Paulo Portas afirmou hoje, à margem da reunião de concertação social que ainda decorre, que a reforma do Estado só pode avançar realmente depois da saída da troika. E explicou a razão por que, em seu entender, ela não podia começar mais cedo: "aqui e ali há quem diga que a reforma do Estado, ou no Estado, devia ter sido feita antes, mas eu pergunto com toda a sinceridade aos cidadãos se acham que certas reformas essenciais para o nosso futuro colectivo deviam ter sido discutidas com a troika cá dentro, ou devem ser discutidas no momento em que Portugal ganha a sua autonomia, recupera a sua soberania, desde que nós tenhamos a maturidade e o sentido de responsabilidade de procurar consenso político e negociação social".
Nesse sentido, o vice-primeiro-ministro informou que o debate sobre o guião vai prosseguir no dia 5 de Junho com os parceiros sociais.
Portas informou também que, durante a apresentação do guião da reforma do Estado que hoje fez na concertação, não falou sobre a questão dos impostos. Questionado sobre se o seu discurso colidia com as palavras do primeiro-ministro, que não fechou a porta a aumento da carga fiscal em caso de novos chumbos do Tribunal Constitucional, o vice-primeiro-ministro respondeu apenas: "não tratámos essa matéria e portanto não vou aqui fazer nenhuma declaração". Recorde-se que o guião de Paulo Portas aponta para uma inversão da trajectória de agravamento do IRS desde que não ponha em causa a consolidação das contas públicas.
O vice-primeiro-ministro garantiu ainda que a última versão do documento - apresentada recentemente - já incorpora contribuições dos parceiros sociais. "O Governo começará a reunir com os parceiros sociais que aceitem partilhar responsabilidades, chegar a compromissos e portanto também obter ganho de causa em matérias que para si sejam importantes no próximo dia 5 de Junho", afirmou, acrescentando que a disponibilidade para o compromisso implica "estar disponível para chegar a resultados que não são idênticos ao da posição inicial".
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Paulo Portas afirmou hoje, à margem da reunião de concertação social que ainda decorre, que a reforma do Estado só pode avançar realmente depois da saída da troika. E explicou a razão por que, em seu entender, ela não podia começar mais cedo: "aqui e ali há quem diga que a reforma do Estado, ou no Estado, devia ter sido feita antes, mas eu pergunto com toda a sinceridade aos cidadãos se acham que certas reformas essenciais para o nosso futuro colectivo deviam ter sido discutidas com a troika cá dentro, ou devem ser discutidas no momento em que Portugal ganha a sua autonomia, recupera a sua soberania, desde que nós tenhamos a maturidade e o sentido de responsabilidade de procurar consenso político e negociação social".
Nesse sentido, o vice-primeiro-ministro informou que o debate sobre o guião vai prosseguir no dia 5 de Junho com os parceiros sociais.
Portas informou também que, durante a apresentação do guião da reforma do Estado que hoje fez na concertação, não falou sobre a questão dos impostos. Questionado sobre se o seu discurso colidia com as palavras do primeiro-ministro, que não fechou a porta a aumento da carga fiscal em caso de novos chumbos do Tribunal Constitucional, o vice-primeiro-ministro respondeu apenas: "não tratámos essa matéria e portanto não vou aqui fazer nenhuma declaração". Recorde-se que o guião de Paulo Portas aponta para uma inversão da trajectória de agravamento do IRS desde que não ponha em causa a consolidação das contas públicas.
O vice-primeiro-ministro garantiu ainda que a última versão do documento - apresentada recentemente - já incorpora contribuições dos parceiros sociais. "O Governo começará a reunir com os parceiros sociais que aceitem partilhar responsabilidades, chegar a compromissos e portanto também obter ganho de causa em matérias que para si sejam importantes no próximo dia 5 de Junho", afirmou, acrescentando que a disponibilidade para o compromisso implica "estar disponível para chegar a resultados que não são idênticos ao da posição inicial".