Crescimento nos dois sentidos

02-10-2015
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Conferência: os dois países têm uma parceria estratégica de longo prazo e querem acelerar ainda mais os investimentos entre si

Acreditar que a agenda comum de Portugal e Moçambique poderia ser acelerada foi o princípio que lançou, há três anos, em Maputo, o projeto Ligações Fortes. Quem o lembrou nesta terceira edição, que teve lugar na semana passada em Lisboa, foi o chairman da Impresa. Francisco Pinto Balsemão abriu o encontro acolhendo o Presidente de Moçambique e confirmando a pertinência do modelo de desenvolvimento que Filipe Nyusi anunciou para Moçambique: inclusivo e sustentável. Isto quer dizer que, a par do investimento de alto vulto no sector dos minerais, que já acontece atualmente, Moçambique tenderá a procurar, em ocasiões como esta, oportunidades de investimento na agricultura e na pequena indústria transformadora, duas áreas com grande potencialidade de criação de emprego.

“Portugal não precisa que lhe indiquem onde está Moçambique. Precisa apenas de explorar as possibilidades, juntar-se cada vez mais aos parceiros moçambicanos e investir no tecido empresarial”, disse Pinto Balsemão, salientando a importância da “diplomacia económica” do Governo português, representado no encontro pelo vice-primeiro-ministro Paulo Portas. Agenda acordada, Portugal terá os seus empresários entre os participantes da Feira Internacional de Maputo, FACIM 2015 (31 de agosto a 6 de setembro), tendo Paulo Portas prometido estar presente naquela altura na capital moçambicana.

“Moçambique é o caso mais impressionante de crescimento nos dois sentidos”, disse Paulo Portas, lembrando que tanto as exportações de Moçambique para Portugal como no sentido inverso aumentaram 30% nos primeiros cinco meses deste ano.

Balanços e projeções

Enquanto encontro de responsáveis políticos, agentes económicos e das suas vontades, Ligações Fortes é ocasião de balanços e projeções. “As relações entre Moçambique e Portugal são excelentes e assentes em bases sólidas. Portugal é nosso parceiro estratégico de longo prazo. Há empresas portuguesas em Moçambique que contribuem para o desenvolvimento do nosso país e é do nosso interesse que esse relacionamento seja aprofundado”, disse o ministro da Indústria e Comércio de Moçambique durante o programa especial “Ligações Fortes” gravado para a SIC Notícias. Ernesto Tonela esclareceu a vontade do seu Governo em trabalhar “para a melhoria do sector, promovendo empresas nacionais e estrangeiras”, reduzindo barreiras administrativas e o custo das transações.

Pelo seu lado, o ministro da Economia de Portugal sublinhou o facto de a relação comercial entre os dois países ter “mais do que duplicado desde 2010”, recordando a importância de Moçambique ser o nono maior destino de investimento português. António Pires de Lima adiantou que a média de criação de emprego internacional por cada milhão de dólares de investimento é menos de metade da alcançada pelos portugueses: o investimento das empresas portuguesas cria 58 postos de trabalho, sendo a média internacional de 22 postos. O ministro reconheceu a grande abertura de Moçambique ao investimento estrangeiro lembrando que parte “das dificuldades” tem uma “forte componente de decisão política”, como são disso exemplo as infraestruturas e o preço dos combustíveis.

O sector da energia será motor da economia, porém, Ernesto Tonela sublinhou a vontade de privilegiar “o investimento em sectores tradicionais como a agricultura”, da qual vivem dois terços da população. Tonela admitiu que Moçambique tem por onde melhorar, nomeadamente “reformando a legislação sector a sector”. Em relação à segurança, um fator essencial para o investimento, o ministro moçambicano lembrou a eficácia crescente da polícia a resolver os casos de raptos e dos tribunais a julgar os responsáveis. “É um crime que tende a desaparecer”, concluiu.

Os caminhos a seguir são agora mais claros. Pelo menos assim o exprimiram os empresários dos dois países no âmbito da Business Roundtable “Expresso: as empresas”, um dos painéis da conferência organizada pelo Expresso e SIC Notícias, em parceria com o Millennium BCP, Mota-Engil e REN. Perante os objetivos primordiais do Governo moçambicano resumidos pelo ministro Ernesto Tonela em aumento da produtividade, das competências e dos postos de trabalho com vista à integração no mercado internacional da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), os empresários dos dois países apontaram caminhos.

Prakash Ratilal, do Moza Banco, assumiu “viver de utopias concretas” antecipando o que Moçambique será em 2030. “Tudo” se passará no norte de Moçambique, onde se encontra o terceiro maior lençol de gás do mundo. A zona a norte do Cabo Delgado talvez venha a ser uma das de maior desenvolvimento a nível mundial, disse o banqueiro. Fazer de Palma e de Pemba cidades estruturalmente capazes de acolher as explorações que vão existir, define os tipos de investimentos que os empresários portugueses poderiam aproveitar. Falta perícia e experiência de gestão e as infraestruturas necessitam de soluções mais inovadoras, lembrou Apolinario Panguene, presidente do IGEPE (Instituto de Gestão das Participações do Estado) moçambicano.

“Eu acredito que Moçambique vai estar bem”, disse Filipe Nyusi no início da sessão. No final destas Ligações Fortes parece essa a perspetiva para os dois países.

Ligações fortes: Portugal investe em Moçambique

A visita do Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, a Portugal, na qual esteve incluída uma ida à fábrica da Portucel em Setúbal, trouxe boas notícias ao grupo português de pasta e papel.

Além do investimento que está a ser levado a cabo, no valor de €2,3 mil milhões, que passa pela construção de uma fábrica, a Portucel foi agora convidada pelo Governo moçambicano para investir em centrais elétricas à base de biomassa, segundo anunciou Diogo da Silveira, presidente-executivo da empresa.

Está assim em cima da mesa a possibilidade de a Portucel instalar uma ou várias centrais de biomassa em Moçambique, investimento que seria incluído no acordo que já está formado com o governo moçambicano. Cada central deverá ter uma potência de 50 megawatts.

Para já, a aposta do grupo de pasta e papel em Moçambique divide-se em duas componentes: plantação de 350 mil hectares de eucalipto e a unidade industrial propriamente dita. Só nos trabalhos prévios da plantação, no ano passado, trabalharam sete mil pessoas. O investimento na plantação deverá ascender aos €500 milhões. Os restantes €1,8 mil milhões destinar-se-ão à construção da fábrica.

De acordo com Diogo da Silveira, este projeto passa pela criação do maior viveiro de plantas em África e de uma das mais avançadas fábricas de pasta de papel do mundo. Será quase totalmente focado no mercado asiático. “Vamos construir o que pensamos que será a mais competitiva fábrica de pasta de papel, para produto entregue em Xangai. No nosso mercado os custos de transporte são muito importantes e Moçambique tem uma localização geográfica fantástica: está virado para oriente, nomeadamente para o mercado chinês, que é o que mais cresce”, acrescentou.

Projeto de uma vida

Além de já ter como parceiro o Banco Mundial (com 20% do capital) “é natural que a Portucel Moçambique venha a ter ainda mais um ou dois novos sócios — eventualmente chinês ou japonês e do Médio Oriente”, como adiantou há uma semana o presidente da Portucel ao Expresso. O projeto do maior viveiro de plantas em África prevê a produção de 12 milhões de árvores por ano e será inaugurado em setembro. A fábrica só vai avançar daqui a seis anos, o tempo previsto para as árvores cresceram no viveiro.

Pedro Queiroz Pereira, presidente do conselho de administração da Portucel, disse, durante a visita do Presidente moçambicano às instalações de Setúbal, que a fábrica de Moçambique é o “projeto de uma vida” e que será maior do que todas em Portugal. Já Diogo da Silveira diz que este “é um investimento de uma geração que só dará retorno daqui a 25 anos”.

O presidente de Moçambique disse, durante a visita a Setúbal, que “através deste projeto, na província da Zambézia e de Manica, onde as terras estão disponibilizadas, pretendemos — a partir da produção das próprias plantas e da fábrica que vai ser implantada — promover o desenvolvimento”.

Filipe Nyusi, que foi também convidado de honra da conferência do Expresso a semana passada, deixou claro que a industrialização de Moçambique constitui uma prioridade e que as autoridades moçambicanas vão ajudar a concretizar o projeto da Portucel, que, na fase inicial, representa mais de sete mil postos de trabalho.

“Um dos grandes problemas de Moçambique é o emprego. Através deste projeto vamos poder empregar milhares e milhares de moçambicanos, a partir da plantação. Como já vimos, são mais de 300 mil hectares a ser cultivados. É muita coisa para ocupar moçambicanos da província da Zambézia e da província de Manica”, disse.

Outros exemplos no país

O império Visabeira

No começo (1990) era a Televisa, uma operadora de redes de telecomunicações, em parceria com a Telecomunicações de Moçambique. Hoje, a Visabeira adota em Moçambique a lógica do conglomerado, atuando em negócios tão diversificados como a construção, energia ou turismo. O país bate Angola como principal mercado externo (104 milhões em 2014), pesando 17% na faturação global. A operação de TV Cabo e a cadeia Girassol são emblemas na lapela da Visabeira que em 2016 concederá uma dinâmica agrícola ao seu universo.

Galp a todo o gás

A Galp Energia tem em Moçambique um dos seus mais promissores investimentos à escala global. A Galp tem 10% do consórcio que está a explorar a área 4 da bacia de Rovuma, onde foi feita uma das maiores descobertas mundiais de gás natural. Os investimentos estão em curso e o arranque da produção deverá ocorrer dentro de cinco anos, implicando não só infraestruturas de extração da matéria-prima mas também terminais de liquefação de gás, para exportação.

Artigos originalmente publicados no Expresso Economia de 25 de julho

Conferência: os dois países têm uma parceria estratégica de longo prazo e querem acelerar ainda mais os investimentos entre si

Acreditar que a agenda comum de Portugal e Moçambique poderia ser acelerada foi o princípio que lançou, há três anos, em Maputo, o projeto Ligações Fortes. Quem o lembrou nesta terceira edição, que teve lugar na semana passada em Lisboa, foi o chairman da Impresa. Francisco Pinto Balsemão abriu o encontro acolhendo o Presidente de Moçambique e confirmando a pertinência do modelo de desenvolvimento que Filipe Nyusi anunciou para Moçambique: inclusivo e sustentável. Isto quer dizer que, a par do investimento de alto vulto no sector dos minerais, que já acontece atualmente, Moçambique tenderá a procurar, em ocasiões como esta, oportunidades de investimento na agricultura e na pequena indústria transformadora, duas áreas com grande potencialidade de criação de emprego.

“Portugal não precisa que lhe indiquem onde está Moçambique. Precisa apenas de explorar as possibilidades, juntar-se cada vez mais aos parceiros moçambicanos e investir no tecido empresarial”, disse Pinto Balsemão, salientando a importância da “diplomacia económica” do Governo português, representado no encontro pelo vice-primeiro-ministro Paulo Portas. Agenda acordada, Portugal terá os seus empresários entre os participantes da Feira Internacional de Maputo, FACIM 2015 (31 de agosto a 6 de setembro), tendo Paulo Portas prometido estar presente naquela altura na capital moçambicana.

“Moçambique é o caso mais impressionante de crescimento nos dois sentidos”, disse Paulo Portas, lembrando que tanto as exportações de Moçambique para Portugal como no sentido inverso aumentaram 30% nos primeiros cinco meses deste ano.

Balanços e projeções

Enquanto encontro de responsáveis políticos, agentes económicos e das suas vontades, Ligações Fortes é ocasião de balanços e projeções. “As relações entre Moçambique e Portugal são excelentes e assentes em bases sólidas. Portugal é nosso parceiro estratégico de longo prazo. Há empresas portuguesas em Moçambique que contribuem para o desenvolvimento do nosso país e é do nosso interesse que esse relacionamento seja aprofundado”, disse o ministro da Indústria e Comércio de Moçambique durante o programa especial “Ligações Fortes” gravado para a SIC Notícias. Ernesto Tonela esclareceu a vontade do seu Governo em trabalhar “para a melhoria do sector, promovendo empresas nacionais e estrangeiras”, reduzindo barreiras administrativas e o custo das transações.

Pelo seu lado, o ministro da Economia de Portugal sublinhou o facto de a relação comercial entre os dois países ter “mais do que duplicado desde 2010”, recordando a importância de Moçambique ser o nono maior destino de investimento português. António Pires de Lima adiantou que a média de criação de emprego internacional por cada milhão de dólares de investimento é menos de metade da alcançada pelos portugueses: o investimento das empresas portuguesas cria 58 postos de trabalho, sendo a média internacional de 22 postos. O ministro reconheceu a grande abertura de Moçambique ao investimento estrangeiro lembrando que parte “das dificuldades” tem uma “forte componente de decisão política”, como são disso exemplo as infraestruturas e o preço dos combustíveis.

O sector da energia será motor da economia, porém, Ernesto Tonela sublinhou a vontade de privilegiar “o investimento em sectores tradicionais como a agricultura”, da qual vivem dois terços da população. Tonela admitiu que Moçambique tem por onde melhorar, nomeadamente “reformando a legislação sector a sector”. Em relação à segurança, um fator essencial para o investimento, o ministro moçambicano lembrou a eficácia crescente da polícia a resolver os casos de raptos e dos tribunais a julgar os responsáveis. “É um crime que tende a desaparecer”, concluiu.

Os caminhos a seguir são agora mais claros. Pelo menos assim o exprimiram os empresários dos dois países no âmbito da Business Roundtable “Expresso: as empresas”, um dos painéis da conferência organizada pelo Expresso e SIC Notícias, em parceria com o Millennium BCP, Mota-Engil e REN. Perante os objetivos primordiais do Governo moçambicano resumidos pelo ministro Ernesto Tonela em aumento da produtividade, das competências e dos postos de trabalho com vista à integração no mercado internacional da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), os empresários dos dois países apontaram caminhos.

Prakash Ratilal, do Moza Banco, assumiu “viver de utopias concretas” antecipando o que Moçambique será em 2030. “Tudo” se passará no norte de Moçambique, onde se encontra o terceiro maior lençol de gás do mundo. A zona a norte do Cabo Delgado talvez venha a ser uma das de maior desenvolvimento a nível mundial, disse o banqueiro. Fazer de Palma e de Pemba cidades estruturalmente capazes de acolher as explorações que vão existir, define os tipos de investimentos que os empresários portugueses poderiam aproveitar. Falta perícia e experiência de gestão e as infraestruturas necessitam de soluções mais inovadoras, lembrou Apolinario Panguene, presidente do IGEPE (Instituto de Gestão das Participações do Estado) moçambicano.

“Eu acredito que Moçambique vai estar bem”, disse Filipe Nyusi no início da sessão. No final destas Ligações Fortes parece essa a perspetiva para os dois países.

Ligações fortes: Portugal investe em Moçambique

A visita do Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, a Portugal, na qual esteve incluída uma ida à fábrica da Portucel em Setúbal, trouxe boas notícias ao grupo português de pasta e papel.

Além do investimento que está a ser levado a cabo, no valor de €2,3 mil milhões, que passa pela construção de uma fábrica, a Portucel foi agora convidada pelo Governo moçambicano para investir em centrais elétricas à base de biomassa, segundo anunciou Diogo da Silveira, presidente-executivo da empresa.

Está assim em cima da mesa a possibilidade de a Portucel instalar uma ou várias centrais de biomassa em Moçambique, investimento que seria incluído no acordo que já está formado com o governo moçambicano. Cada central deverá ter uma potência de 50 megawatts.

Para já, a aposta do grupo de pasta e papel em Moçambique divide-se em duas componentes: plantação de 350 mil hectares de eucalipto e a unidade industrial propriamente dita. Só nos trabalhos prévios da plantação, no ano passado, trabalharam sete mil pessoas. O investimento na plantação deverá ascender aos €500 milhões. Os restantes €1,8 mil milhões destinar-se-ão à construção da fábrica.

De acordo com Diogo da Silveira, este projeto passa pela criação do maior viveiro de plantas em África e de uma das mais avançadas fábricas de pasta de papel do mundo. Será quase totalmente focado no mercado asiático. “Vamos construir o que pensamos que será a mais competitiva fábrica de pasta de papel, para produto entregue em Xangai. No nosso mercado os custos de transporte são muito importantes e Moçambique tem uma localização geográfica fantástica: está virado para oriente, nomeadamente para o mercado chinês, que é o que mais cresce”, acrescentou.

Projeto de uma vida

Além de já ter como parceiro o Banco Mundial (com 20% do capital) “é natural que a Portucel Moçambique venha a ter ainda mais um ou dois novos sócios — eventualmente chinês ou japonês e do Médio Oriente”, como adiantou há uma semana o presidente da Portucel ao Expresso. O projeto do maior viveiro de plantas em África prevê a produção de 12 milhões de árvores por ano e será inaugurado em setembro. A fábrica só vai avançar daqui a seis anos, o tempo previsto para as árvores cresceram no viveiro.

Pedro Queiroz Pereira, presidente do conselho de administração da Portucel, disse, durante a visita do Presidente moçambicano às instalações de Setúbal, que a fábrica de Moçambique é o “projeto de uma vida” e que será maior do que todas em Portugal. Já Diogo da Silveira diz que este “é um investimento de uma geração que só dará retorno daqui a 25 anos”.

O presidente de Moçambique disse, durante a visita a Setúbal, que “através deste projeto, na província da Zambézia e de Manica, onde as terras estão disponibilizadas, pretendemos — a partir da produção das próprias plantas e da fábrica que vai ser implantada — promover o desenvolvimento”.

Filipe Nyusi, que foi também convidado de honra da conferência do Expresso a semana passada, deixou claro que a industrialização de Moçambique constitui uma prioridade e que as autoridades moçambicanas vão ajudar a concretizar o projeto da Portucel, que, na fase inicial, representa mais de sete mil postos de trabalho.

“Um dos grandes problemas de Moçambique é o emprego. Através deste projeto vamos poder empregar milhares e milhares de moçambicanos, a partir da plantação. Como já vimos, são mais de 300 mil hectares a ser cultivados. É muita coisa para ocupar moçambicanos da província da Zambézia e da província de Manica”, disse.

Outros exemplos no país

O império Visabeira

No começo (1990) era a Televisa, uma operadora de redes de telecomunicações, em parceria com a Telecomunicações de Moçambique. Hoje, a Visabeira adota em Moçambique a lógica do conglomerado, atuando em negócios tão diversificados como a construção, energia ou turismo. O país bate Angola como principal mercado externo (104 milhões em 2014), pesando 17% na faturação global. A operação de TV Cabo e a cadeia Girassol são emblemas na lapela da Visabeira que em 2016 concederá uma dinâmica agrícola ao seu universo.

Galp a todo o gás

A Galp Energia tem em Moçambique um dos seus mais promissores investimentos à escala global. A Galp tem 10% do consórcio que está a explorar a área 4 da bacia de Rovuma, onde foi feita uma das maiores descobertas mundiais de gás natural. Os investimentos estão em curso e o arranque da produção deverá ocorrer dentro de cinco anos, implicando não só infraestruturas de extração da matéria-prima mas também terminais de liquefação de gás, para exportação.

Artigos originalmente publicados no Expresso Economia de 25 de julho

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