estudos de viabilidade e análise de rentabilidade », e no «desenvolvimento de novos projetos ou produtos». As vantagens são a flexibilidade no dimensionar das infraestruturas, a escalabilidade total em momentos de pico, a interoperabilidade e a integração das ferramentas de gestão do ciclo de vida das aplicações.

VORTAL: comércio eletrónico mais robusto

A Vortal desenvolve e fornece plataformas para o comércio eletrónico entre empresas, o chamado Business to Business (B2B), e entre estas e as administrações publicas (Government to Business, ou G2B). Nascida em Portugal em 2001, emprega cerca de duas centenas de pessoas e tem já escritórios em Madrid, Praga e Londres.

A diretiva da União Europeia que obriga à adoção até 2018 de plataformas eletrónicas para a contratação e as compras públicas de bens e serviços veio abrir à Vortal um vasto mercado para as suas soluções G2B e, segundo Miguel Sousa Sobral, vice-presidente executivo, a empresa orgulha-se de ter contribuído para o lugar de primeira linha que, neste domínio, Portugal alcançou em 2008. «Desde 2001 que os serviços e propostas de valor da Vortal assentam num conceito de cloud e, em particular no sector da construção, no paradigma do Software As A Service (SAAS) e sua subscrição através da Internet.» A migração para Azure foi, depois, a evolução «natural» devido à «maior flexibilidade na resposta a requisitos variáveis e à latência das comunicações, à flexibilidade geográfica proporcionada pelas infraestruturas da Microsoft que permite dispor de um único ambiente de desenvolvimento ou de produção onde quer que se esteja, e à disponibilidade e redundância desta plataforma». «Quando se está a desenvolver uma nova solução, bastam uns quantos minutos para passar a dispor de uma nova linha de servidores virtuais com a mesma funcionalidade de uma bateria de servidores físicos instalados na sala ao lado.» Segundo Miguel Sobral, as plataformas de comércio eletrónico da Vortal colocaram novos desafios ao Microsoft Azure, pois elas exigem altos níveis de escalabilidade para uma afluência na ordem de 1 milhão de utilizadores simultâneos.

CELFINET: ganhar em toda a linha

Nascida em 2003 para prestar serviços de consultoria no planeamento e otimização de redes, sobretudo a operadores de telecomunicações, a Celfinet emprega hoje 150 pessoas, 90 das quais em Portugal e 45 em investigação e desenvolvimento de produtos.

«A partir de 2008, a Celfinet começou a desenvolver soluções e aplicações de software para a monitorização e gestão de redes, que mais tarde se transformaram mesmo em produtos, como o Vismon Observer, o Vismon Manager ou o Vismon Intelligence», afirma Márcio Azevedo, diretor desta área de desenvolvimento da empresa. Passando a prestar serviços no local ou remotamente, a Celfinet adotou uma plataforma de Infrastructure As A Service (IAAS) para suportar as suas três grandes áreas de serviços: alojamento das suas próprias soluções, suporte a diferentes fases de desenvolvimento e apoio a projetos de futuros serviços.

Foi no quadro desta estratégia que, em finais de 2013, a Celfinet passou a usar o MicrosoftAzure e, já neste ano, fez dele a sua plataforma de eleição para a maioria dos seus clientes internacionais. Segundo Márcio Azevedo, «as principais vantagens residem na flexibilidade na integração de diferentes elementos em cada situação e na rapidez na apresentação de resultados junto de cada cliente». «Mas há mais: com o Microsot Azure, tivemos ganhos na capacidade de resposta, na segurança da plataforma, na disponibilidade nomeadamente, através dos SLA (Software License Agreements).» E acrescenta o diretor de desenvolvimento da Celfinet: «Também no plano financeiro o Azure permitiu-nos passar vantagens financeiras aos nossos clientes, ao transformarem custos de capital (Capex) em custos de operação (Opex), o que lhes permite reduzir substancialmente os investimentos em infraestruturas de rede e TI em geral.»

por Rui Jorge Cruz

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