Nesta hora: Sensibilidades e olhos no futuro

01-07-2011
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«(…) Garante, contudo, que também tem tido bons momentos. "Muitos." Pede-se-lhe que partilhe um. "Uma carta que recebi de um menino que recebeu um computador para ter em casa, não sei já em que circunstância, e escreveu-me a dizer: 'Quando for grande, vou inscrever-me no PS.' É tocante."»Assim termina a reportagem-entrevista com a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que o Público de hoje edita no suplemento “P2”. A peça jornalística não traz nada de novo, nem deixa vislumbrar méritos de aproximação ou de aberturas. Mas esta conclusão da peça fala por si: um “bom momento” para ser partilhado com a jornalista e, consequentemente, com o público leitor, é uma carta de um menino que, depois de receber um computador, escreve à Ministra a dizer que se vai inscrever no PS quando for grande, rematando a entrevistada: “É tocante.” Será? E porque “é tocante” que uma criança se queira inscrever no PS quando for grande? Para dar continuidade ao “status quo” reinante no partido? Na mira de receber um computador maior? Para ser Ministro da Educação? Para ter um contributo cívico perante a sociedade? Para mudar a mentalidade do partido? É tocante, claro! E é muito, sobretudo num país em que o êxito se mede, em frequentes ocasiões pelo peso do cartão partidário…


«(…) Garante, contudo, que também tem tido bons momentos. "Muitos." Pede-se-lhe que partilhe um. "Uma carta que recebi de um menino que recebeu um computador para ter em casa, não sei já em que circunstância, e escreveu-me a dizer: 'Quando for grande, vou inscrever-me no PS.' É tocante."»Assim termina a reportagem-entrevista com a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que o Público de hoje edita no suplemento “P2”. A peça jornalística não traz nada de novo, nem deixa vislumbrar méritos de aproximação ou de aberturas. Mas esta conclusão da peça fala por si: um “bom momento” para ser partilhado com a jornalista e, consequentemente, com o público leitor, é uma carta de um menino que, depois de receber um computador, escreve à Ministra a dizer que se vai inscrever no PS quando for grande, rematando a entrevistada: “É tocante.” Será? E porque “é tocante” que uma criança se queira inscrever no PS quando for grande? Para dar continuidade ao “status quo” reinante no partido? Na mira de receber um computador maior? Para ser Ministro da Educação? Para ter um contributo cívico perante a sociedade? Para mudar a mentalidade do partido? É tocante, claro! E é muito, sobretudo num país em que o êxito se mede, em frequentes ocasiões pelo peso do cartão partidário…

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